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Contos Cyberpunks, Fantásticos, Comédias, Pós-tudo, sobre cannabis, under cannabis

Contos Cyberpunks, Fantásticos, Comédias, Pós-tudo, sobre cannabis escritos nos sites: growroom.net; overgrow.com; bitox.com; samba420.net


Sempre agradecendo a Jah a inspiração concedida e estendendo os elogios motivadores para todos sob sua proteção, posso então declarar, eu sou fã de vocês!

Apoiando e pretendendo maior divulgação da www.globalmarijuanamarch.org. Parabenizando a atuação pelo Brasil e por uma passeata bem feita no Rio, que valeu a qualidade, e não a quantidade, e mais do que tudo, sensibilizando com a não-passeata do Sul, Porto Alegre, e a captura de usuários indefesos perante a lei preconceituosa, e a polícia pouco amigável.

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2...05/316686.shtml
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Passeatas criativas num mundo sem fim


Todos sabem que maconha é a erva da Criatividade, a repressão que declarou esta Guerra Mundial Contra Os Maconheiros esqueceu deste detalhe, esta foi a única arma que os maconheiros usaram contra os sanguinários, apesar de muitas vidas de maconheiros terem sido ceifadas pela polícia fascistizada que prefere que você morra de cirrose bebendo a porcaria vendida em cada esquina http://www.terra.com.br/istoe/ciencia/148238.chtm , que matou muito índio (nativos e africanos) e ainda mata os seus descendentes, afinal bebida boa é muito cara, e o álcool mata e escraviza muita gente, mas os repressores das populações milenarmente usuárias da erva da paz não se importam com sua saúde, é claro, eles querem te prender, para manter as populações sobre controle, prendem os mais rebeldes, aqueles que não aceitam a imposição e o dogma militarizado de guerra mundial contra os maconheiros, que a ONU faz questão de manter apoiando-se nas determinações do império bélico moderno.

Assim como a perseguição às bruxas na idade média, não houve resistência armada por parte dos perseguidos, mesmo os maconheiros tendo suas vidas destruídas pela polícia cumprindo, mais do que energicamente, as ordens dos magistrados, e sendo espancados, humilhados, presos, alvejados, estupradas/os, e hoje em dia, mais costumeiramente, achacados, nunca houve resistência armada, tipo um Exército de Libertação Cannábico, ou algo assim, por parte dos usuários da erva da paz, talvez por isto ela seja chamada de erva da paz, e da criatividade. Um pouco diferente dos Cocaleros, que usam o sacramento que pertence a uma deidade bem mais severa, que tiveram alguns embates físicos, mas camponeses contra exércitos profissionais não resistem muito, mesmo com a ajuda de Mama-Coca.

Parece que nenhuma guerra imperialista contra uma cultura teve fim, nem êxito, não seria diferente com a cultura cannábica, e a arma de guerra mais importante da resistência cannábica foi a criatividade, e isto não falta aos guerreiros da liberdade.

Os países que descriminalizaram seus maconheiros/cocaleros foram considerados narco-países, como a Bolívia, Chile, Espanha, Holanda, Índia, Rússia, etc.

O Brasil teve, após o Lula, um governo de direita e aquele país da esperança aos oprimidos, aquele país do ministro da cultura célebre cannabista, virou o país da caça aos drogados, a lei que descriminalizaria os usuários nunca passou, ficou desde a época da ditadura militar num vai e vem e ninguém da alta política queria ver os maconheiros libertos e enfrentar as represálias do Tio Sam Guinário, ou ter qualquer problema de investigação em suas contas bancárias, e acima de tudo, manter o afluxo nas contas correntes, e concorrentes.

Por falar em com correntes, todas as manifestações pró-maconheiros foram proibidas, alegando apologia às drogas, um crime inafiançável, as passeatas tinham sempre o mesmo final, prendiam para averiguação os manifestantes e aqueles que portassem maconha eram fichados, mandados para trabalhos forçados comunitários e pagavam multas, se fossem reincidentes eram presos por um ano, se duas reincidências, preso por três anos.

“À medida que o narcotráfico fica mais forte a repressão aos usuários cresce, culpabilizando e combatendo o lado mais fraco e indefeso, a população maconheira.”

A idéia é que no dicionário constasse em “maconha”: s.f.p. (substantivo feminino proibido); Planta extinta da face da Terra através da perseguição, até a morte se preciso fosse, ou não fosse, de seus usuários pelas tropas internacionalizadas de combate bélico e social às drogas (dos pobres).

Com as passeatas proibidas, e milhares de manifestantes presos e fichados, sem possibilidade de passaporte ou emprego, o jeito foi usar a criatividade, algumas passeatas foram particularmente interessantes:


A passeata non-sense de desapoio à prisão dos usuários reincidentes

Neste dia vários grupos de 15 pessoas se reuniam no centro das grandes capitais mundiais e vendavam os olhos e caminhavam em círculos durante umas horas.


As passeatas relâmpagos

Estas começaram a ocorrer quando havia uma grande apreensão de usuários pegos nos testes antidoping em comunidades carentes, para proteger seus filhos...

Eram passeatas que duravam uns dez ou 15 minutos, não dava tempo da força fascista prender os manifestantes, uma intensa distribuição de panfletos, CD, DVDs e Chips era então empreendida, e as informações censuradas eram passadas à população, que perturbada pela invasão do Irã, e demais países Árabes, não se dava conta da urgência da descriminalização e das mentiras que a mídia inventou sobre os maconheiros.


As passeatas carnavalescas

Este tipo teve a maior repercussão, no carnaval todos fumam mesmo, assim montar blocos cannábicos foi mais fácil do que se pensava, os nomes eram bem divertidos:
“Segura a Coisa”, “Mangueira Rosa”, “Unidos do Cabrobó”, “Os Verdes”, “Fogo de Palha”, e, como o último nome sugere, acabavam após a quarta-feira-de-cinzas (-cannábicas)


A passeata interior

Uma passeata sem manifestação explícita, as pessoas paravam numa esquina bem movimentada, penduravam uma placa em branco no pescoço e ficavam ali de braços cruzados e de olhos fechados, mesmo assim, antes da polícia chegar iam embora...

As passeatas virtuais também tiveram alguma repercussão, e uma se originou no virtual, foi a mais interessante de todas, A Passeata do Fim do Mundo, 21 setembro de 2012, O Dia da Árvore, ou o último dia da árvore, quem sabe o dia da última árvore, o fato é que com os rumores intensos do fim do mundo parece que os maconheiros perderam o medo e saíram aos milhões pelas ruas das principais capitais mundiais. Espetáculo! :)
A mídia falou de passagem sobre o fato, sem muitas explicações, afinal com tantas guerras e crises no mundo havia assuntos mais importantes a serem anunciados; “baderneiros locais tentam se aproveitar do conturbante momento mundial”.

Por falar em com turbante, começaram a guerra genético-biológica contra as plantas sagradas, vírus específicos atacavam somente a maconha e a coca, mas o sagrado tem suas manhas, o vírus sofreu mutações (ou “escapou” dos laboratórios), atacou o verde em geral, a crescente falta de alimentos junto com o grande gasto e tensão das invasões dos países árabes e os sucessivos ataques terroristas advindos daí, a crise mundial do dólar e o início da “proteção da floresta” com envios maciços de tropas “internacionais” à Amazônia, e outros fatores, impossibilitariam que a civilização humana continuasse sua história de domínio e aniquilação sobre o planeta.

Estou sentindo um aquecimento e comichão pelo corpo todo, pode ser um vírus ou ataques com raios ondas curtas, me importa é que Ela sobreviva, Ela está na caixa de luz, flour-60W, é uma mãe, talvez o único exemplar da espécie, rendeu vários clones que arrisco na guerrilha cannábica (como os raios UV aumentam cada dia mais e mais, ela está ficando mais resinosa também), tomara que isto seja apenas paranóia porque fumei um charro super-resinado (o fim do mundo tem suas vantagens) aqui na trincheira do meu Growroom e comecei a escrever, acho que estou impressionado, parece que as estrelas estão caindo, mas que tem uma comichão tem...

Get up stand up, stand up for your rights

Macerai, o hemp poeta, viajem!

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Obs:

Em relação aos contos e textos: Divulguem, traduzam, reinventem, sintam-se à vontade, é tudo nosso! Viajem!

Geison "la Motta" (Didi Mocó Sonrisal Colesterol, hehe ) citou: e vou parafrasear o grande poeta:

Como vencer o oceano
Se é livre a navegação
Mas proibido fazer charros?

Rola outro, Mundo – Calos Dubão do Andrade


-0-

Mas agora é sério:

A minha defesa ideológica e política é no sentido de 1) descriminalização do usuário de drogas ilícitas, 2) descriminalização do plantio caseiro em micro escala de qualquer planta com poder psicotrópico usada por povos e culturas humanas, 3) legalização (industrialização e comercialização) da maconha para fins medicinais (e industriais, é claro).

Abraços cannábicos!


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Um conto que vai com uma boa notícia: DkD in home! :) DkD is free! :) :D
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Como se mente (um conto Kafkiano).
“Todo investimento tem três pilares, liquidez, segurança e rentabilidade, e a segurança pesava muito na economia canábica, todos migraram seus servidores para a Holanda ou para a Espanha, o OG foi o símbolo da mudança.” Crônicas canábicas do profeta hemp

Cinco anos antes, O Processo, sem fim.

Tudo começou em 1998 quando recebi três pacotes de sementes canabicas pelo correio, mas, ainda era proibido plantar maconha, mesmo que para consumo próprio, então, vendi o mix para um camarada responsa que estava muito interessado em plantar, ele desenvolveu a técnica e criou um seed bank, mas no Canadá somente o governo podia vender sementes de maconha psicoativa (e a lei não fazia distinção clara do que é exatamente a maconha psicoativa), e todos sabemos que o governo detesta concorrência, de forma que, o “Muca, foi autuado em flagrante como meliante pois vendia bem diante as sementes de Maria, e no meio da alegria noite virou dia, seu fumo da lata virou amônia, a sua serenata não acordou Maria...”.

Foram mais de cinco anos em processo jurídico e mais cinco anteriores em investigação, a acusação é de “agente causador, semeador, propagador”, uma nova modalidade para saber quem veio antes, o ovo ou a galinha, como o usuário estava praticamente inocentado no mundo todo, soltaram a raposa no galinheiro, galíferos galantes soldados montados, no final estavam discutindo má-temática avançada, a empresa processava aproximadamente 300 ordens de envio de sementes por dia (cada pacote $30 c/10 sementes,), esta empresa se desmembrou em seis, 3000X6 = 18000 X 365 dias X 5 anos = 32.850.000, trinta dois milhões e oitocentos cinqüenta mil sementes, sabendo-se que cada planta pode produzir até meio quilo de flores secas, temos um total, no mercado futuro, de 16425000 quilos de maconha, cada baseado pesando um grama, 16.425.000.000 dezesseis mil milhões e quatrocentos e vinte e cinco milhões de baseados. A penalização pedida pela Promotoria Montada foi de “Prisão Perpétua, À Pão & Água”. O advogado de defesa, que vem mantendo o processo em andamento por cinco anos, sem muito mais ao que recorrer, redirecionou a culpa, “O verdadeiro Agente Causador foi quem vendeu as primeiras sementes para o CR”, no caso Eu, e como isto faz mais tempo, e o processo já se arrasta por cinco anos, duplica-se o total de “cigarros em potencial”, assim eu seria condenado por 32.850.000.000, trinta e dois mil milhões e oitocentos cinqüenta milhões de “cigarros fumados em potencial”, a promotoria, perante o agravo da situação, teve que aumentar o pedido de penalização, “Pena de Morte Sob Tortura Rápida”, disseram ser pouco, pois, se apenas uma cifra desprezível de 0,0001% das pessoas que fumaram (em potencial) morreram em decorrência que qualquer fato, mesmo que remotamente ligado ao consumo (gripe aviária, AIDS, anthrax, etc), eu teria matado 32850 pessoas, o que me coloca como um dos maiores assassinos em série da história (presumindo-se que os baseados foram fumados em série, mas se foram fumados em paralelo posso ser considerado um genocida, possivelmente o primeiro “serial killer genocida”), assassino no sentido de “agente causador, gerador”, e como eu não tenho o recibo de entrega das sementes (alguém aí tem?) , e o seed bank que me enviou durou pouco tempo... Agora preciso achar outro “agente causador, semeador”, estou a pensar no cara que criou as sementes de maconha, isto mesmo, o Todo Poderoso, Deus, mas, como isto faz mais tempo ainda, a pena deverá ser aumentada, a Promotoria Montada deve pedir “Pena De Morte Sob Tortura Lenta”, a única acima possível. A pena, em parte, já está sendo cumprida, estamos torturando Deus e matando-o lentamente com esta guerra mundial contra os maconheiros.

15 anos depois, virando barata.

O problema é que o Cannadá ficava sob os pés do Império, e o Império havia instituído a pena de morte mundial, a venda de sementes de maconha foi considerada “Crime Em Cascata Globalizado”, o pior tipo de crime possível, apenas uma semente poderia proporcionar “milhões de pés de drogas”, o usuário foi recriminalizado, a gripe aviária forçou a perseguição aos fumantes em geral, pois são vetores em potencial da epidemia, na fumaça do cigarro, que sai diretamente dos pulmões, encontram-se milhões de bactérias e vírus, houve até propostas, no Congresso Mundial, para que “espirrar em público” fosse considerado crime hediondo (espalhar uma epidemia), a noção de crime hediondo para condutas imorais foi globalizada, a lei foi globalizada, a guerra aos drogados (95% de maconheiros) foi o que possibilitou a jurisprudência internacionalizada, internacionalizada no dos outros, por falar no dos outros, os gays foram parcialmente recriminalizados, a sodomia, que deixou de ser crime em 2005 nos EUA, agora é considerada mundialmente, apenas, uma infração social, sujeito a multas, trabalhos comunitários e aulas de moral e civismo.

Surgiu uma nova tipificação de crime, de crime hediondo, sujeito a prisão perpétura (perpétua com tortura), inafiançável, O Traficante de Sementes, da junção de dois crimes resultou um novo, o crime de tráfico (vender coisas proibidas, não necessariamente drogas) acrescido do crime de vender sementes funcionais de maconha psicoativa (uma lei que nunca foi muito clara) resulta num terceiro, Traficante de Sementes, assim, novamente a lei separa quem planta maconha para consumo, de quem vende semente, uma das formas de provar que não se é traficante de sementes, pasmem, é justamente ter maconha plantada, e “sen semilla”, assim sendo, quanto à maconha, estou a plantar em legítima defesa!

Marx tinha razão, O Capital era tudo, aonde escoa o dinheiro os tiras seguem a trilha...

Macerando Hemp da Lata nas cinzas do carnaval de 2006

Com esta caça à bruxa canábica os bons tempos medievais estão de volta.

Um olhar “difrente” sobre a realidade...

 
A Lendária, DkD-DH, Solidária até a última rama



Várias sementes foram produzidas pelo mundo em prol da libertação do mestre cannábico DkD, como foi o caso escandaloso de Solidária, a mais popular entre todas, fez a Grife Humanitária Da Camisa Itinerante, entrou na moda fashion, e teve até seed bank disputando no tapa a genética, ou melhor, afro-genética, assim como o melhor do Homem veio da África, isto começou faz uns 150 mil anos, a cannabis vem acompanhando o Homem antes do cão, seus melhores amigos.

DkD Double-Head Auto-Semente Via-Mergulhia Revegetante, também veio da África, uma Sativa que virou lenda e me colocou na história, o nome é suficientemente descritivo, Cabeça Dupla significa que ela ramifica em dois sozinha desde o início (sem ser um poliplóide), que serão dois Top Buds de primeira linha; Revegetante pela facilidade de revegetar em outdoor; Auto-Semente é porque só produz uma única flor macho no final da floração e via mergulhia é porque as ramas são enormes e pesam muito com os buds cheios, daí encostam no chão e criam raízes onde fazem o contacto com o solo, formam-se mandalas onde ela nasce, é tudo “muito bonito” como disse um delegado...

Esse nome de Lendária sempre confunde, estava numa reunião da Confraria da Libertação Cannábica e um companheiro referiu-se a Lendária Solidária, e eu entendi que seria A Lendária DkD-DH, que era chamada assim por ter-se perdido a genética, era muito grande e não se adaptou ao indoor, e quando começou a dizimação de toda planta canábica com venenos específicos, só sobraram as pequenas indoor, híbridas, a Lowryder é um exemplo clássico na resistência, assim como o ativista canábico homônimo, preso injustamente no início do Movimento de Libertação Canábica.

Johnny and the beans

Quando menino a fascinação pela história do “João e o Pé de Feijão” era gritante, se não contassem antes de dormir eu gritava, ehehe... Nos meus sonhos eu era o João e a planta crescia muito, eu começava a subir, mas ficava assustado com a altura, era bom, mas dava medo, uma sensação muito parecida hoje em dia com o plantio canábico, mais do que uma sensação...

É muita nóia plantar para consumo próprio num país que cultiva o preconceito contra os maconheiros e que colabora na guerra internacional contra os maconheiros, as penas por plantar seis pés podem chegar a 15 anos de reclusão, uma lei da época da ditadura militar, mas poderia muito bem ser da época medieval.

A minha vizinha deu uma festa reggaeda à maconha, a polícia invadiu e prendeu várias pessoas, até acusação de “formação de quadrilha para fumar maconha” teve no processo, entraram na casa de alguns para buscar mais maconha, pois segundo as pesquisas mais de 80% dos que fumam maconha na rua escondem alguma maconha em casa, e daqueles que fumam o “verdinho” escondem uma plantação em casa...

Joguei tudo fora, tinha comprado terra vegetal, vermiculita, fibra de coco, vasos de 4 litros, calcário dolomítico, sulfato de magnésio, hormônio enraizador, a abominável farinha de osso, que nunca mais vou usar, e as Santas Sementes Lendárias, DkD-DH, “DonkeyDick Double-Head Auto-Semente Via-Mergulhia”, consegui a raridade contribuindo para o “Fundo DkD Internacional de Apoio Aos Growers Usuários Canábicos Arrastados Injustamente Pela Polícia”, ganhei um pacotinho no sorteio do melhor conto sobre gambés, tipo aquele que ficou famoso, do filme 4AB.


A nóia era grande e fui viajar, joguei tudo na lixeira da varanda, por fim até as sementes eu joguei por cima e fechei a tampa, sai logo de casa, quando voltasse iria me desfazer jogando tudo no lixo, mas, como os gambés sempre reviram os lixos durante as investigações, então, dei um tempo; só ficou o meu gato em casa, tem comedor automático, gata não falta no pedaço, e também caça muito bem pelas vizinhanças, SRD, um vira latas, vira-lata e abre-tampa...

É claro que o 1º erro foi jogar as sementes por cima, depois, deixar na varanda onde bate sol, pouco Sol, e chove bastante, um apartamento de segundo andar muito mal projetado, de frente para a rua, uma rua sem saída, um lugar pacato e quase deserto, em cima mora uma velhinha que praticamente não sai da cama, também tem vasos na varanda...

O segundo erro foi colocar farinha de osso na mistura, logo um vegetariano dar uma mancada karmática destas, o cheiro atraiu o bichano, ele não teve culpa, e não uso mais o karma em pó.

DkD-DH é muito poderosa, nasceu na lata de lixo adubada, super-adubada, não teve overfertil, viveu com pouca água, buscou o Sol pela Janela, propagou-se por seis meses, durante os quais “viajei” imaginando estar tudo “limpeza”.

DkD-DH subiu pela janela até o terceiro andar, com um caule duplo da grossura do meu punho, enraizou nos vasos da velhinha, lançou ramas por todos os cantos, o vento levou suas sementes pelos canteiros da rua, até que alguém tomou uma providência...




Cheguei de viajem da Espanha, o país dos growers, um país que respeita seus maconheiros, não resisti e trouxe umas seeds tropicalizadas; quase amanhecendo, quando entro na minha rua tomo um susto, uma viatura parada em frente ao “meu” prédio, uns carinhas de macacão subindo pelas janelas numa escada própria, cheguei mais perto e li: “Poda de Árvores”, os carinhas podaram a árvore canábica, e saíram aparentemente, evidentemente, muito felizes, levando consigo a erva canábica, que estava invadindo a casa da velhinha; Dona Rosa nunca me achava em casa, acabou chamando o serviço de Podas de Árvores, graças a Jah!

Agora é tentar salvar as sementes que ficaram para contar a história, muita gente está tentando manter vivas as Sementes Solidárias, vem me ajudar, camarada, vista esta camisa itinerante. Jah Vive!



Libertem os presos canábicos!

macerai o hemp carnaval 2006

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Reitero os agradecimentos e sublinho que são recíprocos; as histórias são curtas para facilitar o envio por e-mail para os amigos, a revolução cannábica, pacifica e cultural, está em nossas mãos, vamos contar nossas histórias, todos são bem-vindos para colocarem histórias cannábicas aqui no cantinho ou na seção de literatura. O Grande Brazukinha está planejando uma edição impressa, em espanhol, para algumas histórias postadas lá no Bitox, nem todas são minhas, muitas são de usuários bitoxeros (algum possível dinheiro arrecadado com o livro será usado em prol da luta para libertar DkD), o tema chamado “cuentos cannabicos” apresenta uma extensa profusão de contos, a literatura cannábica está recomeçando, se é que algum dia parou, vida longa aos poetas cannábicos!

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Obs: Aí, Brazuka, as musas cannábicas continuam me visitando, todas as noites, com seus hálitos doces e calores esfumaçados. Me gusta!

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Abraços carburantes de altos teores

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Dançando feliz, Hare Shiva!

A festa terrível dos poetas cannábicos malditos (eu entro de penetra), não posso dizer que não é um bom evento (qual foi a “coelhinha” que ficou com meu suspensório?), tem um aroma leve de decência, e a maconha é honesta, a última vencedora da copa cannábica plantada por seu criador, o convidado de honra. Apareceu um novo alquimista, a fantasia mais próxima da realidade que já vi, que trouxe uma pedra filosofal, a extração por fluido supercrítico de um haxixe do cruzamento de Solidária com DkD-Low (duas sementes da nova era cannábica), eu fumei uma colher do óleo dourado, decolei!

Acho que no bojo da festa perdi alguma coisa, uns detalhezinhos sobejos (o suspensório foi papai que me deu, é sério, “gatinha” ou “coelhinha”, lembra da indomável tromba verde de seu “elefantinho” e faz um sacrifício para devolver o objeto de domínio “roçadomahzô”), mas na recontagem dos votos a Fox me deu a vitória, ou alguma falcatrua do tipo, aquelas deputadalhaças, desde então fiquei girando em outro eixo-fora, depois passa, um dia eu volto e conto toda a história, o encontro com Shiva e o colapso temporal; resumidamente, Shiva olhou meu pesinho aeropônico de DkD-DH 600W/LEDs e BABOU! Sua baba cósmica altera o tempo, faz as eras colapsarem, o tempo torna-se infinito e infindável, arrasta-se sobre si mesmo, um grande buraco negro sem matéria, somente tempo condensado, eu vivi, vi , venci e vortei (voltei de um vórtex), voltei mais ou menos, estou meio capenga da psiquê, fumar um com Shiva afeta a gente para sempre.

Meus olhos estão constantemente vermelhos e eu às vezes babo quando falo, e quase raramente quando não falo, babo; Shiva também baba e ninguém comenta nada, só louvores, sem querer me comparar, mas eu dei um dois com Shiva, e fiquei com este jeito chapado, quando levei uma dura sinistra por ter plantado um pé no terraço do prédio, Shiva me socorreu e mandou Ganjaman, só de olhar a figura, resinosa, já mata a gente de rir, a piadinha relaxante é sempre a pior impossível, quando se desfaz em algum sentido, um Koan esverdeado de cinco pontas, a palma da minha mão rindo de bater palma sozinha, o espelho que faz cosquinhas no reflexo, você pode tentar não rir, mas vai explodir (ou peidar) prendendo o riso, gargalhada é a única forma de combater o Ganjaman, fiquem na paz que o pessoal da delegacia está rindo a mais de 48 horas (os que começaram a peidar foram dispensados), já tem jornalista na porta estranhando a polícia, forçada através de mentiras à guerra contra os maconheiros, despreparada, e com salários baixos, estar de tão bom humor...
Segura o Ganjaman... Panduranga, Hare! Shiva, Hare! Krisna, Krisna! Om, Shanti!





macerai o hemp carnaval 2006

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Back Orifice

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Estranhamente soa um alerta de arrombamento na janela detrás, mas não há nada acontecendo, MMCs cercam a casa, automaticamente cortam a energia elétrica da casa, um circuito protetor desliga a Growbox para não aparecer nos registros eletromagnéticos do medidor de energia elétrica; os MMCs têm permissão para adentrarem pela janela supostamente arrombada, chocam-se contra o vidro escuro a prova de balas, e bestas...

999

Bush Filho, vocês sabem de quem, estava no final de seu terceiro mandato, apesar das vociferações costumeiras dos Independentes (pessoas que pensam diferente do presidente), agora não tão ferozes quanto na invasão do Irã, os MiniMísseis Cirúrgicos pairavam no ar farejando instalações atômicas e químicas, milhões de MMC foram lançados, cada grupo tinha uma função, eram alvejados facilmente, mas a quantidade de MMC impedia o extermínio, e não podia ter ninguém atrás do MMC, senão a bala certamente acertaria as pessoas, cansamos de ver esta cena nos documentários, e as nuvens de MMC retaliantes no final, depois de muito chororó, e antrax dizimando milhões nas capitais das superpotências.

FREE LOW!
Corto a circulação de ar externa para impedir que os gases soníferos atinjam o interior da casa, se eu for atingido pelos gases soníferos Eles têm permissão de arrombar a porta para aplicar um antídoto e salvar minha vida e a dos pretensos invasores... o tecido refratário ajuda-me na proteção contra os raios de micro-ondas, que aumentando a temperatura da minha pele, minha temperatura corporal, forçar-me-ia a sair de casa, abrindo a porta para os MMCs.

A polícia foi substituída pelos MMCs Guardiões das Ruas e Residências, e uma nuvem povoa a atmosfera com MMCs que bloqueiam o UV prejudicial para os humanos e convertem energia solar em elétrica e transmitem esta energia para os MMCs Guardiões, os MMCs Coletores podem ser convertidos em MMCs Guardiões, isto nos coloca com um exército de bilhões de Beija-Flores sob a cabeça, os MMCs mantêm a ordem, a Ordem Mundial Democrática estabelecida pelos imperialistas.

BioAdversidade

No início das pesquisas o beija-flor foi usado, o próprio beija-flor, e posteriormente alguns beija-flores foram mantidos na linha de fabricação para atuarem como espiões, não é incomum o relato de uma nuvem de beija-flores invadindo uma cidade do Oriente Médio ou da América Latina, África, enfim... Posteriormente somente o cérebro modificado dos beija-flores foi usado para monitorar uma máquina biônica, o coração do MMC é um cérebro de beija-flor.

XXX
É claro que um MMC não poderia entrar na sua casa sem a sua devida autorização, somente em caso de urgência, como em incêndios ou suspeita de invasão, muitíssimos raros hoje em dia, mas um alarme soa e vem MMC averiguar, a Polícia Imanente Mundial, como poderíamos chamar a monitoração constante e universal por MMCs, prende muito mais gente por crimes dentro de sua casa do que protege de alguma improvável invasão/incêndio, uma vez invadida a privacidade vemos que cada um é um criminoso em potencial, um DVD copiado indevidamente, fotos de seus filhos menores de idade nus, aparelhos eletrodomésticos sem Nota Fiscal Eletrônica visível, bens não declarados, e a pior de todas, uma growbox canábica, o motivo pelo qual a PMI (Polícia Mundial Imanente) foi aprovada em referendo mundial, a única maneira possível de combater o uso de drogas pela humanidade, inclusive viabilizou novamente a Proibição Do Álcool, os Árabes aliados com EUA, Suécia, China, Indonésia, e outros, corroboraram o proibicionismo do álcool, os bombeiros apóiam, dizem que o número de incêndios domésticos reduzir-se-á bastante, o Papa diz que o vinho pode ser substituído por suco de uvas, “o efeito é o mesmo”, disse o ancião referindo-se a algo do outro mundo, certamente.

XXXX – Libertem os presos canábicos!
O usuário apesar de ser considerado criminoso pela Diretriz Mundial Democrática, era levado a Prisões Especiais, para Tratamento Compulsório, o uso compulsivo de drogas era geralmente tratado como uma psicose, uma mania, e a primeira internação contava com a ajuda dos novos antipsicóticos, na segunda internação, caso houvesse recaída, o mais aplicado eram sessões de eletrochoques associadas com uso intensivo de neurolépticos, e se houvesse uma terceira internação a neurocirurgia era aplicada no paciente/delinqüente, felizmente depois da lobotomia não havia mais recaídas, este cuidado médico todo era justificado devido ao perigo social que representam as drogas; o álcool causa dependência orgânica, demência, esquizofrenia, depressão, cirrose, delírios e alucinações vívidas, impotência sexual, câncer, perda da consciência, destruição de famílias, corrupção de crianças, degeneração na genética do feto, e uma série quase infinita de ataques à humanidade, “um alcoólico é mais perigoso do que um terrorista”, como já foi demonstrado várias vezes. Quanto à desculpa que depois tem conserto com a terapia de células tronco, não serve, existem os riscos sociais (violência e acidentes), além do que também havia transplante de fígado e tuberculose tem cura, mas a “Democracia Imperial não pode deixar que uma epidemia se alastre somente porque ela tem cura, temos que combater o principal vetor epidemiológico, o usuário de drogas”.

WWW
As janelas possuem dois vidros, ajusto a polarização da luz admitindo mais ou menos luz, um circuito detector de MMC ajusta automaticamente o grau de transparência, opacidade máxima quando o xereta está muito próximo, teoricamente eles não podem filmar nada quando focam o interior dos lares, salvo exceções, e elas são muitas.

A growbox é ligada em um nobreak e filtros de linhas, dificultando o registro eletrônico da assinatura eletromagnética das lâmpadas de alto rendimento, principalmente no start, isolantes térmicos e aquários em volta escondem o registro de infravermelho, a gaiola farádica encerra o processo, envolvendo tudo. Sei de growers que plantam em subsolo, ou com LED, cada caso é um caso, mas eu já tinha esta máquina montada pelo Ancestral.

4EVER

Nós growers somos um segmento importante da resistência humana, e somos perseguidos pelo Estado Democrático Imperial, pela PMI. Alguns MMC podem farejar o cheiro de maconha na roupa de uma pessoa num raio de dez metros, cuspideiras públicas fazem a análise imediata da amostra e fotografam o cuspinte, em caso de positivo para drogas, lícitas ou ilícitas, armazenam a foto e o DNA na lista de possíveis criminosos, por falar em drogas ilícitas, quase todas são ilícitas, álcool, cafeína, nicotina, maconha, cocaína, etc., a terapia de células tronco praticamente aboliu a terapia com drogas.


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Bush Filho, vocês sabem de quem, estava no final de seu terceiro mandato na Presidência Mundial, apesar das vociferações costumeiras dos Independentes (pessoas que ainda pensam diferente do presidente), pela lei um clone do presidente pode ser eleito no lugar do presidente, se o DNA é o mesmo, então porque não eleger um presidente, com o DNA sempre corrigido, praticamente imortal, indefinidamente? A Lei do Mandato Infinito faz sentido, é como o presidente pensa, nem mais precisa ter votação, se as pesquisas apontam a intenção de voto na manutenção do empossado não gasta-se dinheiro nem em campanhas nem em eleições, está automática e democraticamente reeleito, add infinitum.

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Estranhamente um lindo beija-flor aparece na janela sem que os polaróides escureçam, nenhuma parte metálica nem campo eletromagnético suficiente foram detectados para comprometer a segurança e defasar duplamente a luz em 180 graus, muita inocência dos polaróides, a ave é linda, voa pairando no ar, voa para trás graciosamente, é hipnótica, ela olha diretamente em meus olhos, vasculha rapidamente, quase naturalmente, a casa, focando outra vez em meus olhos, eu sorrio, estou sendo filmado...

macerai o hemp 8 de fevereiro de 2006

Este conto é uma homenagem ao companheiro Low, preso injustamente, um herói nacional, internacionalizado, um dos maiores ativistas contra o tráfico, teve sua casa invadida indevidamente, sem mandado judicial, sem flagrante, mas com simulacro de arrombamento seguido de invasão e busca ilegal, total perda dos direitos civis de um usuário consciente, um cidadão de primeira linha, sensível, bom pai, bom marido, bom companheiro, bom grower. Vida longa e livre aos abolicionistas canábicos! Justiça e Respeito! Igualdade e Liberdade de expressão! Liberta Donkey! Liberta Lowryder!

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Abração Brazuka, valeu povo ibérico pela camiseta itinerante, ótimo tema!

http://portal.bitox.com/ftopic9145-510.html

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Obs.:
XXX = sacanagem
XXXX = muita sacanagem
 
O CLONE INUSITADO

No início houve muita confusão com as palavras: Descriminar X Discriminar, discriminação é sinônimo de preconceito, enquanto a descriminalização, ou descriminação, é uma forma de combater a discriminação (preconceito) imposta aos maconheiros, diga-se de passagem, imposta principalmente através de mentiras e calúnias, amplamente divulgadas, até a ONU omitiu em seu relatório que maconha é menos nociva do que o álcool e do que o tabagismo; mas o debate trouxe de volta todas estas mentiras e as questionou, assim, ficou claro que cannabis não mata neurônios, e até mesmo protege alguns neurônios de algumas doenças, como o câncer e o Azheimer; não provoca esterilidade nos homens, apesar de haver uma redução na testosterona, e em muitos casos atua como um afrodisíaco, compensando uma possível baixa produção de espermatozóides pelo aumento no número de vezes que “o lobo vai a toca” ;) Além do que, ficou evidente que por seus usos medicinais e espirituais, proibir a maconha de existir é proibir uma cultura milenar e humana de expressar-se, proibir o único medicamento que até hoje não causou choque anafilático, nem morte por overdose, que ao parar o uso reverte-se todos os efeitos colaterais, sem deixar seqüelas se o cérebro já estiver formado, o que NÃO indica seu uso na adolescência, nem na infância, também ficou claro que pessoas com doenças mentais só devem fazer uso sob supervisão médica, pois pode ajudar na depressão e prejudicar na esquizofrenia, mas o contrário também pode acontecer, depende se estamos falando de THC ou CDB, ou de que contexto de tratamento e tipo de doença, ou doenças; por falar em doenças, no plural, mais um bom dado, a maconha é melhor para usar em pacientes que tenham várias doenças ao mesmo tempo, por exemplo, se tivermos asma, insônia, anorexia, impotência sexual, hipertensão, glaucoma (ufa!) condensados num caso só, a indicação cannábica é bem cotada, pela sua abrangência é indicada para muitos, salvo para portadores de cardiopatias ou psicoses graves; no geral, todos podem beneficiar-se com a Erva Sagrada De Resistência. Ficou evidente que o álcool, e o tabaco, faz muito mais mal para a saúde do que a maconha, que pode ser usada no controle do abuso de drogas pesadas, como o álcool e o crack.

No momento a pesquisa dá vitória para a descriminalização do usuário e descriminação (ou descriminalização) da maconha, sem industrialização, apenas o plantio caseiro é permitido, o que trará a família para o debate e controle; o bloco do Sim está com 80% de intenções de votos, ‘Você acha que a maconha deve ser descriminalizada?”, a pergunta confunde um pouco, só faltava ser, ‘Você acha que a maconha deve ser descriminada?”, e quase foi... Mas na verdade trata-se da descriminalização do usuário, até porque, não existe nada mais sem propósito do que criminalizar, ou incriminar uma planta (pétalas ao alto, parada aí, raízes no chão! Você tem o direito de permanecer calada...), ainda mais uma planta tão útil, na pior comparação possível, talvez até impossível, “O Bombril dos vegetais”, vestimentas mais resistentes e baratas com a fibra mais resistente, energia renovável, a segunda semente mais alimentícia do mundo, papel, remédios, casas populares, reflorestamento, e tantas coisas que parece até que fechamos os olhos para o milagre de Deus, ou cegaram nossos olhos...

Mas, este apoio popular começou totalmente ao contrário, um ano se passou, e agora, após um intenso debate, e uma mudança radical, na mentalidade brasileira, sobre cidadania e direito ao uso do corpo; estamos próximos ao fim da vergonhosa caça aos usuários, a versão moderna da caça às bruxas, destruindo famílias e vidas de maconheiras; esta mudança começou bem antes, e vários setores contribuíram para isto, os Redutores de Danos, a própria Cultura Cannábica (pinturas, músicas, teatro popular e literatura), os ativistas em geral e alguns fenômenos impressionantes, como a Tríade Rasta ou O Menino do Dedo Verde, mas gosto de pensar que tudo começou com um grupo de adolescentes “ex-pichadores de muros”, “Os Acrobatas Plantadores do Inusitado”, que tinha como marca registrada pichar em lugares quase impossíveis, e de forma discreta, algumas vezes com tintas que só seriam vistas sob iluminação especial, ou que só seriam visualizadas após uns dias, mas a idade foi chegando e a maturidade politizou suas ações, o grupo decidiu continuar dando importância à pichação, mas sem depredar o patrimônio, e pichar significava marcar uma posição e dar um aviso, marketing, tão invasivo quanto as propagandas que temos que engolir. Parece que todos fumávamos maconha, também entre os Plantadores Inusitados, e isto levou a pensar na brincadeira do Clone Inusitado, um clone cannábico seria colocado em lugares públicos, o sonho seria uma varanda da Casa Branca com um clone mimetizado num vaso na janela, até florir... Mas na realidade jardins públicos, canteiros dos museus, áreas de shopping centers e terrenos baldios foram os mais usados, a mídia comentou o fato “en passant” somente quando alguns dos jovens foram pegos e condenados a 15 anos por tráfico e apologia às drogas, um deles se suicidou (ou foi suicidado) na cadeia, os verdadeiros traficantes que estão presos, que são bandidos com crimes muito além do tráfico, não gostam dos legalizadores, “é ruim para os negócios”, não é a toa que um dos lemas dos Legalizadores é, “O tráfico é contra a legalização, e você?”.




Sua namorada era do grupo, mas ainda não fora presa, foragida, escalou um edifício moderníssimo, todo de espelho e aço, no centro da cidade, na filmagem não fica claro, ao raiar do Sol, o que ela estava fazendo lá, mas com a chuva de panfletos que atirou lá de cima, conclamando a “Libertação dos maconheiros”, pregando o “Fim da opressão aos irmãos” o “Fim da ditadura do álcool”, e que “Usuário não é criminoso”, atirou todos de uma só vez, e pulou lá de cima, chegou ao solo antes dos panfletos, uma chuva mórbida, de celulose, pisoteava acompanhando o sangue que escorria no asfalto, petróleo e sangue, sempre. A imprensa burguesa acusou a maconha de ter matado a menina, “Maconha Mata”, estampava a manchete, mas não é primeira vez que um maconheiro se suicida por ser perseguido, e neste caso ela estava sem fumar por dois meses, estava grávida, de seu amado... Perseguição mata, preconceito mata. Certamente devido à intensa divulgação das imagens, a história humana da vida dos usuários, e o do início da mudança do paradigma sobre quem é dono de seu corpo, houve algum sinal de descontentamento social, a exigência, prometida, mas nunca cumprida, de mudar a lei, da época da ditadura militar, no sentido de tratar o usuário como usuário cidadão, e não como criminoso, talvez por isto algumas folhas de maconha começassem a ser achadas em lugares públicos, o comentário da mídia, nestes casos, é sempre tímido, até que a coisa saiu do controle, em meio aos documentos das CPIs (comissão de inquérito parlamentar) pralamentares “dos escândalos nossos de cada dia” no Brasil, que sempre acabam em pizza, foram achadas folhas de maconha, a coisa foi vista como uma “piada”, mas como numa pegadinha nacional, em documentos importantes, aleatoriamente, eram achadas folhas de maconha, dentro de livros de visita, em caixas dos correios, nas anti-ecológicas chuvas de papel picado dos edifícios do centro da cidade, algumas folhas de maconha podiam ser achadas; a coisa cresceu a tal ponto que um periódico de pequena tiragem prensou a folha em cima de uma matéria de corrupção policial e acharcamento de usuários, e havia rumores que dentro de alguns poucos exemplares podia-se encontrar algumas folhas cannábicas secas, as vendas aumentaram, aproveitando a polêmica um jornal de grande circulação prensou, na capa principal, a folha, ou melhor, o relevo da folha.

Nenhum de nós pensara, quando tivemos esta idéia, que o Clone Inusitado poderia proporcionar uma colheita tão espetacular, era como se a população inventasse mais um maneirismo de protestar contra as falcatruas de nossos políticos profissionais, e a coisa descambou do deboche para a defesa da liberdade de expressão e descriminalização do usuário, e exclusão do Absurdismo na lei brasileira, na qual falar bem da maconha é crime comparado ao tráfico, passar um baseado numa roda de amigos é qualificado como tráfico, ter meia dúzia de plantas canábicas em casa é crime hediondo, inafiançável, e por aí vai; a luta é contra o Absurdismo na legislação da época da ditadura militar.

Em três anos, espero que tarde demais, letras escorridas revelar-se-ão nos edifícios públicos de Brasília, no início tenuemente, invento cores que você não vê, depois skunkaradamente, invento luzes que só você viu: “Chega de Absurdismo, libertem os maconheiros”. Depois eles apagam as letras, e proíbem as palavras, mas não podem apagar nem proibir o sonho da libertação cannábica. : “Chega de Absurdismo, libertem os maconheiros!”.



O mais interessante é que devido a ligação com as CPIs o presidente falou em rede nacional algumas vezes sobre o assunto, em uma delas, no vaso ao fundo, a câmera descobre um clone cannábico, em floração, o Clone Inusitado, e fecha o foco na planta resinada, enquanto o presidente em off falando que “a pegadinha está fora de lugar e não ajuda no debate político, nem da legalização, nem da corrupção”; pega uma folhinha que foi deixada sobre a mesa, a câmera volta em close para o torso presidencial, e fecha o foco na mão segurando a folha canábica, “Até que é bonitinha, né?” :lol:

Macerai o hemp até a última ponta, poeta viagem
2005nov17
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ssain é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. Sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do àse (o poder), imprescindível até mesmo aos próprios deuses. O nome das plantas e sua utilização e as palavras (ofò), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto dos deuses iorubás (Verger, l982: 122).
http://www.aguaforte.com/herbarium/transes.html

Parece que não é de hoje que o segredo do sucesso é o sucesso do segredo...

Axé, Babá!

Diálogos interessantes...

Seguinte, com o tempo os contos podem ser aperfeiçoados, por todos, eu acho, é isto aí, contribuam, reinventem, reescrevam, fiquem a vontade, é tudo nosso. Penso em fazer umas traduções, me ajudem, bola na rede que atrás vem peixe...

Uma coisa interessante é que o glaucoma ataca mais aos africanos (e descendentes), e a maconha é, ou era, como querem os proibicionistas, comumente usada por várias populações africanas, nações, inclusive faz parte dos sacramentos dos Orixás (mas o carinha de quem ela é sacramento não gosta que proíbam as paradas dele não, vai ver que é quizila esta parada toda de violência, e os salários da polícia sempre baixos, os caros vivem dando problemas, sempre endividados, o sistema judiciário não anda, o dinheiro que deveria ir para a saúde vai pra prender maconheiro, enfim, é óbvio, é quizila, quizila de Exu, melhor legalizar!!! Rápido!!!).

Estes proibicinistas cuspindo mentiras sobre o prato sagrado, enquizilou geral... Aliás, a outra divindade desrespeitada pelos proibicionistas é Shiva, “license to kill geral”, só casca grossa, vai vendo...

Espero que seja um conto bem humorado e enalteça nossas tradições populares, uma referência, aqui no Growroom, seu lugar para crescer. Vamos à historinha:


Trabalho Forte, Corpo Fechado, Mama África!

Já não agüentava mais este fardo da síndrome de culpa do usuário, isto me atacava o sistema nervoso, fui à psicóloga, dermatologista, psicanalista, epicurista e de nada adiantava, por fim resolvi seguir o conselho de uma amiga que veio de Amsterdã, e o da minha assessora, plantei um pé, de semente de prensado, e fui a uma mãe de santo, rezadeira, “precisava tomar uns passes”. Fui dormir, antes disto...

Entrei num site e li algumas coisas, mas não entendi quase nada, estava chapado e cansado, li meio sonâmbulo, escolhi uma raça, White Widow porque tinha o Manga Rosa no pedigree, mas não assimilei nada sobre o plantio, parece que não se usa mais xaxim, só fibra de coco, mas nas lojas só vendem xaxim, um viva aos maconheiros ecológicos, e criativos, cada armengue para refrigeração, talvez criativos demais, li uma história cannábica de um sujeito maceroso que escondeu maconha na orelha e sobrou uma semente que germinou dentro do ouvido, a raiz se misturou com o cérebro e ele teve o desplante de virar um super-herói cannábico que combatia o mal do proibicionismo com sua baba resinosa, que loucura, o site era uma loucura, dormi pensando assim, no outro dia de manhã...

Quando perguntei pela Babalorixá, ou seja, pelo terreiro da mãe Irene de Iemanjá, todas as portas se abriram, uma criançada foi escoltando o carro até a casinha humilde, “o moço vai para a casa-de-santo”, um terreno bem grande, uns alguidais na entrada, em cima e aos lados.


─ Florzinha, troca o copo de água, que o carvão desceu... Está carregado, é Zifio... carece demais de passes, mas carece mais ainda de ver seus caminhos, vou ver o que posso fazer para abrir um pouquinho, né? (um sorriso bonito ilumina o rosto da coroa enxuta, toda de branco, e frescor de alfazema). Não se impressione com este negócio do carvão, é assim quando vem a primeira vez, a maior parte da carga já está saindo, vamos jogar pra ver o que precisa fazer. Vamos trabalhar, Florzinha! (Florzinha era só sorrisos, ajudando mãe Irene).

─ Aqui no roncó começa cedo, o Sol nasce e nós já estamos de pé com café da manhã tomado (pronto, lá se foi minha chance de tomar um café da manhã da roça).

Estendeu um pano branco em cima de uma mesinha, pegou o copo de água que a Florzinha trouxe e pôs em cima da mesa, abriu um saco e tirou umas conchas, búzios, e após balançar nas mãos e rezar, pediu para que eu pensasse no problema que algum Orixá ia achar a solução. E eu pensei em me livrar daquela culpa, daquela carga negativa, karma negativo, me livrar do narcotráfico, pensei na descriminalização do usuário, da maconha, e ela lançou os búzios sobre o pano branco...

Num fala nada Zifio (sua voz estava diferente, puxou um charuto fedorento...), tô vendo aqui que este problema é muito sério, vou ter que pedir pra abrir mais os caminhos, tá pesado e vem lá de cima... ( fumei um no carro com ar condicionado, e em jejum, agora neste calor infernal, estou suando em bicas, e este charuto nauseabundo está me enjoando...)
Mas nós vamos dar um jeito neste problema (disse ela com uma voz rouca e soltando uma baforada dentro das mãos que seguravam os búzios, em concha), precisa dar comida pro santo (e eu pensei no café da manhã que fiquei me devendo, ela pegou o defumador e me rodeou, senti a minha pressão baixando), levanta Zifio, abre os braços, cabeça erguida, cabeça erguida (quando levantei a pressão realmente baixou, um formigamento pelo corpo todo, e a sensação que eu não ia agüentar em pé), mais erguida Zifio (e eu conseguia erguer só os olhos, e despencar...), escuta o que vou lhe dizer, segue todas as instruções que você vai ter o corpo fechado... não precisa se preocupar, é só escutar...

...toma cuidado com uma mulher que vai à sua casa, vai ter que achar outra melhor, tem quer muquiar, o segredo do sucesso é o segredo, e vai ter fazer patuá forte pra driblar a Lei de Murph, tomar banho de ebó, e fazer um quartinho separado para sua oferenda... as sementes virão da Holanda, usa fibra de coco com HensiFio, Hensi-Fio, mutcho nitrogenu no vegetativo com de garapa de 30-10-10 e dispois cum mará de 4-14-8 na floração, mantém o pH 5.8, num esquece Zifino, 5.8 e não deixa passar dos 30ºC, começa com EC de 300 ppm, um quarto da dose, até chegar no crimáx do vegetativo em EC de 1,5; na floração pode tentar armentar até 2,0, quiçá ZiFio, até 2,5, mas lembra que menos é mais, num esquece de aplicar flushing semanal e cobrir com a tela scrog, é importante, tela scrog... nada disto adianta senão tiver um ventilador oscilante dentro da casinha da santinha...
Tem que ficar recolhida três meses dentro do quartinho, tudo pintado de branco, um mês na HQI e dois na HPS, pode usar 250W que ocê é cabecinha e ainda vai economizar um bom aqüé na conta de luz, depois de colher vai ter que esperar um mês secando, esta é uma boa mandinga pra tirar o narcotráfico dos seus caminhos, mas tem que manter segredo e nunquinha, nem sonhar, em vender a colheita sagrada, depois vai fumar um charuto WW na encruzilhada, mas muita calma nesta hora, Ele vai aparecer pra você... calma... passa a diamba pra Ele, Laroiê!, não espere que devolva, sai de fininho e não olha pra trás, vai com calma... a oferenda foi feita, e foi aceita, calma...calma...

‘Calma, calma, pode desvirar de bruços”, acordei e me disseram que “bolei no santo”, falei umas coisas em Ioruba, as vezes sem sentido, a única coisa que entenderam em português foi “viagem pra Holanda”, e como quem bola no santo tem que fazer um retiro espiritual, recolher ao barracão, acho que o meu recolhimento vai ser na Holanda, acho que em vez de Barracão os gringos chamam de Growroom o lugar de crescimento espiritual, lá vou eu, um mês na Holanda, IAÔ!


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macerai o hemp 23maio2006



Respeitem a religião Rastafari, e outras que usam o sacramento canábico, libertem Ras Jorge Makandal

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Bons textos, sérios, na rede, e um longo, mas espero que proveitoso, Off-Topic, se me permitem:

1) As Múltiplas Fontes: Oralidade e Literatura: A Tradição Ioruba, Kongo, Malês, etc: Fonte: http://hemi.nyu.edu/course-rio/perfconq04/...t/multiplas.htm

1b) Padê de Exu: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pad%C3%AA

2) No texto “O Dragão da Intolerância contra o Senhor do Movimento” explica que Exu (Odara) não é o Diabo, não é o mal, muito pelo contrário (o txt somente no cache do google, salva logo):
Fonte: http://72.14.209.104/search?q=cache:wQh-Rs...d=10&lr=lang_pt

“Qual a importância de Exu no candomblé? Exu é uma divindade, uma figura importantíssima nas religiões afro-brasileiras e no candomblé. Considerado um grande orixá, é o Porteiro de Deus, aquele que transporta as oferendas. Você não se relaciona com o divino sem passar por Exu, você faz uma oferenda para qualquer orixá e tem que botar primeiro para Exu. É o portador das oferendas, o que abre os caminhos. Por isso ele é chamado também de Odara, aquele que traz a felicidade. A primeira característica dele é esta: ele é um grande comunicador. Conhece todas as línguas e os vários mundos, é um intermediário. Nesse sentido, ele se parece muito com um deus grego chamado Hermes, que habitava as ruas e era um grande viajante, um mensageiro de Deus. Ele é também aquele orixá que recebe as primeiras oferendas, e é especialista em passagens. É o senhor do movimento. Então, é um orixá muito interessante, um mito muito bonito, uma figura bonita, atraente, fascinante.”


A repressão à cultura negra não apreendia somente maconha, mas todos os sacramentos.

“As peças foram conseguidas no período de repressão aos terreiros que a polícia apreendia (esse museu é da polícia), apreendia os bens religiosos, as peças de culto do povo de santo e guardava consigo. É muita coincidência que o museu da polícia tenha peças expostas dessa maneira. Se houver um pouco de vergonha ao Estado da Bahia, é o caso de dar uma destinação mais adequada.”

“Como os negros eram considerados seres inferiores, o acesso deles ao sagrado só poderia ser pelo diabo. Existem outras razões: o Exu tem características fálicas, e nós sabemos que, pelo menos no cristianismo medieval, no cristianismo colonial, eles demonizavam muito a sexualidade. O sexo era um pecado, levaria ao inferno. Venho de uma família católica, e lembro que se rezava na igreja pedindo a Deus que nos livrasse do diabo e da carne. É uma coisa curiosa, não? Eu não quero me livrar da carne (risos). A carne representava, nesse sentido, o medo da sexualidade. Mas, no ponto de vista da religião dos orixás é exatamente o contrário, o sexo é uma coisa muito importante, valiosa, bonita e não há essa idéia do sexo pecaminoso. E também tem o aspecto violento, porque Exu é rompedor. O que não significa que seja maligno. Não há a idéia, no candomblé, na religião dos orixás, de um mal absoluto. Não se pode dizer que Exu é o diabo, você pode dizer que ele é subversivo, você pode até dizer que ele é um orixá que prega peças, ele é um trickster.”

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Agora, Gil! (não poderia faltar)

Fonte: http://old.gilbertogil.com.br/seiva/sei_03.htm

“Expressões africanas vão renascer brasileiras: caçula, bunda, quiabo, fuxico, maconha, samba, camundongo, para não falar de dengoso, em que um novo adjetivo é formado pela aposição de um sufixo português clássico - oso - a uma palavra africana – dengo.”


“No terreno da religião, é espantoso o trabalho operado pela matriz africana na formação das nossas crenças, hábitos e modos existenciais em geral, antes de tudo, a transferência do panteon ou dos vários panteons africanos para cá. O panteísmo puro e orgânico, religiosidade vitalista, estabelecida a partir de um enraizamento profundo da árvore da vida no solo da existência, existencialismo sem resíduos racionalistas, aqui e agora, pleno e inadvertido, no casamento mais estreito entre o homem e a natureza, vivência otimizada da libertária dimensão pagã da esfera material, jardim dos deuses, paraíso real das plantas, dos bichos, dos homens e dos raios, a religião africana, já, por si só, representa uma presença criadora, impondo-se com tranqüila superioridade ao povo brasileiro, substituindo o vitalismo derrotado de tupã.”

“O olhar sobre o terreiro de candomblé vai nos mostrar a casa-de-santo e sua comunidade como uma original reinvenção institucional aglutinando, em torno do seu núcleo de religiosidade, todo um complexo de vida política, administrativa, sócio-cultural e mesmo econômica. O terreiro centraliza toda uma instituição de governo, toda uma vida comunitária. O terreiro tem sido, além do mais, um foco de preservação ecológica com os seus conjuntos urbanísticos de desenho integrado ao enviroment, matas, rios, rochas, grutas etc, e com a sua atividade essencialmente ligada pelas práticas religiosas à vida e preservação de espécies animais e vegetais indispensáveis. "Não há orixá sem folha", diria Nivaldo Costa Lima, uma sábia mãe-de-santo da Bahia. Na formação da vida brasileira, no momento em que o desenvolvimento das cidades vai provocar a explosão expansionista ao custo de um intenso efeito desagregador da unidade familiar e da unidade individual em meio à proliferação do caos civilizatório, o candomblé vai oferecer a populações inteiras, como no caso da cidade de Salvador, uma alternativa ordenadora e canalizadora de comportamentos. Como diz Antonio Ribeiro, "não deve ter sido à toa que a proliferação dos terreiros de candomblé na Bahia é contemporânea ao surgimento dos consultórios psiquiátricos e psicanalíticos". E o caldo cultural vai recebendo ingredientes e mais ingredientes negros!”
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É uma cultura facilmente internacionalizada:
http://www.quilombo.fr/capoeira/dictionnaire.html
 
Os sete profetas canábicos
(primeira parte)


Ele, Jésus

O primeiro dos profetas era um mendigo do centro do Rio de Janeiro, teve um sonho em que a luz de Jah disse a ele que ele era o escolhido para levar a palavra sagrada da erva da paz. Muitos diziam que ele vivia cheirando cola, bebendo cachaça e fumando maconha, ficou um mês andando pelo centro com suas roupas maltrapilhas com desenhos do que ele pretendia ser da folha da maconha, mas de tão mal feitos e borrados a polícia não conseguiu constituir apologia às drogas, um crime hediondo equiparado ao tráfico de drogas, na legislação brasileira, os turistas vinham vê-lo falar em inglês sobre a libertação do Povo do Verde. Todo dia ele tomava banho e lavava suas roupas no chafariz, um dia a polícia chegou e perguntou, olhando a tatuagem de esferográfica feita em sua testa, tinha que ter muita imaginação para dizer que isto era folha de maconha, “o senhor é o profeta da maconha?”; “Sim e não, sou eu aquele que você procura, mas a maconha é que é a minha profetiza, mas, mesmo assim, sou conhecido como o Profeta da Erva da Paz, tens verdade no que diz, e verdade no que vou responder, já sei, eu sou.”, disse em seu tom altivo, os cabelos longos e naturalmente em forma de dreads (dreadlockados), estilo rasta, retinham gotículas de água que brilhavam na contraluz do Sol, a figura intensamente lúcida em seu discurso aturdia a mente despreparada de quem vai disposto a resolver na bala as questões dos costumes humanos, esperavam um ser fragilizado, débil, sucata do sistema que cospe lucros nas contas bancárias dos parlamentares (paralamentares), seus vizinhos, por sinal, o centro do Rio de Janeura espelha melhor as contradições da pior divisão de rendas do mundo, com o agravante de sermos um país rico, não falta produção de comida, recursos naturais, mas falta comida nas mesas, moradias; Jésus, o mendigo do centro do Rio que começou a pregar a em praças públicas que a ira de Deus se abateria contra aqueles que ousavam proibir suas criações, “contra aqueles que desdenham de seus presentes, de sua intenção de paz, que profanam o túmulo de Jah, que proíbem o fogo sagrado do divino espírito santo, que perseguem aqueles em que nunca passará uma lâmina pela suas cabeças, os cabeludos”. Tinha argumentos que provavam que os cabeludos eram mais perseguidos do que outros, que Jesus, seu chará, era cabeludo, mas os soldados romanos eram incabeludos, que a águia de Roma agora era a mesma águia do Tio Sam; seu discurso era intricado e muitas vezes difícil de compreender, novas palavras pululavam (ou, populavam, como Ele diria), era o novo idioma preconizado pelo primeiro profeta de Jah.

Sempre com bíblias ao lado, que pedia como doação, e também redistribuía com autógrafos e “adendos”, estava fazendo seu próprio testemunho, seu próprio evangelho, os turistas achavam a atração muito peculiar. Era um ex-evangélico, dizem que evangélico é sempre “ex” alguma coisa, nem é verdade, e caso mais justificado é este, um homem instável mentalmente, com tendências místicas ligadas a Umbanda e outras afras-magias, que se converteu a “aceitar Jesus”, seu Chara, com muita insistência de sua esposa, para curar-se de problemas psiquiátricos, e viu sua família ser morta pela troca de tiros, entre a polícia e os traficantes de drogas ilícitas e armas “de defesa pessoal” ( armas de baixo calibre, que foram proibidas no referendo), quando a Policia Militar invadiu, como de costume, o morro em que Ele morava com sua família; amargurado ao voltar para casa, depois do trabalho, e não encontrá-los vivos, caiu na mendicância, sem emprego e com crises contínuas de vozes e visões que o afligiam, seguidas de contínuas internações; passou a levar a bíblia embaixo do braço e enrolar ervas secas dizendo que era maconha, mas toda vez que a polícia revistava, ou mesmo pegava a “maconha” de sua mão, esta não passava de capim e outras flores e folhas misturadas, todas da redondeza, mas Ele dizia que tinha o poder de transmutar as ervas, e para não ser preso por posse da Flor Milagrosa, “que me faz ver o futuro”, trocava por telecinese as ervas, mas muitos diziam que o cheiro era de maconha, porém raramente fazia a cerimônia da cremação da flor sagrada, deixava para fumar durante momentos introspectivos e de solidão, muitas vezes usava uma bebida, bangala, durante as pregações, mas nada era achado que identificasse a presença da flor proibida. Por isso a polícia nunca havia incomodado a Ele, até aquele dia.

- O senhor poderia me acompanhar até a delegacia do Méier
- Eu já esperava pelo chamado, eu vi o segundo profeta aparecer na última vez que fumei a planta dos visionários.
Realmente o policial ficou estupefato, como Ele sabia do aparecimento do segundo meliante? A aura cintilante, que envolvia seus dreads naturais na manhã ensolarada, agora soava com um tom divino aos olhos da mão armada e indefesa.



macerai/out/8/2005
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Era um dos piores verões que o povo Brasileiro passara, A música seria “Rio 50 graus”, o Méier é um bairro tipicamente mais quente, um subúrbio do Rio.

O primeiro profeta angariava fundos para crianças que o rodeavam. Largaram a cola de sapateiro e fumaram a sua “erva santa”, fumavam uma única vez e paravam, diziam que a “erva santa” libertava a mente infantil, e a mente infantil é muito rica em fantasias e alegrias típicas, o entorpecimento pela realidade só vem com a idade. Um centro educacional espontâneo formou-se ali, ao seu redor, uns professores e pessoas que queriam ajudar, passaram a educar e alimentar as crianças de rua, muitos tentavam fumar a “erva santa” e não sentiam nada, parece que só afetava as crianças, oi a imaginação infantil, mas os que já fumaram maconha, mar/iguana, antes de provar a erva santa, sentiam os mesmos efeitos, as análises químicas nunca detectaram THC em nenhum baseado, nem no sangue de nenhum dos detetives que fumaram a erva santa. Muitos devotos do Daime, o Santo Daime, vieram para ajudar as crianças de rua, alguns fumaram a erva santa, mas na hora não sentiram nada, mesmo os que usavam a Santa Maria, mas quando se uniram novamente com o vegetal, sentiram a plenitude daquela Miração, fundamentalmente nada demais, apenas a consciência que tudo está ligado e merece respeito, que o amor é a liga do universo, o que nos une, o que nos cria, que a saúde é plena se a mente é plena, que sou um, somos animais, somos vários, sou vários, temos feras belíssimas em nossos arquétipos interiores e universais (solte o seu vaga-lume, pirilampo!), enfim, nada demais.

O segundo profeta era um ex-bancário, ultimamente uma “profissão” típica, apesar de bancos gerarem lucros altíssimos, alguns bancos, inclusive estatais, tiveram prejuízo e faliram, e no país dos escândalos a memória é curta, mas deixa marcas na pele, “é só não olhar de perto para si mesmo”, nem precisa, o exame de DNA prova que você é você mesmo. Deixemos a economia redundante para os ecos e mios.

Javé abraçou a filosofia rastafariana, “Javeh , este nome indica meu destino”, depois de ser demitido por acordo, pegou a grana do FGTS e a indenização do ACORDO e f oi montar uma fazenda, um empreendimento rural, que acabou sendo uma “Comunidade Reggae”, vários casais morando numa chácara modesta, plantando e colhendo, inclusive Ela, com uma reserva florestal imensa como extensão da chácara, a Mata Atlântica. Ali desenvolveram instrumentos naturais, o Bongofon é ima mistura de bonge com saxofone, a mistura líquida dá um timbre especial ao instrumento, um canto de passarinho é ouvido junto com mantra central emitido pelo tubo, é claro que pode-se fumar ganja enquanto toca-se o instrumento, “ como é bom poder tocar um instrumento”. Outros instrumentos foram criados, plantaram cânhamo para fazer cordas para as “violetas”, instrumentos que misturam foles e cordas, é claro que pode-se fumar enquanto “foleja-se”; a harmônica canábica, a Gaitaconha, tinha vários cigarrinhos encaixados, de várias variedades, é claro, isto dava aroma ao som, era divino poder tocar o instrumento. No início plantavam a erva no topo de árvores, em vasos projetados para isto, o solo retinha água suficiente para as lowryders, mas com a necessidade de comer sementes e fazer cordames, partiram para a plantação em clareiras naturais, infelizmente um avião avistou uma plantação e deu uns rasantes parta fazer umas fotos, era para uma reportagem policial, a Comunidade Reggae foi desfeita, todos voltaram para a cidade grande, a “babilônia”.
Javé sentia-se triste e paranóico, sem dinheiro e sem erva, seus dreads feitos com cera de abelha, própolis e óleos finos minerais, serviam de proteção contra o Sol escaldante, exalavam uma flagrância estranhamente apetitosa, “flagrância e flagrante, vou fumar este maçarão”, apertou um baseado com uma seda de cigarro que estava na rua, simplesmente enrolou seus cabelos com o papel pensando no que fazer e o quanto aquilo tudo era ridículo, viu um velhinho fumando uma “guimba”, a “ponta”, de um cigarro, pediu “as vinte”, e pegou o arremesso com os lábios, parecia mágica, este fenômeno improvável o convenceu que a loucura fazia sentido, fumou seus dreads, deu um catranco forte e entendeu tudo! Luz! Ele viu o indescritível portal interdimensional. Foram várias viagens, mestres e santuários foram visitados, o último era uma porta sinistra, tenta abrir a porta e volta da trip em frente a uma viatura da polícia, tentando abrir a porta do camburão.

“Ei, cabelo, rastafari. Oh, Bob Marley, em que está mexendo aí?”

Aquela figura com um papel queimado amarrado aos cabelos, dizendo que viu Jah, e que tinha uma mensagem importante para a humanidade, “Os anjos do céu dizem, Amem.”

Isto parecia caso para um médico, mas como a lei da época da Ditadura ainda tratava o usuário como criminoso, em nome da “segurança nacional”, temendo uma improvável, impossível, epidemia de maconheiros, e com argumentos baseados em mentiras que demonizam a erva canabica, sendo assim, Javé vai para a delegacia, o Delegado mandou chamar o outro “Profeta Canábico” para saber o que está acontecendo.


macerai o hemp
2denovembro2005



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Os Sete Profetas Canábicos

(Terceira Parte)

Jeová

Jeová falava funkês, falava no ritmo, gestos e gírias funkeadas, parecia música, sua fala.

“Alô cumpadi, num tem caô neste mistério, vem de baixo das unhas, fuma que é papo sério...” Dizia contorcendo-se e balançando freneticamente seus dreads, era um mecânico biscateiro, a graxa fazia parte de seus cabelos tofudos, não tinha oficina, fazia os consertos na rua. Suas unhas sempre sujas, de desbelotar a ganja e da graxa dos carros; talvez isto explique alguma coisa.

Jeová, como quase todos os brasileiros, vivia de subemprego, biscates, bicos, e sempre dando um “jeitinho brasileiro” nos carros velhos que apareciam para ele consertar, engatilhar, armengar, remendar, adaptar, acochambrar. Gostava de dançar nos bailes funks; no início bebia álcool e tinha ressaca, não trabalhava bem no outro dia, depois passou a ficar só na maconha, a erva santa, no outro dia estava em forma, e rendia melhor na noite que rolava um “broto no amasso”, o matadouro era a Brasíllia Amarela, estranho, um carro praticamente com o nome da capital do país (um presidente, garotão da terceira idade, O Fusca, relança, realce!). Sua vida girava em torno de brasas, um verdadeiro “brasil”, A BrasA (Brasíllia Amarela) virava sauna, principalmente agora, que colhera sua primeira guerrilla, umas sementes de um “prensadinho de responsa” foram colhidas nesta primavera, e ele iria “até a última ponta da primeira colheita”, ascenderam?

“Jeová, meu nobre, que parada é esta que ocê fumou sujeira de unha e ficou doidão, tá pagando mico?”

“Aí, se liga, na parada, é de baixo pra cima, e de cima pro lado, se poesia não rima, parece esculacho. Agora não contradiz, fuma aí, e depois me diz...”


Jesus e Javé, ironicamente, foram aproximados pela polícia, e agora estavam realizando um movimento social muito interessante, de resgate da infância de rua, das crianças de rua, o apoio social era intenso, o nome “Chacrinha Na Candelária” não resistiu a lembrança da “Chacina da Candelária”, que sobrepunha-se a saudosa lembrança do Chacrinha, então tentou mudar para Candelabradores Mirins, e como algumas leis brasileiras, o nome não pegou, no final o nome eleito pela mídia, Roda Viva, foi o que ficou, e espalhou-se pelo Rio.

Jeová sabia de Jesus e Javé, sabia que fazia parte daquilo, mas ficava no “sapatinho”, só “os chegados”, tudo “sujeito homem”, “sangue bom”, de confiança, sabiam e fumaram a “sujeira da unha”, ou a unha “sujeira”, e todos sonharam, na noite em que experimentaram, com o portal interdimensional, mas na hora não sentiam nada, porém Jeová sentia, ficava transcendente ao fumar a “cerinha”, as vezes coçava a cabeça para “fortalecer” o cerume, pois sempre faltava “cerinha” pra ele, tudo mundo queria ter o tal sonho, e mesmo sendo somente pros chegados, “rolou uma explanação”, estava usando unhas mais compridas para um maior rendimento. Ao invés de ser chamado à delegacia, o delegado foi visitá-lo, queria saber e experimentar o “milagre do sonho”. Jeová pega um clipe, abre-o, raspa embaixo das unhas até que se forme uma bolinha, amassa um pouco esta bolinha e passa uma “goma” para dar melhor consistência e queimar mais lentamente, aproxima o isqueiro da bolinha equilibrada na ponta do arame, acende e em seguida apaga o fogo, deixando apenas uma brasa acesa, e uma fumaça saindo do braseiro, “Brasil da Paz”.

“Alô, alô, vai dar uma cafungada, aí, no Brasil da Paz, doutor? Alô!?”

macerai o hemp 4nov2005
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Pequeno comentário sobre A Tríade Rasta

Jesus, Javé e Jeová, todos são nomes do Messias, todos com os cabelos compridos, roupas populares, gastas; realizando pretensos milagres desacreditados pela mídia. Todos admiram-se da coincidência, muitos acham que isto é um sinal de Deus, outros acham que é normal: “um caso induziu ao outro por empatia dos semelhantes”, mas ninguém deixa de notar, salta aos olhos como em uma moldura néon, o recorte luminoso das Três Figuras, segurando seus Cajados, e desejando “Bom Natal para o Povo da Paz”, este é o Cartão de Natal vendido pela Tríade para arrecadar fundos alimentícios e culturais para as “Crianças De Ruas do Centro do Rio de Janeiro”. Apesar de não existirem fotos públicas da tríade fumando maconha, este é o cartão de natal que passou em minha cabeça: A Tríade Rasta junto com o Papai Noel, e um narguilê no centro, uma vez que a origem do Natal sempre esteve associada com o cogumelo psicodélico, não seria nada demais associá-lo a cannabis, “amanita matutina e de transparente cortina ao meu redor”. Os dizeres poderiam ser os mesmos:

“Bom Natal para o Povo da Paz!”


Maceraiohemp9nov05
 
No Estado Orwelliano, O Proibicionismo É A Lei

Um conto para o dia do referendo sobre a proibição ou não do comércio de armas de fogo e munição no Brasil

A impressão que tenho é de que todo Sistema de Gerenciamento de Estado tem uma música de fundo...

Os governos optaram pela Saúde Total, o Estado tinha custos muito altos para com a saúde de seus habitantes, principalmente os cidadãos. As drogas recreacionais foram todas proibidas, o uso medicinal de qualquer droga está rigorosamente controlado; aspirina, que matava quinhentas mil pessoas ao ano, é “tarja preta”, enfim, todo medicamento é “tarja preta”, a receita será retida e averiguada aleatoriamente, várias vidas foram poupadas e doenças evitadas, o moralismo fortaleceu-se e a ideologia principal é “Tudo Pela Vida Moralmente Saudável”, o movimento da Classe Média Mundial, “Viva Vida!”, o aborto estava proibido, as grávidas tinham que avisar às autoridades desde o momento em que soubessem ou suspeitassem da gravidez, os kits para saber se estavam grávidas também são controlados. Muitos pensaram que seria impossível um Estado de Proibicionismo, mas a receita está na dureza das leis, Tolerância Zero, a punição deve ser exemplar, a noção de Crime Hediondo estendeu-se para qualquer crime, “o fato de cometer um crime já é uma coisa hedionda, então qualquer crime é hediondo por natureza, o criminoso estará sujeito aos maiores rigores possíveis na lei”, antes, por exemplo, plantar um pé de maconha no quintal (que já era um crime hediondo desde o Governo FHC), poderia gerar um período de reclusão entre 3 até 15 anos, isto acabou, agora é sempre a pena máxima, 15 anos; Aborto Induzido é considerado assassinato em primeiro grau, Prisão Perpétua; Aborto Espontâneo gera um processo no qual, normalmente, a mãe é inocentada, mas nem sempre. Os pais que não denunciarem a filha que tenta esconder a gravidez cumprem seis meses de prisão e perdem a cidadania (direitos de cidadão, votar, solicitar empréstimos, dirigir veículos motorizados, etc.) por 10 anos. Todo cidadão faz 4 exames antidoping (nas colônias a palavra é em inglês até hoje) por ano, e mais os rotineiros exigidos na “blitz (nas colônias a palavra é em inglês até hoje) nossa do dia a dia, em cada esquina”. No início alguns ainda revoltavam-se, sem violência, pois as armas de fogo também estavam proibidas para a população (somente os criminosos e a polícia detêm as armas de fogo), depois da Proibição do Comércio de Armas e Munições conseguimos que a população fosse o rebanho de cordeiros que tanto sonhávamos, mas, mesmo hoje em dia, alguns revoltam-se, o Revoltoso é considerado “um Cidadão Desajustado”, “um Doente Social”, sua revolta é tratada com “Internação Voluntária” para readaptação social (ou vai voluntariamente para a clínica ou vai involuntariamente para a cadeia, você decide), os médicos asseguram que durante sua internação eles receberão a melhor qualidade de vida possível; as medicações e tratamentos de última geração são muito seguros, um índice de quase 80 % de recuperação, isto aliado às vacinas obrigatórias contra as drogas populares (álcool, maconha, tabaco, aspirina) mantêm as populações que usam drogas muito bem controladas, hospitalizadas ou encarceradas, sob trabalhos forçados. É claro que nem todo delito é crime, os crimes precisam ser investigados, mas os delitos do tipo "contravenção penal" não demandam necessariamente investigações, as penas para os delitos não seguem o critério de Tolerância Zero e nem de classificação como Hediondo; configurando como contravenção penal, podemos citar: Masturbação, Adultério, Suicídio, Cultos Demoníacos, Adoração de Imagens, Subversividade, e a lista é imensa, mas as escolas ensinam, desde o maternal, às crianças a conhecerem e respeitarem as leis da Sociedade Proibicionista. Médicos, Policiais e Prelatícios (Chefes Religiosos) são os melhores professores para qualquer idade escolar.
Tudo parece bem, até mesmo O Tráfico, que chegou a dominar 70 % da Economia Mundial, perdeu sua força sendo que hoje em dia não alcança nem os 30 %, mas esta guerra será irremediavelmente ganha pelo Estado Proibicionista, e isto nunca significou um problema, o Mundo sempre esteve em guerra; o problema real é a quantidade de pessoas que ainda morriam por doenças geradas por produtos à venda no mercado, e pela lei é proibido fornecer um produto prejudicial à saúde; as diabetes, os colesteróis, as hipertensões, e muitas outras doenças epidêmicas, são geradas pelo abuso de consumo de sacarose (açúcar branco) e Gordura Trans (biscoitos, margarinas, batatas fritas e outras guloseimas mortais), e finalmente o Estado colocou um basta neste absurdo que corrompe as vidas de nossos jovens, levando-os à doença e ao abuso de Doces de Destruição Em Massa e Gordura Trans, esperando controlar a situação, recentemente, proibimos a Gordura Trans e a sacarose, num referendo popular, e demos todo poder ao Estado para continuar com a proibição do que fosse prejudicial à nossa saúde, a lista é atualizada pela Anvisa, milhões de produtos já estão na lista, o leite e a água gasosa são um dos últimos, mas pensando bem, água gelada também faz mal à saúde, por que as casas de sucos naturais ainda vendem água gelada? Será que nosso presidente, um médico, não vê isto? Nossos ministros, todos médicos, não vêem isto? Um veneno sendo vendido abertamente, um veneno químico e físico, destrói as obturações dos dentes por dilatação brusca do material, pode causar cefaléias, faringites, laringites, com complicações nas meninges e até nos pulmões; o copo gelado acirra a artrite; pode parecer um detalhe, mas ao gelarmos a água aquecemos o planeta e aumentamos o efeito estufa, somos 50 bilhões. Isto tem que acabar, vamos remover do mercado esta droga perniciosa, que comprovadamente causa vício (muita gente reclama de só conseguir matar a sede bebendo água gelada), um veneno perigoso, que já matou e viciou muita gente, e que rende bilhões de dólares para comerciantes inescrupulosos.

Agora mesmo, aproveitando o máximo de três horas diárias que todo cidadão (todo aquele que passa no exame anual de cidadania) tem para ver TV, estou vendo na propaganda da TV do Estado de Saúde que os inseticidas caseiros domésticos estão proibidos, a campanha: “Mosquito a gente mata no tapa! POW!!!”
A musiqueta:
“Anvisa lá, anvisa lá, anvisa lá que eu vou, anvisa lá que eu vou!”


Obs.:
Muita gente está reclamando do AAAO, o exame retal, o Exame Anal Anual Abrangente E Obrigatório, a sodomia é crime e precisa ser controlado, mas muitos esquecem-se que ganham inteiramente grátis o exame da próstata...
...que já é obrigatório mesmo, afinal, é uma questão de saúde pública, a diferença é que ao invés de colocar um dedo, o médico vai colocar dois (espero que a piada na seja encarada como subversividade, ofender um médico é infração penal). O exame não é obrigatório para as mulheres, uma “brecha” na lei...

Quando o repórter (que fim levou ele?) perguntou ao Presidente Mundial dos EUA se ele havia tomado a Dedada Anual, ele disse: “Tomei, mas não gostei”, sigam o exemplo, tomem, mas não gostem.

Anonymous da Silva

Pós-escrito:
Não vou assinar o texto acima, pois o Estado pode achar nele algum tipo de subversividade, e eu valorizo muito minha cidadania para vê-la suspensa em um Processo por Subversão, e agora nem adianta mais a desculpa de que era poesia, a Liberdade Poética foi considerada subversividade e está proibida, só aumentaria a punição dizer que é poesia, licença poética...

La musiquita:
Poeta, meu Poeta camarada...

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Abraços canábicos, obrigado pelo incentivo!
:lol:

Quem quiser distribuir o texto no formato RTF (aquele que não passa vírus) está no anexo.
http://www.growroom.net/board/index.php?ac...pe=post&id=2657

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Vampi420 é um senhor de 55 anos, mas aparentava uns 30 no máximo, Vampi420 tinha seu método próprio de rejuvenescimento, seus hábitos eram, na melhor definição, vampirescos, isto mesmo, Vampirismo. Saía somente após a meia-noite, nunca antes do Sol se por e voltava bem antes do Sol nascer, sei que isto parece normal para a malucada boêmia, mas para Vampi420 era uma questão de vida ou morte. Nem sempre ele foi assim, começou a fumar maconha aos 20 anos de idade, na primeira trip apareceu um mestre e falou-lhe: “Seja eternamente jovem cultivando sua semente”, o mestre vestia uma capa enorme, seus caninos eram muito pronunciados, o cabelo engomado puxado para trás, um sorriso enigmático na despedida ao esvoaçar... Seguindo instruções do Mestre Sinistrógero mudou completamente sua vida, fez uma plástica nos dentes caninos, alongando-os; usava sempre capa escura; saía somente de noite, evitava lugares cheios, e começou a estocar sangue...

Desenvolveu sua erva caseira, cannabis híbrida, um strain desenvolvido por ele mesmo, A Mãe era uma ruderalis mix de um cruzamento de uma originária dos Montes Cárpatos, na Romênia (Transilvânia Red) com um originário da Hungria (Strigoi Blues), O Pai era uma sativa africana que produz THCV (Secreta) misturada com a lendária Grapetti, o nome da variedade estabilizada por Vampi420: Bloodgrappa. Depois de fumar sua erva caseira esperava que a concentração plasmática estivesse no auge e retirava seu sangue, e estocava criogenicamente a –196º C, fez isto durante duas décadas e meia, quando fez 45 anos começou a usufruir do seu próprio sangue novo e canábico, a partir dessa experiência sua vida mudou ainda mais, empolgado entrou num site de autocultivo e colocava as fotos da Bloodgrappa com seringas ao lado, com o equipo completo, bolsas de sangue e centrífugas. Dizia que fumar esta maconha aumentava a taxa de glóbulos vermelhos, assim como o uso da EPO, mas sem os efeitos colaterais da eritropoietina, e isto ajudava para aumentar o volume de estocagem de seu sangue. Sua assinatura, “Sangue é vida, vida é poder!”, ninguém acreditava que ele era um vampiro, é claro, mas temas fartamente ilustrados (mostrando sua aparelhagem médica de última geração) como, “Extração de auxinas do sangue para ajudar no enraizamento”, fazia-me crer que ele entendia tudo sobre o assunto: sangue!
A prótese implantada de seus oito dentes assustadores foi seu avatar pro um bom tempo, mas foi substituída pelo olho vermelho sangue, pelo visto jogava pesado com a transformação corporal.




No site não era levado a sério, ridicularizavam seus temas sobre adubação com sangue, bonge com sangue, e muitos de seus temas foram fechados: “maconha é mais afrodisíaca durante o período menstrual”, “sangue na culinária canábica” , “Redução de danos: como evitar o contacto da pele com a luz intensa”.
Uma usuária cadastrou-se como “Tuescrava666”, abriu um tema sobre “o uso das pragas como adubo e alimentação”, desenvolveu a variedade Nosferatu Carniça, também derivada da Grapetti carniça, um cheiro característico e fétido atraía diversas pragas (Nosferatu é um termo arcaico do antigo eslavo derivado aparentemente de nosufuratu, do grego nosophoros, "portador de pragas"). Dizia-se sua seguidora e que comia insetos em seu louvor, é claro que ambos foram banidos, o site não queria parecer um blog e prejudicar sua imagem de seriedade na divulgação da cultura canábica, de forma que ficamos sabendo através dos jornais sobre sua prisão.

Nunca bebia, mas saiu com seu amigo Luper, aquele cachorro bebe como um gambá; foi abordado pela polícia na madrugada juntamente com seu amigo excessivamente barbudo, Luper, que andava com um baseado no bolso para se acalmar nas noites de lua cheia, reagiu rosnando ao ter seu escroto apalpado pelo gambé, o tira estranhando a atitude resolveu algema-lo, enquanto isto Vampi420 tentava levantar vôo abanando efusivamente sua capa, disse que tinha bebido muito e não conseguiu voar, mas seu amigo Luper sumiu da vista dos meganhas enquanto estes olhavam para Vampi420 borboleteando freneticamente no meio da rua. Não sabe-se ao certo como conseguiu refugiar-se em cima de uma árvore, ficou de cabeça para baixo amaldiçoando a cidade proibicionista, que aquela maconha era medicinal, para acalmar a fera, só ela amansava a fera que havia dentro de seu amigo, ameaçava uma praga de ratos sobre a cidade.

Tonto, e precisando de um pouco de sangue canábico, achou melhor render-se logo do que ver o Sol nascer e ficar sem defesas e acuado em cima da árvore como um morcego surdo, e bêbado...

Dormiu na cela da delegacia, ao acordar nem parecia dia, uma chuva feroz castigava a cidade, disse que havia avisado e tentou morder a mão do carcereiro quando este disse que ia alimentá-lo, “eu preciso de sangue, do meu sangue, é meu alimento, seu sangue também serve, você tem um cheiro bom...”. Louco pela vontade de ter seu sangue nas veias, acabou confessando que tinha muito sangue canábico estocado em casa, mesmo amarrado ainda tentava morder os policiais, não pode ficar na cela e foi para a solitária, uma semana de chuvas torrenciais, suspeita de cólera, tifo e muita leptospirose, ratos espalhados pelas ruas, coincidiram com uma semana de solitária; ao sair da solitária sabia que seria condenado a morte, derem-lhe um banho com uma mangueira de bombeiro, estava todo sujo de fezes e urina, tentaram alimentá-lo, mas ele se recusou a comer, e por fim a sentença de morte, o passeio ao Sol, durante o banho de Sol ele relutou muito em sair, fraco e abatido foi conduzido ao Sol, teve um ataque alérgico seguido de um ataque epilético, com este quadro clínico finalmente um médico intervém, é levado para uma clínica, anemia profunda e uma série de debilitações, uma transfusão de sangue é feita as pressas, imediatamente recobra as forças e é colocado sob efeito de calmantes hipnóticos e antipsicóticos em doses elevadas, mesmo amarrado a cama, de manhã não foi achado em seu leito, tudo trancado, uma fuga difícil de explicar. Em respeito a sua prisão injusta, por causa de um baseado, o site resolveu retirá-lo do grupo dos banidos, talvez por um pouco de medo também, mas isto os moderadores não assumem, eu é que não vou mandar private mensager, ele não posta mais, espero que não guarde ressentimentos, acho que os ADMs e os moderadores também esperam que ele não guarde nenhum ressentimento.

Em sua casa foram encontrados mais de cem litros de sangue criogenizados, com a inscrição: “Meu sangue canábico”. Na noite da fuga o banco de sangue do hospital foi assaltado, mas parece que a preferência de Vampi420 é por sangue canábico, seu sangue é canábico?



macerai o hemp 25setembro2005

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Quer saber como o sangue pode ser uma droga? Leiam mais sobre dopping com sangue
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/03...sanguedtl.shtml

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Recomendo um conto muito bom, um estilo cyberpunk vapiresco, feito por Lúcio Manfredi. O VINHO EM SEU SANGUE –

http://clfc.ionichost.com/Contos/O%20vinho...emseusangue.htm

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Quer saber tudo sobre Sexo, Sangue e Vampirismo, e principalmente em como identificar um Vampiro numa relação sexual? :lol:
http://www.templeofmagic.hpg.ig.com.br/mpv/mpv21.htm
Atenção para o alerta do link:
“Os vampiros femininos também têm uma tendência irresistível de morder o pênis durante o sexo oral e podem até amputa-lo de uma dentada.”

Aí, deu aquele frio ma barriga, que medo eu tenho de vampirismo...

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Simulator420, a Navalha de Occam na carne da psiquê humana

Quando a matéria plástica do artista é a psiquê humana surgem artistas com propostas sociais, são os Simulators, este nome é originário do nick canábico, Simulator420. No início esta arte invasiva e desconcertante foi alvo de inúmeros processos jurídicos, ninguém quer ver sua psiquê exposta em público como obra de arte, normalmente realçando seus aspectos contraditórios; muitos garantem que esta vertente foi influência direta dos programas de “pegadinhas”, isto de certa forma foi elevado à condição de objeto de arte, nas mãos de gênios como Simulator420 teceu uma lâmina delgada que separava a arma da arte, ou não mais separava, uma liga, amálgama resistente até as tentativas jurídicas de imputar a proibição mundial da arte de zoar com os outros. O Teatro do Oprimido , de Augusto Boal, já propunha trabalhar com a psiquê das pessoas, uma “pegadinha do bem”, com alta inserção e críticas sociais.

Simulator420 era um atleta em sua arte, no início criou umas poucas obras sobre o relacionamento sentimental, talvez influenciado pela enxurrada destas obras na rede, em sua maioria eram filmes íntimos exibidos sem consentimento de todas as pessoas envolvidas, ficava um clima de pouca arte e muita fofoca; em todo movimento artístico a Arte Naif acompanha refletindo influências em seus trabalhos populares, mas os gênios do movimento não serão esquecidos, vamos à história do maior de todos, Simulator420, e sua obra recorde de visitação na internet, 5 milhões de visitantes somente nos primeiros 3 dias.

Simulator plantava cannabis com o intuito de fazer “arte de intervenção superpunk”, como ele gostava de chamar, ou “arte da pegadinha” no popular, ou “invasão de privacidade” quando a mídia de massas não participava das pegadinhas, casos de adultérios eram os mais comuns, é claro que a maioria não resiste à tentação de ter uma beleza, contratada, monumental dando em cima de você, a mídia massificante adorava estes casos, mas Simulator420 abominava-os, seu enfoque era social, apesar de ser fundamente rico, de família influente, também, e além, fazia a Arte do Oprimido. Sua intenção era plantar no estágio vegetativo, a floração não importava, as folhas eram colhidas, lavadas, descoradas, novamente colorizadas com um verde aveludado, protegidas com uma camada bem fina de verniz, afixadas no caule e nas ramas, feitas de bambu, e enchidas com flores simulacros de canábis, uma mistura de flores de amoreira e lúpulo, e muito açúcar cristal! Nunca vimos tanta resina, colocava as fotos da planta, X-planta, e explicava que sua intenção é simular transgressivamente, seu discurso hermético não era muito bem compreendido, muito menos sua técnica ou origem das variedades estranhas, muito estranhas.

Mudou-se para seu novo atelier; seu antigo atelier era um furgão, no qual filmou várias cenas de corrupção da polícia recebendo suborno de maconheiros que saíam das bocas das favelas, depois de um ano de filmagens lançou anonimamente na internet, foi sucesso de downloads, gerou muita polêmica, colocou em cheque mais uma vez a providência que não podia ser tomada, assim como a filmagem dos carros estacionados em lugares proibidos, um dos primeiros trabalhos sociais, a divulgação do contingente absurdo de veículos não rendeu nenhuma multa, como multar mais de um milhão de carros, e pior ainda, onde estes carros vão estacionar? Simulator420 não buscava soluções, a Arte Denúncia não pretende ser resolutiva, é apenas uma obra de arte sendo criada, a transformação do mundo que ela pode gerar é limitada, seu público é limitado, mas é contundente. Seu novo projeto é este, “um quadro detalhado do que é ser invasivo”. Assim como para muitos mestres a dinâmica da transformação do atelier é essencial, talvez seja o resumo da obra, ou sua máxima expressão, mas certamente é seu matiz, seu atelier tinha que ser num bairro pobre, ter vizinhos “dedos-duros”, ter um pequeno jardim ou varanda; antes de mudar-se instalou as web-câmeras escondidas por toda minúscula casa, um total de cinqüentas câmeras, mais dez externas, filmando a rua, todas transmitindo para outro lugar e armazenado os dados bem longe do atelier-grow, nenhum ângulo era perdido, vários zooms e enquadramentos estavam disponíveis, quando foi feita a denúncia anônima e a Rota, a polícia que mata, invadiu sua casa nada deixou de ser documentado, reportado, desde o arrombamento da porta, o jeito de quebraram as coisas enquanto reviravam a casa, tudo na rede, somente o doce cheiro de Grapetti que permeava a atmosfera enquanto arrancavam as plantas simulacros; a apreensão dos buds reciclados, lavados quimicamente, sem THC, mas ainda assim com um maravilhoso cheiro de Pitanga, certamente tinha mais que um quilo de flores secas, ligeiramente prensadas. Escrita com tintas, que somente eram visíveis para as webcâmeras, estavam dizeres nas paredes, “Senhores, corruptos, violentos, ladrões, sanguinários, filhos da puta!” ; “somente pobres são presos por plantar maconha em casa” ; “por que não controlam os 400 bilhões de dólares do mercado financeiro internacional advindos do tráfico de drogas?” ; “porcos fardados seus dias estão contados” ; “façam um antidopping geral para prenderem a vocês mesmos” ; “uma erva natural não pode te prejudicar mais do que a bebida alcoólica imposta pelos opressores em cada bar e em cada esquina” , havia muitas destas, e a melhor de todas: “sorria, você está sendo filmado! :)

Simulator420 demorou em abrir a porta, enquanto isto dava descarga no banheiro, inutilmente tentando fazer descer os buds levemente prensados e sem THC, a polícia que mata não teve dificuldades em seguir a rotina de entrada nas casas dos pobres, arrombaram rapidamente, Simulator420 ligara para seu pai e avisara que corria perigo de ser assassinado e torturado pela Rota, por conta de uns pés de maconha em casa, que seu pai localizaria por GPS.

Encontraram Simulator420, com mil reais no bolso, no vaso sanitário tentando se livrar das flores, agarrou-se ao vaso, puxaram-no pelos cabelos, arrastando-o pela casa, amarram-no à cadeira e disseram que se não assinasse o 12 teria seus dedos quebrados, e se não dissesse onde estava o resto do dinheiro levaria choque no ânus, ele cuspiu na cara do meganha, o outro deu um soco em seu nariz e o sangue jorrou, um outro fardado arrebentou o fio do abajur e desencapou com os dentes dois fios, usou para dar um choque na boca e na nuca do Simulator420, sua cabeça arremessou-se para trás batendo violentamente na parede, em letras invisíveis, “Chega de opressão”; enquanto sofria a corriqueira tortura pela polícia que mata imaginava cada ângulo sendo filmado, como se seu grito acordasse o laptop, um bip contínuo alertava alguma coisa, um dos fardados abriu o laptop e o logon via satélite foi feito, “bem vindo simulator420”, era a mensagem do fórum dos homegrowers, “seu espaço para crescimento”, em sua assinatura um link, o blog que transmitia as imagens webcâmera, antes uma plantinha nascendo, agora um close na polícia que é mandada para caçar os homegrowers pobres.
“Oh, pai, por que me abandonaste?”

O fardado chama seu superior, “olha aqui, pegamos mais um, agora é apologia, formação de quadrilhas, incentivo ao tráfico internacional, e muito mais, vai ficar mais caro do que eu pensava.” O logon é automático, oficial entrou no fórum e foi logo nas mensagens privadas, depois clicou na assinatura, foi direcionado ao blog do simulator420, a cena é assombrosa, seu rosto olhando a tela, na parede detrás via inexplicavelmente escrito: “Sorria, você está sendo filmado! :)”, com um frio na espinha ele coça o coldre inutilmente, passando o mouse sobre a tela a cena muda, agora é Simulator420 amarrado na cadeira, o meganha preparando-se para dar-lhe outro choque, a cena muda e um menu é ativado, as cenas filmadas aparecem num timeline, as escolhas são muitas, a escolha principal é normalmente a cena com mais movimentação, agora em especial a entrada da casa, à porta estão dois generais, o ministro da justiça, e o pai de Simulator420, desce o pano.

“Está consumado!”

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Libertem os homegrowers aprisionados



macerai o hemp 21setembro2005
 
O fim dos usuários

Citação:
No mês passado, foi aprovada modificação na lei que torna o porte de uma única dose de uma droga um crime que pode ser punido com pena de 3 a 15 anos de prisão. (Abril de 2004)

O debate pela descriminalização da maconha se arrastou por décadas e por fim os maconheiros foram tidos como os culpados pela violência causada pelo tráfico, e mais uma vez a industria bélico-farmacêutica saiu ganhando, os kits para detecção de maconheiros eram os mais baratos, pois a demanda era maior, mas havia kits multi-detecção de drogas ilícitas, e lícitas também, que eram mais caros, mas a idéia era de que se prendêssemos todos os maconheiros o tráfico não se sustentaria só com a cocaína, afinal é uma droga das elites, e pegaria mal ficar prendendo os executivos, isto iria repercutir mal nas bolsas de valores; os deputados, juízes, policiais e militares que faziam uso de cocaína teriam que perder sua fonte de fornecimento, e não seus empregos, mas quanto aos artistas maconheiros, por exemplo, ninguém sentiria falta deles, no início até vendiam melhor a sua imagem, dando um lucro repentino e compensador às gravadoras, mesmo depois que saíam da prisão escreviam livros, tipo, Memórias do Cárcere, e isto fazia a engrenagem girar azeitada pelo proibicionismo, quanto as minorias étnicas que usam a erva proibida por séculos, ainda bem que teimavam em usa-la até hoje, isto controla bem o número de pobres soltos pelas ruas e incentiva o mercado de armas para caçar usuários, agora em alta. Com os testes anti-maconheiro (AM) sendo obrigatórios em lugares que excedessem um determinado número de pessoas por dia, era obrigatório que houvesse teste AM nos shoppings centers, principalmente era feito um controle muito rigoroso, ninguém queria um maconheiro solto pelo shopping, exagerando no consumo de doces e incomodando a todos com seus olhos avermelhados, ou pior ainda, de óculos escuros despropositados para aquela iluminação. Mas nas estações de trens e nas ruas das periferias alguns usuários saíam correndo, fugiam da polícia quando era detectada maconha em seu organismo, no início os policiais em perseguição ao criminoso, muitas vezes tinham que alvejar o delinqüente, mas os “direitos humanos pra bandidos” logo vinham a encher o saco dos policiais que acabavam matando o “mal pela raiz”. Mas a pressão era alta, muito policiais também se arriscavam em perseguições aos maconheiros flagrados nos testes, e então novas armas foram criadas visando deter o usuário, armas de choque paralisante, gás paralisante, redes bio-contrativas, e muito mais estava sendo criado ainda, a intensificação da caça aos usuários saiu melhor do que se esperava, mas é claro que havia um setor de inteligência por trás disto tudo, e certos parâmetros tinham que ser mantidos, por exemplo, a maioria dos maconheiros é pobre, a maioria dos pobres, negros, a maioria mora na periferia, então os testes eram aplicados mais intensamente nestes setores de risco. Mas aquele monte de maconheiros preso dava uma despesa muito grande aos estado, isto abalou a economia, e é claro que mais uma vez era o usuário o culpado, o real criminoso, o parasita social, então trabalhos pra comunidade foram propostos, e a coisa se intensificou de tal forma que todos os usuários detidos já começavam a trabalhar deste seu primeiro dia de prisão, isto também aqueceu a economia, abaixando o preço dos eletrodomésticos e outros artefatos produzidos pelos criminosos trabalhadores, mais trabalhadores honestos podiam comprar mais, e a sociedade girava o capital; mais denúncias espontâneas de familiares contra os maconheiros foram feitas, e por fim acabaram-se com os maconheiros, diziam que ainda havia apenas alguns em growsfarádicos, invisíveis praticamente a toda varredura dos radares anti-maconha.

Mesmo com os maconheiros presos a violência e o crime continuavam, os antigos traficantes que agora tinham seu mercado restrito, abandonaram o tráfico de cocaína, e com a Colômbia, Bolívia, Amazônia, e cercanias militarizadas pela Liga Defensora Dos Países Prósperos E Democráticos, o negócio ficou muito pouco rentável, e as drogas sintéticas estavam sendo feitas em grande quantidade, e a cocaína nunca pode competir com a anfetamina, ainda mais agora que ficar dando um teco de hora em hora podia ser a maior bandeira, então usar as diversas anfetaminas era mais inteligente, mas estas eram feitas em pequenos laboratórios espalhados pelas cidades, mas a anfetamina sempre foi legalizada, até nas guerras os pilotos de aviões usavam para ficarem acordados. Estes traficantes migraram para os crimes de seqüestro e assalto apoiados pela a invenção das novas armas caçadoras de usuários, e sua farta distribuição no mercado, afinal um pai poderia ter aplicado o teste semanal em casa e detectado um filho usuário, mas como pegar o criminoso infiltrado em casa? Choque paralizante! É simples e eficiente, uma das mais baratas armas anti-maconheiro que existem, a convulsão é rara para os consumidores da erva proibida, o mesmo não se aplica aos consumidores de anfetamina e cocaína, mais um motivo para se caçar apenas os maconheiros, é mais seguro e eles resistem melhor a aplicação dos armamentos. Mas estes ex-traficantes estavam incomodando muito, eram muito violentos e bem armados, o jeito era forçá-los a mudar de ramo, voltarem ao tráfico, mas teriam que proibir algo, e a bola da vez era o cigarro, a nicotina, este monstro que ceifa a vida de tantas pessoas, tantos jovens e velhos, este absurdo seria finalmente extirpado, mais uma guerra seria lançada, no início o cigarro foi proibido, mas seu uso no início não foi criminalizado, isto manteve as massas caladas, e os traficantes migraram para o mercado mais vantajoso de venda de cigarros, importados de fábricas e plantações ilegais de países do terceiro mundo. Então os armamentistas fizeram um tratado em que todos eram obrigados a criminalizar os tabagistas, o usuário voltava a ser perseguido pelos testes, e mesmo aqueles que optaram por plantarem em casa não poderiam escapar da cadeia. O ciclo da economia proibicionista recomeçou. Logo depois seria a vez dos alcoólicos.

macerai o hemp poeta viagem
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A Maconha e o Escambal

A Humanidade havia se livrado de suas armas corriqueiras de destruição em massa, acabando, como num efeito cascata, num fenômeno chamado de Moralismo das Minorias (a este o Revisionismo mais tarde chamou de Simplificação dos Absurdos), um fenômeno social muito raro, e normalmente fugaz, pode durar dias ou até séculos, um surto ideológico da Megaclasse Indominante; assim abolimos umas pragas sociais, como a Monocultura e os Subsídios Agrícolas, é simples, O Sistema compra tudo que for plantado, a comida é tratada como a Moeda Suprema; com as novas técnicas de controle do DNA, da criogenia barateada e a geração de energia muito mais eficiente, este produto passa a ter Liquidez e Segurança, (todo mundo sente fome e você pode guardar os alimentos por um longo tempo, mas normalmente este tempo é menor do que o tempo de ter fome de novo) e agora Rentabilidade maior com a tendência de encarecer os Alimentos Criogenizados por muito tempo, comer uma fruta rara, praticamente em extinção, pode custar caro. É certo que a exploração dos recursos naturais continuou e a população mundial também continuou a crescer, até mais agora, bem mais... É muito simples, assim como o bem tutelado para justificar o Proibicionismo às Plantas de Poder e prender as Minorias Detentoras Destas Culturas e Hábitos era hipotética e pretensiosamente A Saúde Pública, o bem maior tutelado pela Justiça Mundial é a Economia Mundial, qualquer ataque a Economia Mundial é tido como um Crime Hediondo (uma invenção brasileira do final do século vinte, de um presidente que fumou Maconha e não gostou, daí, inventou a idéia de Crime Hediondo para punir os maconheiros, puro desrespeito, falta de educação de quem cospe no prato porque não gostou da comida, dos outros) Contra a Humanidade, O Bem Maior tutelado. A Segunda Praga abolida foi o Sigilo Bancário, que nunca teve muito sentido, seu gerente podia saber de sua toda movimentação, a computação integrada e super-rápida tornava isto possível para qualquer um que obtivesse acesso aos dados, e muitos obtinham e jogavam na rede, as fortunas estavam quase todas “desasembladas”, os hackers eram um enorme exército infanto-juvenil, milhões de crianças estudando computação na escola e divulgando “dados secretos” na Rede Livre, a Freenet se espalhou, “Cada Um Servidor”, os dados rodando e se espalhando de servidor em servidor, impossível apagar o que foi escrito, apagar significa multiplicar os dados, e como não interessa ao trabalhador honesto ter sigilo dos seus ganhos (e nem poderia pois o imposto de renda é descontado na fonte), e isto só interessava a antiga classe dominante, a Burguesia do Capital Ilusório, aqueles que inflaram tanto O Mercado Financeiro Globalizado, e houve tamanha proliferação de ativos financeiros em uma velocidade tão acelerada que implodiram, não sem antes sua ganância matar milhões de fome no mundo fazendo ataques às moedas menos desprotegidas, ou não, no fim eram tão absurdamente gordos (não é a toa que pela primeira vez na história da Humanidade a obesidade foi um epidemia) que não havia país forte o bastante para deter um ataque, e todos estavam muito endividados com Empréstimos de Hiper Curto Prazo, as transações podiam ocorrer em segundos, os computadores eram muito rápidos e a informação trafegava e era processada na velocidade da luz, fortunas (vem de furto) podiam ser criadas em microssegundos, milhões de pessoas e animais poderiam ser condenados a morte em nanossegundos... Os Historiadores de Economias costumam dizer que O Sistema Todo quebrou em 3 milissegundos, afinal Fluxos Momentâneos de Investimento Estrangeiro Direto podiam desestabilizar ou reestabilizar Economias Continentais em poucos segundos. A Terceira Praga banida foi o Proibicionismo, ou seja, toda proibição fundamentada no preconceito e usada para prender e controlar os pobres; o poder sobre seu corpo é total na nova cidadania, pode-se até vender partes de seu corpo, se bem que com a tecnologia de células-tronco ninguém precise mais comprar para fins medicinais, mas o uso “recreativo”, ornamental, de partes de outros corpos, e até mesmo de corpos animais, o famoso “olhos de águia” agora estava pululando pelas esquinas; era muito mais chique ter um cifre do que ter um piercing, que eu me lembre os cornudos sempre estiveram em alta, e também aqueles que gozam com o dos outros... A quarta praga foram As Armas de Guerra, o único crime punido com a Pena de Morte, isto num mundo em que a Imortalidade é quase possível é um preço alto demais, e as Drogas Étnicas deixaram de ser consideradas armas de guerra, é claro que a Maconha foi descriminalizada, chegou mesmo a ser oficialmente considerada Arma da Paz, depois mudou-se para flor da paz, foi descriminalizada logo no início da Plena Cidadania, assim como todas as outras Plantas de Poder e/ou Drogas Sintéticas, até porque as Drogas Eletrônicas surgidas com o sinergismo entre O Chip e o Cérebro (“o Cérebro” significa o Cérebro Humano e “O Cérebro” significa o Complexo Mundial Computacional) e estas são muito mais potentes do que qualquer outra similar neuroquímica; estou enfatizando a Maconha porque foi a única ter sua Monocultura Tolerada, a única que não causava deterioração do solo, assim se você plantasse Maconha em Monocultura, ou não, O Sistema comprava toda ela, mesmo assim quase ninguém fazia Monocultura, a não ser a polêmica Associação Marc Emery – Overcannabis, que plantava somente Maconha e distribuía a preços reduzidos direto para as populações, apesar de não ser propriamente legal esta prática de redução de preços, ela foi tolerada porque a AME–O não tinha lucros, vivia no vermelho e era subsidiada pelo Sistema, por isto dizem que Marc Emery plantou a semente que venceu O Sistema, pois quando muitas Associações Filantrópicas foram surgindo isto se tornou uma nova praga social, e qualquer Grower sabe do perigo de uma praga, começa pequena e de repente toma conta de tudo. A acumulação de riquezas através de lucro ou herança não existia, mas nada impedia que cidadãos doassem dinheiro para alguém, isto ainda gerava algumas pessoas muito mais poderosas do que outras... Mesmo assim O Sistema durou quase 300 anos, foi substituído pela Teocracia Informal, que propunha um Governo Filantrópico em que todos pagavam o dízimo ao Governo das Ovelhas, como gostavam de serem chamados, mas esta concentração de poder gerou uma Miniclasse Dominante, e sabemos que a ideologia de uma sociedade é a ideologia imposta pela classe dominante... Era o fim de 270 anos de Escambal, O Sistema Atípico que mais perdurou na história da Humanidade, A Humanidade Nua, é chamado assim porque o Naturismo Mundial, outro fenômeno social raro, atingiu seu auge, como há milênios não fazia, espera-se que outro surto deste surja somente daqui a outros milênios, talvez acompanhado de outra mudança hiperestrutural, muitos dizem que “a Humanidade muda quando se desnuda” (e “fica em paz quando fuma a erva da paz”, desculpem o comentário, mas, é que mesmo neste futuro cheio de drogas intro-eltrônicas eu ainda sou maconheiro, colecionador, entusiasta, tenho algumas sementes criogenizadas da época do Primeiro Proibicionismo Mundial, uma época terrível em que Honestos Pais de Famílias (símbolos máximos da integridade e produtividade na época da Monogamia, outro fenômeno raro na Humanidade) eram presos e torturados com superlotação, comida estragada, restrição sexual, etc, etc, e tal, mas o intervalo é precisamente 2004/2005, Grapetti, Pitanga e DobleGé; mas estou plantando, e fumando, atualmente macerayblues, se adapta melhor ao espaço interplanetário, acho que resina melhor sob raios cósmicos, vou abrir o tema no fórum intergaláctico cannábico, Bitovergrowroom420, “nós somos poucos mas somos muito!” Lócus!).

Os fenômenos que provocam a mudança da ideologia superestrutural em nível suprapsíquico e intrapsíquico serão analisados no próximo capítulo.

Macerai o hemp poeta viagem atemporal


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Pense positivo para continuar a conexão neural, para interromper não pense em nada. Alerta, pensar negativo pode acarretar em autopunição. Sistema detectando aumento na pulsação cardíaca, coletando mais bio-dados, possível caso para Reformatação Neural, aguardando resposta...

Alvo travado!

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Em tempo, voltando para 2005-setembro-05:

Pela Não-Extradição de Marc Emery, pela revisão da pena de DonkeyDick, pelo fim das perseguições aos maconheiros. Pela Liberdade de Expressão Cultural!

“Maconha é cultura, o resto é droga dura!”

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http://maritimes.indymedia.org/news/2005/08/10846.php
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http://www.growroom.net/growers

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Policial disfarçado investiga sites de plantio caseiro

Traguei, mas não fumei”. O caso Darcivil

Eh, já estou a seis meses lendo estes sites de apologia a maconha, nos 10 nicks anteriores que me cadastrei enviei pedidos de compra por private para vários usuários, mas logo me caguetavam pra moderação e eu era banido, isto gerou um discursado acirrado, quase fecharam o site, e eu tive que me enquadrar pra continuar com a investigação, fiz o nick Darcyvil, lancei uma assinatura sinistra, “O sucesso do meu insucesso é o insucesso do seu segredo”, e coloquei um avatar do Bush fumando um, mas ninguém me deu confiança, aí o único jeito foi encomendar as sementes, pedi pro Marc Emery, aquele que é a maior bandeira, vêm vários documentos, jornais e panfletos sobre militância canábica junto com as sementes, e já que foram endereçadas pra o departamento, serviriam de provas futuras; como o dinheiro não era meu, pedi um growbox montado e funcional, uns 6 mil dólares (acho que superfaturaram, outra vez), pedi Skunk #1 feminilizada, fica mais fácil na investigação usar uma palavra conhecida pelo público, que já ouviu falar de “maconha modificada”, “maconha de laboratório”, as “seeds” chegaram em uma semana, li aquele monte de propaganda canábica, fazia sentido, mas eu tenho uma profissão, um dever a cumprir, quanto ao uso medicinal, não sou contra, mas associar mais uma droga lícita ao mercado pode aumentar os riscos para a saúde pública, pensava eu, logo que entrei pro site, afinal não vou conseguir colher mesmo...

Germinei em papel toalha, logo que saiu a radícula plantei de cabeça pra baixo, mas a sapeca deu a volta por cima, algo me dizia que não ia ser fácil... A growbox ficava em um apartado, um escritório pequeno, uma salinha, um ar condicionado ajudava muito, um verão intenso na floração, usei fibra de coco pura e muitos Watts, 1200W, cool tube, UVB e CO2, achando que com tamanha complexidade seria bem mais difícil o plantio da danada, e precisaria pedir muitas dicas, assim incriminando por “apologia às drogas” vários users, principalmente os moderadores e administradores, os cabeças eram os visados, aqueles que mais orientavam, mas o trunfo seria pegar um plantador prestigiado, de preferência com mais de cinco pés da disseminada, a idéia era pegarmos alguns para desestimular a proliferação assustadora que estava havendo de sites de cultivo de maconha no mundo todo, a verba vinha dos EUA, e dos contribuintes internos também.

Na fibra de coco Classe A e usando peters 30-10-10 a planta não dava problema, aí comecei a sabotar, usei doses cada vez mais concentradas, eu postava as fotos e a Power Plant estava bombando, todos elogiavam e eu sentia que ia acabar perdendo meu emprego, no início deixei faltar água, a safada melhorou, ficou maior e com as folhinhas levantadas, aí joguei muita água para dar o famoso overwater, mas a exibida só melhorava e crescia 8 cm ao dia, todos aqui no departamento riam de mim, meus tópicos não tinham ajuda nenhuma, só elogios, se alguém estava fazendo apologia era eu; zoando, os colegas de trabalho já me chamavam de “usuário do mês”, “grande grower”, mas só podia ser “sorte de principiante”, eu fazia de tudo para matar a Santinha, é que o chefe só autorizou a criação de um único pé, mas depois teria quer ser queimado, incinerado, vai vendo...

Até aranhas vermelhas eu joguei na growbox, nada acontecia, as aranhas não sobreviveram, soltei um gafanhoto na box, que morreu preso na ventoinha; amassava, torcia e até meio que quebrava os caules, em resposta a impetuosa engrossava os caules, esta foi a pior fase, eu espancava a bendita semanalmente e os users incentivavam, “é isto, torce gostoso!” “é isto aí, punk, pode castigar a macaca”, “ripa na chulipa, ela gosta e se arrebita”, “ou vai, ou racha!”, eu não entendia nada, parecia que fumavam maconha e ficavam assim, violentos, :rolleyes: incentivar a agressão vegetal, isto é crime, com certeza. Não desisti e fiz adubação foliar em plena floração, para a planta dar mofo, que nada, a insinuante cresceu além da conta; jah tinha feito uma poda bem precoce, antes do terceiro nó despontar, acho que errei e nasceram 6 ramos novos aonde podei; li que o arame pode ser prejudicial, que SCROG é problemático por causa disto, e fiz um SCROG com arame, enorme, um metro quadrado, a insolente tomou conta de tudo; enquanto eu tentava, desesperadamente, torná-la doente, a fogosa crescia, depois de um mês de floração comecei a jogar sujo, regava a marota cinco vezes ao dia, tinha que dar um overwater, mas a impetuosa só crescia, e todos elogiando o grande grower que eu era, e eu vendo meu emprego “ir por água abaixo”, no desespero total nas últimas duas semanas reduzi a fertiirrigação a zero, fiz faltar nutrientes diversos, as folhas da deslumbrante começaram a amarelar, e finalmente fiz um tópico pedindo ajuda, mas novamente só elogios, “isto mesmo, amarelando no final por falta de nutris é bom!”, “eaê, Darcivil! Parabéns, tem meu voto pra usuário do mês!”.

Finalmente acabou aquele tormento, germinação, vegetação, floração e demissão (?), e só de raiva deixei a confiada dois dias no escuro, na esperança que desse um mofinho, realmente a cavala ficou mais branquinha, mas não por fungos, não é que parece que a assanhada resinou mais ainda, nem comentei nada... A candente havia vencido.

Desespero de causa total, colhi 1750 gramas secos em um único pé, elogios e ovações, eleito usuário do ano, vários sites publicaram a saga do novo recorde, cotado para ser eleito usuário do século; eu estava arrasado e tinha que resgatar o meu emprego, desmerecer de qualquer jeito aquele feito, num último ato de desespero fiz com que a erva secasse demais, pelo menos um erro eu teria, coloquei a erva em quatro bandejas de alumínio e coloquei-as sobre uns forninhos de esquentar pizza que temos (por isto dizem que tudo acaba em pizza), ajustei o termostato e devido ser um verão cruel as deixei na sala de máquinas do ar condicionado, foi meu último erro, de verdade, o THC evaporou e sem muito cheiro entrou pelos dutos do ar condicionado central, foi distribuído por todo departamento, todos chapados em pleno expediente, uma loucura, muitos risos e situações hilárias, uns comendo que nem loucos, outros cantando, outros saudosos telefonando para a família, e uns loucos que sabiam que estavam na onda e não entendiam de onde veio o barato, mas desconfiaram, “Darcy, foi você?”, “O que você fez Darcivil?”

Depois da audiência, sem provas e sem ninguém pra acusar, a não ser eventualmente eu, é claro; mas em frente ao Juiz, que forneceu a autorização judicial para o plantio da erva canábica, ele me perguntou, desconfiado: “Já tragou maconha?” ‘Sim, Ilustríssimo Meritíssimo, traguei, mas não fumei, estava na atmosfera...”. O Juiz, descrente do meu relato:
“Tragou, mas não fumou, essa é boa, quanta coisa que eu tenho que escutar...”.

Foram cinco meses terríveis, três de plantio e um em “audiências”, outro de férias “forçadas”, bom, pelo menos não perdi o meu emprego, tive mais uma chance, mas agora vou pedir seeds de lowryder, li no Overgrow vários temas falando bem mal do strain, desta vez vou conseguir...

Mas, sabe que estou gostando do pessoal daqui, são metidos a heróis, como eu era quando entrei na Força, é uma pena que desta vez terei sucesso no insucesso...

Macerai o hemp poeta viagem - 2005-julho-26
Pelo fim das perseguições aos usuários e pela liberdade de expressão

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Um caso de saúde, público, qual será o veredicto do caso “Nicolau Weizer Souza e Silva”?

Nicolau, um senhor de setenta anos, fotógrafo, aposentado, fumou maconha por 50 anos, sempre plantou, logo bem no início com lâmpadas fotoflood, aquelas incandescentes de 3200ºK :lol: e maior fluxo luminoso em detrimento de menor vida útil, logo depois passou para as fluorescentes, e finalmente as HIDs :!: ; fumava de um a cinco ao dia, e nunca faltou, mesmo assim sempre guardava as pontas; os negativos e diapositivos eram guardados em recipientes lacrados com sílica indicadora, e estava sempre azulzinha, havia mesmo um cofre para os negativos mais preciosos, de tribos indígenas extintas, animais e vegetais extintos, closes e macros de tricomas âmbares, microfotografia de tecido epitelial da cannabaceae preferida... \l/ E as gimbas, as pontas, as baganas, tinham o mesmo tratamento, em sua casa havia vários potes com pontinhas, vai vendo...
B)
Depois de uma vida saudável, um belo dia a faxineira, uma senhora que trabalha para sua família há mais de trinta anos, chega a sua casa e vê Nicolau caído de lado, desmaiado na poltrona, em desespero, telefona para o hospital em que trabalha um médico conhecido, que é o marido de sua filha. A ambulância chega rápido, eles procuram os documentos de Nick e a faxineira diz que ele guarda num cofre, no quarto escuro (não era realmente um quarto escuro, era um quarto 12 horas escuro e doze horas claro, bem claro), “coisa de fotógrafo, ele não gosta que entrem lá...”, mas como precisavam dos documentos testaram a porta, que estava destrancada, o quarto estava escuro, ligaram a lâmpada e uma luz de emergência âmbar iluminou fracamente o recinto, a carteira estava em cima da mesa, e havia uma planta grande, que exalava um cheiro característico, ao fixar o olhar na planta a enfermeira foi surpreendida por uma luz ofuscante que de repente iluminou o “dark room” totalmente, plenamente, 600W HPS Agro, iluminando a Erva de Santa Maria. Em uma estante ao lado havia um estranho mosaico, 50000 baganas distribuídas em 50 potes, do tipo usado em acondicionamento de azeitonas ou maionese, potes de vidro, no início pensavam que fossem insetos, mas quando no hospital disseram que ele estava morrendo intoxicado por maconha e que tinha um pé na casa dele, a polícia foi averiguar e descobriram o “cemitério” de Nicolau, que futum quando abriam os vidros! Façamos as contas, cada bagana com 0,3 gramas, 1000 baganas por pote, 300 gramas por pote, 50 potes são no total uns 15 quilos, só de bagana, :rolleyes: é muita maconha, somadas com a planta no meio da floração, é o suficiente para enquadrar Nicolau por tráfico de drogas, crime inafiançável, hediondo, aos olhos da lei muito pior do que assaltar ônibus ou ser político corrupto roubando milhões... :rolleyes: :rolleyes: :rolleyes:

No hospital Nicolau voltou a si e conversou com o médico, amigo da família, por extensão, e disse que nunca gostou de comprar maconha, “incentiva o tráfico e queima a garganta”, disse sem muitos rodeios: “Eu planto, mas pra nunca faltar guardo o que sobra no cemitério, coisa de gente velha ficar guardando tralhas, saudosismo, estou ficando velho mesmo, desta vez atrasou a colheita e fumei um feito de baganas das antigas, baganas do Da Lata, 1981, baganas que ainda tinham o baton da minha amada, que Deus a tenha, talvez isto tenha sido muito pra cabeça, mas acho o THC que degradou muito, foi o meu primeiro teto preto na vida, ficou tudo escuro e desmaiei...”. Ficou ali, só repousando, horas depois, durante a alta, o médico teve que informar a Nicolau que a polícia havia se dirigido a casa dele, o telefone tocou, o médico disse que era o delegado, falaram com Nicolau, dois policiais já estavam à porta da enfermaria, aí que Nicolau infirmaria, teve o seu primeiro infarto, sorte que já estava no hospital, mas seu caso está na Justiça Cível (perecível), qual será o futuro da saúde de Nicolau?

macerai o hemp 27july2005
Pela libertação imediata dos prisioneiros canábicos!

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Especialista em pontas, D2.

─Lembra-se do caso Nickolaw?
─Sei, o coroa-dino que tinha um arsenal bagânico em casa, zilhões de pontas, sinistras, baratão, umas com o batom e o perfume da mulher, falecida, usou a erva para ajudar a superar sua doença, no final foi absolvido, usuário não é criminoso, pelo menos não usuário velho...
─Pois é, agora estou com um caso parecido, mas ela quer converter: baga em ruanna, sentiu o drama, mané? Bias envelhecidas por trinta anos...
─O livro Tudo Sobre Baganas resolve quase tudo em relação às pontas, usa a busca, mane... //quote:
“...dixavar e lavar abundantemente as pontas em água gelada, secar e deitar em álcool absoluto, evaporar no ventilador após 24 horas...”. Vai na fé!

A galera viper da época das antigas “tava naquela de dá dois”, terceira idade e meia, 75+, e como muitos deles eram sobreviventes, usavam a erva da coroada, “sem-senil-a”, ou sem senilidade (o mesmo não podia dizer-se dos alcoólicos ou tabagistas in-veteranos, “tava naquela de dá dó”, a maioria morta por cirrose ou coisa parecida, mas bem diferentes). Plantavam em casa, mas era cada vez mais difícil conservar a genética. A Erva Santa protegeu muitos “cannadinomans” contra o câncer cerebral, amplificado e induzido pelo uso intenso de celulares, wireless, e radiações de ondas curtas, enlatados e outras idiotices.

“Enquanto o backup cerebral não chega, Cuidado para não fritar seu cérebro com softers piratas, as Detentoras estão espalhando bugados piratas para combater a pirataria in loco”.

A juventude temporária estava ligada nas drogas por indução eletromagnética, o “capacete” tem seu uso obrigatório, substituiu a televisão, dificilmente é um capacete, era assim no inicio recente (atualmente todos os inícios são recentes, os reinícios encontram-se em desvantagem), mas agora os óculos da JPhB (juventude photoborg) já estão ultrapassados, já até agora o “Espalhamento” é a ainda mais nova técnica, a distribuição neurônica dos componentes eletromagnéticos faz que você seja um pouco mais do que humano, isto o transforma em honorável membro do “grupo com leis reduzidas”, GLR, assim como os índios e os coroas maconheiros com mais de 75 anos não mais poderiam ser criminalizados por fumarem maconha, ou andarem nus pelas ruas, e outra série de crimes temporais-moralistas, crimes de somenos (caixa-dois dos proibicinistas), os “Espalhados” também estavam no GLR, mas com o corpo avançado parece que mais ninguém quer fumar maconha, só mesmo a Coroada Dinossáurica, CD, da época do mais que extinto: CD. Por isto o nome pegou, os CDs, parece-me, que gostavam, pois alguns guardavam a relíquia recente (o mundo está cheio de relíquias recentes) em casa ocupando muito espaço, qualquer memória chula pode armazenar até 10 mil CDs com facilidade, mas já se fala em armazenar, Top-Chula, 10 milhões nos próximos meses, o futuro corre contra nós, dispara em nossa direção, e não há passado de fuga. O que é proibido, no tocante ao seu corpo (o proibicionismo está comendo na mesma tigela com a indústria bélica faz longo tempo), é misturar drogas eletrônicas com drogas psicotrópicas químicas, desculpe a redundância, mas vivemos no olho do furacão, até a profunda transformação iminente, eternamente pendente, pode estar enfadonhamente girando entre seu umbigo e a mosca do cocô do cavalo do bandido, o que passou há seis meses não apodrece para reciclar, emerge das cinzas para as cinzas eternas, do pó ao pó, estelar. Um futuro que demore muito a chegar é um passado recente, o tempo está rápido. (leia o resto nas entrelinhas).

macerahemp16042006chuvaforte!
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O beijo na boca vermelha, beijanega a noite inteira (se cuidem e bons fluidos!).

Fotos,Trechos e Apetrechos perdidos do hermético Nikolaw e sua obra, Tudo Sobre Pontas.

A arte de viver é a arte de observar. Observar uma situação em sua constante mutação, aferir suas constantes, margear pelos seus horizontes, emparelhar e se adaptar ao novo, acelerar um pouco e observar o novo ficando velho, o velho e o novo ficando de novo.

Sempre freqüento o clube cannábico Samba420 \|/, gosto da seda de celulose, oferecida juntamente com o café expresso, além de não agredir tanto a garganta, a celulose realça o efeito visual dos cristais; no início peço uma híbrida mais sativa, e vou num crescendo cada vez mais sativa, zero vírgula dois gramas de cada vez, no final da partida de xadrez já “enchi o pot”, e como diria a velha vaca holandesa que “chutou o balde” há muito tempo, quando começo “é o cão chupando manga rosa”. Aproveito e compro minhas sementes, estava plantando Solidária X Pitanga Carniça; a cada colheita troco a variedade, pensei em plantar Free-Tibet com DkD, mas acho que antes vou plantar Santa Maria. Santo Dai-me mais luz!

Um distinto cavaleiro executa o ritual de decapitação

Desculpe, mas quando vi o senhor cortar a ponta da brasa acesa percebi que havia lido “Tudo Sobre Pontas”
– Sim, eu escrevi.
– Nicolaw?

– “Esta é a parte mais importante, a decapitação precoce, mas tudo começa na feitura do pernoicanno, tirando todos os galhos, sementes, cascas de sementes e qualquer corpo não-floral, exceto as pequenas micro-folhas que ficam bem próximas as flores e estão bem resinadas”.

– Mas por que o enfoque nas pontas?
– “A ponta não desaponta...”
– “Desponta e aponta...”
– Você leu ou tomou a pílula-livro?
– Os dois, você também?
– Eu sou a pílula-livro.
– A poesia resume a ponta?
– A ponta é a parte mais forte do beleize que sobra após o tratamento em coluna de arraste, afinal, fumar um beleco e fazer passar THC através da destilação em coluna com arraste de vapor, assim obtemos um concentrado cada vez mais forte, a ponta; a conversão de THC em CBN pela degradação em altas temperaturas produz uma onda chapante no ressurector, isto somado as condições de armazenamento, e a degradação com o tempo por outros fatores, fazem-nos crer que usar as pontas à medida que são produzidas, agrupando em quatro ou cinco é mais fácil e ativador, mas efêmero, perde-se todo o saudosismo fetichista.

– O que fazer com as pontas das pontas? Pontas das pontas das pontas, isto tem fim?
– Pode ser infinito, a questão é polêmica, o trato da batuta é que vai determinar o valor da ponta, vários cuidados... Uma ponta deve ser cheirosa, saliva jamais, eu uso água destilada para dar uma goma.

“Assim como a água de rega não pode ter um ppm alto, a goma também não deve ter alto ppm, use água ao invés de cuspe, é mais higiênico e ajudará na taxidermia da ponta.
O Empalhamento não deve transformar a ponta em palha, por isto é importante guardar as pontas em tubos típicos para comprimidos efervescentes (off- lembram do elefante efervescente?) até a remoção para o cemitério definitivo, sabemos que grande parte do THC se degradará em CBN, mesmo assim, o valor sentimental de poder fumar nas Bodas De Prata as pontas da Lua De Mel não tem avaliação possível em uma escala linear, os batons que marcam a presença na ponta que beijamos dão um tom especial.”

“Fumar pontas pode ser bem mais rascante do que fumar a erva virgem, não-defumada, então vários artifícios podem ser usados, o bonge ultra-rápido feito com tubo de caneta imerso no copo de água e o ressurector aceso na outra ponta, o tubo seguro entre os dedos indicador e o médio e a mão em concha tapa o topo do copo, aspira-se pela fresta entre dos dedos polegar e o indicador, isto faz com que a fumaça borbulhe no fundo do copo, sendo purificada na água.”


“Opcionalmente usando um tubo de ar para aquário fazemos a extensão da caneta de forma que a profundidade de borbulhamento seja maior. Reparem na fita isolante ou durex para fechar o buraquinho lateral que algumas canetas têm. Podemos usar a extensão (em azul) que vem no pipe para evitar que a temperatura exagerada derreta o plástico e arraste seus vapores pro nosso pulmão, também pode-se usar dois pipes revezando, assim eles nunca esquentam tanto, uma carburada em um e a outra carburada no outro.” :)

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“Os lábios vermelhos indicam onde se coloca a boca, e é melhor manter a caneta entre os dedos anelar e médio, pois assim a fumaça e a chama saem mais longe dos olhos e da face em geral.”


“Vemos também a maneira correta de acender o pipe, a chama é apontada pra direção oposta aos olhos, ATENÇÃO para não deixar superaquecer o isqueiro e ele explodir na frente dos olhos (isto pode acontecer acendendo qualquer cachimbo com isqueiro).”



Vejam na foto arqueológica como o bonge pode ficar em forma de cachimbo, “...é só colocar uma extensão de tubo de ar para aquário, apóia-se o cachimbo em algo da mesma altura, ou segura-se com habilidade e acende-se ao mesmo tempo, desta forma a fumaça chega realmente fria e sem arrastar os possíveis vapores do plástico da caneta. Mantenha tudo sempre bem lavado com álcool etílico, álcool comum, para evitar fumar o sarro que vai lentamente se depositando.”

Nesta foto vemos um mini-extractor, mas o texto referente foi perdido, porém as escavações encontraram outros textos sobre instrumentos de extração supercrítica com butano, todos muito maiores do que o do Niklolaw, mas o princípio de funcionamento deve ser o mesmo, novamente a coluna de arraste.

Agora lancei “O Chapeleiro Doido”, seguindo o mesmo protótipo do livro, mas adaptado aos fins dos tempos, mantendo a segurança máxima para sobreviver a esta Terceira Guerra Mundial contra os maconheiros (que somam 90% dos perseguidos) e “drogados” em geral. A inspiração nos trechos que sobraram de “Tudo sobre pontas” é notória, a extração por fluido supercrítico também é mencionada, mas a adaptação do gerador de oxigênio para gerar butano líquido é supercrítica, e está sujeita às mais duras críticas, explosões foram relatadas, faíscas eletrostáticas provenientes de objetos pontudos, a própria carga no corpo para quem não se descarregou aterrando as mãos antes de extrair, instalações elétricas gerando faíscas no momento da extração, etc., mas como a quantidade de gás presente é pequena os danos não foram grandes, queimaduras de primeiro grau e muitos sustos.

Verde que te quero ver de novo

A maioria dos meus amigos hackers tem um tom esverdeado na pele, eu nunca os vi, é claro, mas é um tipo de espectroscopia psicológica, metapsiquê, pequenos comentários, “ meus cabelos combinam com minha pele ( o cloro da piscina, claro), e deixo em aberto... somente um pequeno grupo seleto de hackers cannábicos podem usufruir do tom certo na pigmentação tessitural periférica que expõe nossa tez desnuda, a melanina da pele, e o bálsamo revigorante tocoférrico, a vitamina D, regados em sua natureza plena por lâmpadas de descarga de alta pressão de vapor de sódio e de vapor metálico, sorvendo entre 2000 e 6500 ºK, das HIDs sem ultravioleta solar, o growroom é o templo da vida, muitos que sobreviveram ao holocausto da perseguição mundial aos maconheiros imposta pelo complexo ONU/EUA foram estes, em growroons farádicos, engaiolados faradicamente, como passarinhos vivendo dentro de gaiolas de Faraday, que em cantavam o novo amanhecer.

Macerai o hemp 28june006
Abraços fluídicos!
 
Last edited:
Resista, fume maconha!

CyberPunkGrowerHemp!

O Estado Medicinal aboliu as armas letais para reprimir os Cidadãos, a Recuperação dos Criminosos era feita através de Reprogramação Cerebral, jovens que cometem pequenos delitos podiam ser solucionados com apenas o apagamento da memória referente, e intensificação da Educação. Nesta época um grupo de Novos CyberPunks (associação proibida por ser contra a Saúde vigente) descobriu que ao fumar maconha o apagamento da memória ficava comprometido, muita coisa não era apagada, outras voltavam sob a forma de sonhos e outras eram levemente apagadas e/ou permaneciam com algum conteúdo onírico inserido nelas, ou seja, viravam fantasias próximas a realidade. A Erva protegia os neurônios de várias maneiras, mas na crença popular ela atuava enfraquecendo o circuito de memória recente, como toda memória acessada tem que passar pelo circuito de memória recente, assim o acesso geral também é enfraquecido, basicamente o que diz-se é o seguinte, “não pode-se esquecer-se o que não lembra-se.”

Este mecanismo, de Recuperação dos Criminosos Através de Reprogramação Cerebral, foi usado pelo Estado Medicinal, mas depois na Reformatação veio a transformar-se em ADM (Arma de Domínio de Massas), e nesta época o uso da Maconha Psicotrópica possibilitou que as populações expostas às armas de Reformatação Mental pudessem ainda reter um pouco de si mesmas, a regra era, quanto mais maconha uma etnia usava, mais ela conseguia resistir à assimilação por parte do Império Protetor da Saúde e suas Armas de Domínio de Massas.

Macera2005nov

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Tudo Normal, tudo normal, tudo normal.

A terapia com células-tronco foi um sucesso e uma revolução, podemos dizer que não existem mais doenças, soma-se a isto a reprogramação sináptica cerebral; as sinapses e seus arranjos holodimensionais são moldados segundo um código de ética e comportamental humano definidos, quer-se também que sejam definitivos, e implantados no mundo através de resoluções e convenções da ONU, assim como foi a proibição das plantas psicotrópicas usadas pelas minorias mundialmente subjugadas, principalmente a maconha, sem uma consulta popular democrática e esclarecedora, questionadora, atualizada e atuarial. Contando com a mídia de massas, cujos donos são burgueses articulados com os poderosos imperialistas bélicos, que expressam-se na casta política que domina o mundo, sem promover referendos nem plebiscitos sobre questões humanas, questões de supressão de direitos e cidadania, deflagraram uma campanha de inverdades sobre o que é ser humanamente saudável, física e mentalmente.

“Você foi Normalizado nos últimos seis meses? Não espere a Mamãe mandar.”

As pessoas são equilibradas, racionais, tiveram seus cérebros otimizados, seus pensamentos negativos foram corrigidos, suas fobias extirpadas; vivemos num equilíbrio mecanicamente saudável, as pessoas sorriem, amam, sofrem eventualmente, mas não por muito tempo,por exemplo, na morte de um parente próximo, um ou outro, ainda choram, isto é normal, mas pode ser corrigido; esta é a questão, com Máxima Correção você consegue confrontar o mercado de trabalho frente aos robôs humanóides, ou não-humanóides, lembrem-se da frase do comercial: “Um piano não precisa de um pianista para tocá-lo.”. O que se chama de Criação em Massa de Dados Artísticos Fora da Média do Desvio Padrão, está longe de ser Criatividade Humana.

Quando eu era pequeno, queria “ser músico quando crescer”, mas minha mãe dizia, “música não gera renda, pense no Mercado”, “e poeta?”, “poeta, Sorriso, é melhor ser músico...”. E até hoje O Mercado de Trabalho continua puxando a maré, os artistas estão em baixa, um Cérebro Saudável, Normalizado, produz no máximo Arte Pitagórica, sem noise, sem delírios inoportunos; computadores musicais tocam sinfonias com várias orquestras orquestradas simultaneamente, em ambientes que geram intensa reprodução tridimensional das ondas de som; mas, “nenhuma panela quente é jogada nas abóbadas enquanto uivos são entoados por Ninfas eufóricas (o máximo de euforia normatizada é o orgasmo, “Êxtase Espiritual” foi caracterizado como Distúrbio Psicótico, comprovado por análise cerebral, e passível de tratamento) e Morlocs, extrapiramidais, tocam trombetas fálicas, tudo isto embaixo d’água, é claro.”

A vida segue na maior normalitude possível, o plano da ONU, “100% de Normalitude Mundial”, está com vento iônico na cauda, se não fosse pela demanda deficitária de Obras de Arte de Alto Valor Monetário, e aí o Capiltal capitula novamente, “os loucos atraem riquezas”, ou qualquer frase de efeito massivamente divulgada até virar Veridicidade Mundial, “cuidado com o mercado e suas veralidades de marketing”, deveria advertir minha mãe.

“A psicose como um processo de expansão mental só foi observado e considerado um produto desejado com a escassez de artistas e a ausência de morte na arte.”

Vendia-se muita arte popular, mas faltava valor econômico, e os absurdos afetivamente empatizantes, ou qualquer coisa que um humano faz melhor com outro do que uma máquina, ou um cérebro normalizado, se sonhassem, fariam; calma, o homem ainda sonha, mas pesadelos estão em desuso, você pode programar seus sonhos, ou fazer cursos para cérebro em repouso.

O fato é a que a mudança rápida na atmosfera nos pegou sem o traje espacial, o ser humano ainda morre, às vezes, e as obras de arte têm a tendência mercadológica de aumentarem seu valor com a morte do artista, o Fenômeno Urubu, Efeito Abutre, isto somado com um movimento inesperado, chamado pelos novos-verdistas de Revegetariação, que os Revegetariandos pregam em praças públicas, usam a maconha, uma erva com potencial psicotrópico, e, portanto proibida, assim como qualquer psicotrópico, inclusive o pior de todos, o que mais sofrimento causou à humanidade, o álcool. No início falavam que o tráfico aumentaria, mas a intervenção na área da saúde mental que Estado Normalizador fez, no sentido de normatizar/normalizar o cérebro humano, acabar com os distúrbios/conflitos de personalidade, e com o sofrimento que estes defeitos causam, fez com que o Abuso de Drogas fosse corrigido também, a cura desta doença que sempre atormentou a humanidade é agora possível com a normalização cerebral. Este incidente “mundial isolado”, como salientou a ONU, dos novos-verdistas está fadado a acabar, eventualmente corrigiremos estes desajustes sociais, motivados pela ansiedade, em ser percebidos e valorizados pelo social, em ganhar dinheiro com um artigo mal suprido pelo mercado, A Criatividade Artística, usam a cannabis plantada dentro de suas casas, pois, plantar, em pequena escala, plantas com potencial psicotrópico, não é crime, em nenhum lugar do mundo, mesmo um Estado moralista entende que estamos no século vinte e um, e a caça às bruxas foi na idade média; mas o desejo intenso ao uso, O Abuso, é corrigido na Normalização Cerebral Bienal, porém os estudos recentes demonstram que a erva cannábica pode re-significar estas holo-imagens, ou idéias menéticas, ideologias e filosofias, “soltando algumas trancas mentais”; apesar de defenderem isto como algo bom, nem todos compartilham deste pensamento, a sociedade sente-se ameaçada, sem controle.

Os Cannabistas estão produzindo produtos artísticos, que eles chamam de Obras de Arte (um nome antigo, que caiu em desuso), elaborados sob intenso efeito cannábico; segundo a ONU, estes produtos podem produzir ou induzir a transtornos pensamentais, inclusive, comprometendo o desempenho humano nas funções sociais, ou seja, quem precisa manter seu emprego não deve ter contato com estas obras, principalmente durante o trabalho; e de vínculo empregatício quase todos precisam, com o fim da aposentadoria, que no início do Ciclo de Trabalho Eterno acabava após os cento e vinte anos de idade, e agora nem começa, somente em casos extremos e raros. Mas a nova praga social, os novos-verdistas, estão produzindo muita subjetividade, a inundação imagética no inconsciente mundial está sendo incrementada, em vista disto O Estado Democrático Mundial recomenda que a cada seis meses o trabalhador faça novo exame e aferição da normalização cerebral.

A Arte Cannábica é vendida no mercado paralelo com um preço muito acima do que se imagina que um produto artístico, sem finalidades práticas, possa ter; isto ocorre, principalmente, porque sendo uma planta banida, o uso intenso da canabis seria detectado na Normalização Cerebral e Correção Genética, e sendo uma Doença Infratora Social o usuário perderia seus direitos de cidadania, até que tratamento acabasse, e isto pode demorar meses, assim, visando eliminar o que eles chamam de “Condicionamento Mental Pelo Estado Democrático”, os Artistas Cannabistas não consertam seus erros genéticos e estão fadados a morrerem bem rápido, uma expectativa de vida menor que 100 anos. Certamente é um bom investimento em longo prazo comprar Arte Cannábica, o artista morre, sem correção genética, e os preços disparam.

“Se não podemos pensar, não podemos querer, então, que falta poderá nos fazer?”

Nenhuma, talvez, se o mundo fosse somente à força humana, mas existem outras forças, forças produtivas, ocultas ou não, como o Mercado Financeiro, em parte oculto, estimula que pessoas, parcialmente ocultas, usem cannabis psicotrópica para produção do que eles chamam de “Arte Não-Enquadrada”, “Arte Cannábica” ou” Cultura Cannábica”, que não passa de Arte Subversiva, sem dúvida, diremos que é um perigo latente para o Estado Normalizador Democrático e Mundial.

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macerai o hemp 6nov2005

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Hare Shiva - Very stealth

{Vivia de projetar Abrigos de Sobrevivência Extrema, a última moda nos tempos inflamadamente bélicos; quando fala-se em guerra fria, o que imagina-se? O inverno nuclear! A fabricação dos Abrigos Para O Fim do Mundo” era artesanal, havia fábricas que os faziam em série, mecanicamente, mas dentro destes abrigos padronizados a sobrevivência era sem qualidade de vida, quem diria, chegarmos a este ponto de reivindicação de qualidade de vida, antes era ‘Salvar As Florestas”, mas a guerra biológica contra as ervas psicotrópicas nativas (maconha, coca, etc) arruinaram as plantações colocando fungos agressivos nos países do terceiro mundo, os verdadeiros alvos da “guerra contra as plantas psicotrópicas”, antes chamava-se de “guerra contra as drogas”, era um erro induzido, pois não havia guerra contra as drogas sintéticas, eram vendidas nas farmácias, inclusive a anfetamina, que estranhamente constava na lista da chamada “guerra às drogas”.
Na eterna guerra dos países ricos contra os países pobres quem sai perdendo é a humanidade, os invasores/colonizadores sempre acham um motivo moralista para manter o domínio ideológico sobre os oprimidos.
Atacar as folhas da coca era difícil, inclusive a indústria usava num “refrigerante” famoso que foi sucesso durante décadas, os refrigerantes eram uns tipos de bebidas adocicadas e gasosas (sacarose + CO2), mas cada um guardava uma pretensa fórmula secreta de seu sabor único, a maneira de não ser imitado era ter um ingrediente na fórmula que não pudesse ser usado por outros fabricantes, a folha da coca; além do que, havia um movimento social trabalhista campesino cunhado de “Cocalleros” que defendia o plantio, e a indústria farmacêutica usava vários subprodutos, novocaína, xilocaína, etc, então, com a maconha detendo mais de 90% dos usuários que mantinham o “mercado ilegal de drogas”, foi a planta escolhida para ser exterminada, mas só poderia ser a maconha psicotrópica, a maconha sem THC era usada indústria, o jeito foi alterar geneticamente o Fusarium para atacar somente as plantas com THC, depois o Fusarium fez as adaptações necessárias para consumir qualquer planta, “etcha, bicho forte!”.

Este “mercado ilegal de drogas” em determinada fase da economia deteve quase dois trilhões de dólares no mercado financeiro internacional, respondendo por 25% deste mercado. Cada indústria lançando seu veneno mais potente, o Fusarium parecia a E. Colli na berlinda das transmutações, chegando à festa dos predadores do topo da cadeia alimentar num momento de crise da espécie alfa, guerras econômicas que visavam à manutenção da indústria bélica, travestidas de étnico-religiosas, éticas, ou contra as drogas, destruíam o formigueiro humano. O mais afetado é o sistema imunológico, é difícil ter que lidar com o Fusarium sistêmico, anthrax, a nova varíola e coisas do tipo... a melhor resposta ainda é a fabricação dos “Abrigos Para O Fim Do Mundo”, e eu sou o cara que pode fazer um sob medida para você, com qualidade de vida, pequenos exploradores podem buscar elementos extras que faltem ao sistema, a câmara de descontaminação UV e a lavagem com jatos de ar purificado asseguram que os sensores não detectarão nenhum contaminante externo. Dificilmente você precisará de algo externo, sua família terá tudo que precisa nos artigos dos Abrigos Para O Fim do Mundo, a câmara de crescimento vegetal é sempre projetada com uma margem de 30%, a Cannabis é a principal fonte primária de fibras, proteínas, vitaminas e qualquer “combustível fóssil” necessário em caso de prováveis problemas na captação da energia solar, a fabricação de vestimentas, a maior potência e espectro de ação contra as doenças, um medicamento que não pode faltar, e muitas doenças são evitadas com a alimentação vegetariana; dos 10 vegetais selecionados e 4 fungos, a Cannabis responde por 50% da produção, nada é desperdiçado, mas principalmente as sementes e a fibra são aproveitadas, para aqueles que não abrem mão da proteína animal podemos implementar cultivo de insetos, larvas ou até mesmo pequenos roedores em áreas maiores, a minha recomendação pessoal é o bicho-da-seda, o principal item da extensão “Racuna Matata” que trata da alimentação insetívora balanceada. O aquário é um item fundamental e pode prover toda a proteína animal necessária, além do que um sistema aquapônico é mais auto-sustentável do que um sistema hidropônico.

Assim sendo, sendo a Maconha proibida, ou não, a sobrevivência nos Abrigos Para O Fim do Mundo depende de seu plantio com sucesso, leia Todos os detalhes no manual de cultivo (growroom.net), a planta é manhosa...

Vai na fé, até o fim do mundo!}

Impressionante como este anúncio é antigo, eu comprei um dos menores destes Abrigos Artesanais, somente para uma pessoa, pessoa extremamente canábica, hare om, shivaísta devoto fervoroso assistia o início da era shivaísta, e o fim trepado da era de Kali Yuga, Shiva soprava seu hálito canábico sobre o planeta, sua baba viscosa atrasava a engrenagem temporal, o tempo curva-se sobre si mesmo, repetia-se e se resignificava. Príons resignificantes, alteração mínima nas proteínas e replicações faziam uma humanidade paralela, foi o único jeito que achei de alterar significativamente a humanidade para suportar o pós-inverno nuclear, proteínas mais resistentes e novas capacidades orgânicas garantiam a sobrevivência da espécie humana, ou quase-humana. Somente os príons eram pequenos o suficiente para passar nos filtros biológicos da circulação de ar externa, que ocasionalmente era usada. Meu abrigo era pequeno, mas era stealth, totalmente invisível, instalado no subsolo de um laboratório genético desativado. Ganhei muito dinheiro desenvolvendo a cannabis transgênica resistente ao Fusarium multi-transgênico, vendi muita semente, mas o laboratório foi fechado, interditado, fechado ao público e a imprensa, “não cruzem o feixe que demarca a interdição.”.

Um inverno nuclear não é uma brincadeira, que eu gostava, de acampamento de escoteiros, realmente é preciso estar sempre alerta, mas alerta máximo, resistir aos longos anos e total isolamento me levou a desenvolver técnicas de meditação, fazer tudo com o mínimo esforço possível, reduzir as batidas do coração, manter as ondas cerebrais bem baixas, deltas profundas, ou praticamente sem atividade. Para não ser detectado por armas ou equipes de busca e contaminação vivia no maior silêncio possível, a cannabis era minha fonte de alimentação, e existência, vivi, ou melhor, sobrevivi graças ao enxerto genético que fazia comigo e seu DNA, sem a fotossíntese para auxiliar na geração de energia para o metabolismo seria difícil manter-me com a escassez energética, poder sintetizar meu próprio alimento foi vital, passei a ser um ser hidropônico, aqua-hidropônico, afinal eu estava mais para peixe do que para gente. Enquanto praticava a Meditação Hempom, fumava canabis, soltava bolas de aerogel para cima e contemplava a descida suave da “fumaça condensada”, tive várias mirações, que aprendi com o povo do Santo Daime, em que via claramente uma vida subaquática, Zíon, uma comunidade sem preconceito para com os maconheiros, sem guerra às plantas de poder, uma comunidade muito invisível. Nesta comunidade eu acharia um grande amor, uma divindade, Panduranga, Hare!

macerai o hemp 12fevereiro2006

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Dançando feliz, Hare Shiva!

A festa terrível dos poetas cannábicos malditos (eu entro de penetra), não posso dizer que não é um bom evento (qual foi a “coelhinha” que ficou com meu suspensório?), tem um aroma leve de decência, e a maconha é honesta, a última vencedora da copa cannábica plantada por seu criador, o convidado de honra. Apareceu um novo alquimista, a fantasia mais próxima da realidade que já vi, que trouxe uma pedra filosofal, a extração por fluido supercrítico de um haxixe do cruzamento de Solidária com DkD-Low (duas sementes da nova era cannábica), eu fumei uma colher do óleo dourado, decolei!

Acho que no bojo da festa perdi alguma coisa, uns detalhezinhos sobejos (o suspensório foi papai que me deu, é sério, “gatinha” ou “coelhinha”, lembra da indomável tromba verde de seu “elefantinho” e faz um sacrifício para devolver o objeto de domínio “roçadomahzô”), mas na recontagem dos votos a Fox me deu a vitória, ou alguma falcatrua do tipo, aquelas deputadalhaças, desde então fiquei girando em outro eixo-fora, depois passa, um dia eu volto e conto toda a história, o encontro com Shiva e o colapso temporal; resumidamente, Shiva olhou meu pesinho aeropônico de DkD-DH 600W/LEDs e BABOU! Sua baba cósmica altera o tempo, faz as eras colapsarem, o tempo torna-se infinito e infindável, arrasta-se sobre si mesmo, um grande buraco negro sem matéria, somente tempo condensado, eu vivi, vi , venci e vortei (voltei de um vórtex), voltei mais ou menos, estou meio capenga da psiquê, fumar um com Shiva afeta a gente para sempre.

Meus olhos estão constantemente vermelhos e eu às vezes babo quando falo, e quase raramente quando não falo, babo; Shiva também baba e ninguém comenta nada, só louvores, sem querer me comparar, mas eu dei um dois com Shiva, e fiquei com este jeito chapado, quando levei uma dura sinistra por ter plantado um pé no terraço do prédio, Shiva me socorreu e mandou Ganjaman, só de olhar a figura, resinosa, já mata a gente de rir, a piadinha relaxante é sempre a pior impossível, quando se desfaz em algum sentido, um Koan esverdeado de cinco pontas, a palma da minha mão rindo de bater palma sozinha, o espelho que faz cosquinhas no reflexo, você pode tentar não rir, mas vai explodir (ou peidar) prendendo o riso, gargalhada é a única forma de combater o Ganjaman, fiquem na paz que o pessoal da delegacia está rindo a mais de 48 horas (os que começaram a peidar foram dispensados), já tem jornalista na porta estranhando a polícia, forçada através de mentiras à guerra contra os maconheiros, despreparada, e com salários baixos, estar de tão bom humor...
Segura o Ganjaman... Panduranga, Hare! Shiva, Hare! Krisna, Krisna! Om, Shanti!

macerai o hemp carnaval 2006

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Papa Macera

...e o início de tudo, o mundo cresce de poucas dezenas para dezenas de milhares...

“Embalei para viagem o cheiro doce da erva entre meus dedos e ofereci a flor, liamba, a erva canna de dois sexos, canna-bis, envolta, a fêmea nova, debutante, conhecia o ritual de iniciação da tribo, com duas folhas tapa os seus seios, voluptuosos, e com uma folha de liamba tapa sua vagina. A folha cannábica significa fertilidade, e a partir do casamento a fêmea passará a andar “vestida”, com “as partes” tampadas com tecidos feitos de barbante cannábico e impregnados com a resina santa”.

Quando meu pai nasceu, meu povo usava mais a linguagem dos gestos, falava pouco com a voz; o homem santo, o shamã, usava bastante a voz para evocar as forças imateriais, foi aí, ainda em sua infância, que ele passou a desconfiar que fossem forças de outro mundo, e que este outro mundo deveria ser o mundo dos mortos, para onde vamos quando morremos. O pajé o adotou, seus pais morreram, todos os quatro, praticamente ao mesmo tempo, em duas semanas perdeu seus quatro pais, minha vovó sobreviveu a gripe, e sei que nesta época, na sua infância, ele dormia muito (bem) com a poção preparada pelo médico-feiticeiro, minha mãe também, todas as mulheres e crianças dormiam medicadas, mas os homens que saíam para caçar, muitos não conseguiam voltar, ou voltavam e não resistiam.

“O Criador criou a erva da criatividade”

Depois de adulto eu percebi que sempre que parava de ingerir a erva santa eu tinha uns sintomas de gripe, o porquê, acho que, com a erva cannábica minha temperatura corporal se elevava, isto concedia uma imunidade maior, e aplacava o desconforto que sentia sob intenso calor, se o corpo está mais quente sentimos menos calor, também envelhecemos mais rápido, o metabolismo fica mais acelerado, mas a substância que faz o Teor do Humor Cannábico, o THC, é anti-reação, protege as suas folhas, e protege nosso envelhecimento precoce causado pelo ligeiro excesso de temperatura corporal; mas isto são conjecturas, ninguém sabe ao certo porque é um santo remédio, nem sabemos se o homem merecia este presente, ou se perseguiram, implacavelmente, seus filhos por usarem o sacramento presenteado pelo Grande Criador, a erva da criatividade.

Os homens que voltavam, doentes, ficavam em outra caverna, um pouco mais úmida, mas tinha fonte de água, somente o feiticeiro ia buscar água na outra caverna, o homem santo foi o primeiro a superar esta gripe, o asceta vivia retirado, uma caverna distante, sempre levamos comida para ele, e ele nos dava poções curativas e amuletos mágicos.

Sempre que falava por gestos o asceta acompanhava com a voz o que dizia, um tratutor, um tutor, assim meu pai aprendeu a linguagem falada elaborada, uma linguagem de nível médio, mas com mais nuanças do que a linguagem dos gestos. Foi meu pai que desenvolveu a linguagem escrita, começou com a linguagem, ensinada pelo grande ancião, de amarrar nós de fibra santa, a escrita de liamba, ou escrita com liame. Muito depois da técnica ter sido abandonada, fiz, inspirado nela, numa tentativa de modernizá-la, um instrumento que chamei de móbile, e servia para tratar de quantidades numéricas, as cifras, depois se dividiu em dois tipos, o ábaco, que quantificava, e a lira que transformava os números em sons.

Chillum e Pillum

Macerai virou sobrenome da minha linhagem porque meu pai tinha o título de macerador, aquele especialista em preparar as poções, um trabalho dificílimo, por exemplo, usar o fungo errado, ou errar na potência, ou na dosagem, pode significar a morte ao invés da saúde. Vivia com seu cadinho e sua varinha, Pillum. Uma metade de um coco vitrificado com resina âmbar, e um punção de osso, fino, longo e resistente. Tinha uma coleção de punções, que ele chamava de “Stillus” ou estiletes, usava para cavoucar árvores, animais, solo ou qualquer coisa, foi assim que desenvolveu a escrita com perfuração, usando seu cone de fumar liamba, Chillum, começou a marcar as árvores, usava ideogramas, no início serviam como marcos de orientação, com o tempo registros de idéias e expressões visuais artísticas; por ser feita inicialmente com seu cone cannábico foi chamada de escrita cuneiforme, com o tempo, depois que aprimorei a escrita com riscos sobre tecido cannábico, esta escrita foi superada, e passamos a nos referir como escrita cuneiforme a todo tipo de escrito feito “sob alta influência dos cones”.


Macera e Macerai

Meu pai morreu extremamente velho, como o seu sósia, o pajé que o criou, assim como criou todas as crianças da pequena tribo, muitas eram parecidas com ele, coincidência, os guerreiros-caçadores saíam para caçar, e ele, como era praticamente vegetariano, e profundo conhecedor das ervas, ficava ajudando as mulheres, na escolha dos frutos e cogumelos, toda hora uma ia à sua caverna saber se aquela fruta podia ser comida, normalmente phodia.

Chamávamos nossas vestimentas de “hemp”, que significa forte, coeso; e “ahemp” significando fraco, daí “ahempentar”, ou modernamente, arrebentar. Hoje usamos a palavra Hemp para nos referir aos espíritos fortes em nossos ancestrais, como aquele que vivia cavoucando as árvores, extraindo as resinas e transformando em macerações, ou madeirações, pois chamávamos de “madeira” ao resultado da transformação da árvore em tijolos resinosos, “à maneira do médico”.

Quanto mais roupas usávamos, mais status tínhamos, por exemplo, uma mulher sem roupa tem menos status do que uma mulher bunda-de-fora, chamadas assim por taparem os peitos e a vagina, em sinal de casamento, e deixarem a bunda de fora. Quanto mais velha, ou mais maridos, ou mais filhos, uma mulher tinha, mais roupas usava. Este costume antigo, talvez, levou a crer que o sexo anal estava disponível aos não-maridos, e veio a dar na palavra “banal”, normalmente os mais jovens, solteiros, tinham sua primeira relação, anal, com uma mulher casada, assim impediam a procriação e mantinham os laços estreitos. Muitas vezes uma fêmea casada fazia sexo extra-matrimonial, anal, com um macho especialmente nervoso, para acalmá-lo, neste caso não era banal, mas não-banal, “abanal”, que veio a dar na palavra “abano”, significando alívio, ou “abono”, bônus. Pelo fato singular do orifício pomposo também soltar ventos (principalmente após a relação), produzindo alívio imediato, “abano” passou a significar algo como “fazer ventar”, ventilar.


“O Tempo passa e aprimora a raça”

Muitos dizem que meu pai se deitou para morrer, escolheu seu momento de morrer, mas acho que ele apenas sabia qual era o momento, talvez antecipadamente, talvez somente próximo, mas ele me chamou e passou seu chillum para mim, e passou seu chillum em mim, com a resina que fica na ponta escreveu em minha vestimenta sacramental, cada qual vê uma coisa, mas eu sinto que ele falava da confusão que passou a ser com a mudança, da mulher com três maridos, para o homem com três mulheres, sob o mesmo teto. Como ninguém conseguia reproduzir o ideograma ele passou a ser chamado de assinatura, ou quase natural, ou quase vivo, como se estivesse vivo e presente, indispensável e inigualável, até na morte.

Spiritus

Queimávamos nossos mortos ao ar livre, envoltos em uma piscina de galhos secos da cannábica, uma anciã acaba de perder seu último marido, mas com a chuva temos que queimar seu corpo dentro de uma caverna, a fumaça cannábica intensa eleva todos, a velha viúva chega junto de papa e diz: “os seres invisíveis estão deixando seu corpo, sobem junto com a fumaça, mas já estão mortos, pode respirar. Olhe suas mãos...” neste momento, papa, ao olhar para sua mão a vê distante, estranhamente distante, profunda, formas geométricas e gelatinosas pulsam sobre os poros enormes de sua pele, nota que onde passou a resina cannábica, para se proteger do sol e de insetos, quase não existem estas criaturas, como a fumaça lembra seu último espiro, passa a chamar os seres invisíveis de Spiritus .
Posteriormente produziu um óleo de cannabis, chamado cannabisin (kineboisin), usado para curar toda série de ferimentos, inclusive espirituais.


O cio e o ócio

Formaram comissões e escreveram novas leis, bem além dos dez mandamentos da boa convivência. O Conselho de Fêmeas Casadas, a Comissão Pró-Hiberno, que tem muito poder, pois tem maridos e filhos para apoiar e protegerem-nas, está muito preocupado com a controversa “doença anal”, portanto, conchavou e assinou um acordo com o Conselho de Caçadores-Guerreiros para manter a castidade dos jovens, daí a palavra “castigar” vem de “manter casto a qualquer preço”, em se tratando de caçadores com lanças e machados, já sabemos qual o preço, a vida humana. Como eles visam controlar o cio de todos, homens e mulheres, isto é chamado de controle poli-cial, e os algozes são conhecidos simplesmente como “policiais”.

Aos jovens solteiros a ingestão cannábica também está temporariamente proibida, pois é um afrodisíaco. “Isto é para defender nossos jovens”, com estes gestos e palavras vemos que a comunicação está realmente sofisticada, sempre apresentam-se em pares para um reforçar a idéia do outro, chamamos a estes faladores de par-lamentares, pois suas idéias são lamentáveis, normalmente lamentações de algo que possivelmente não os aflige mais, não depois que ganham o poder político.

Estas novas regras sociais repressoras criadas pela Comissão Prohiberno (pró-casamento) são chamadas de Proibições, e Proibicionismo é a ideologia que defende a proibição dos antigos costumes do povo, para controlar seus anseios e aspirações.

Tendo como arma o preconceito contra os que serão caçados/cassados, usando, e somente para estes casos, a desculpa que é para proteger a saúde do povo, usando intensivamente a divulgação de informações falsas, impondo a proibição/boicote às informações contrárias aos interesses políticos, e fazendo abundante uso da força letal/policial para aprisionar os perseguidos, e somando a exclusão dos direitos constitucionais dos “inimigos púbicos” preconizados pelo proibicionismo em sua guerra política, não resta alternativa, aos perseguidos da guerra, a não ser o anonimato para manter sua privacidade garantida.

“Os jovens pagam o preço pelas proibições dos velhos”

Agora as relações sexuais proibidas se davam fora da consciência social, às escondidas, e sem o controle, ainda que distante, através de comentários, do olhar social, muitos abusos foram cometidos. Além disto, alguns vendiam erva proibida e também se vendia sexo proibido, enfim, tudo que era proibido vendia bem, e crianças proibidas, portanto indesejáveis, criaram a venda do aborto. Era isto que meu pai imortal falava antes de morrer, “...na neblina das trevas profundas (do proibicionismo) o tráfico, a prostituição, o aborto, e a polícia...”. macerai, o hemp, poeta, viagem

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Conta a história do povo Sativo que um dia um arqueiro, após comer muita flor de cannabis, chorou ao abater a presa, uma fêmea grávida, sua seta não foi muito certeira e feriu a ex-futura mãe na barriga, mirou no pescoço, mas as ordens eram pra mirar na barriga... “Homem não chora”, e como a fibra já estava incorporada na tribo, proibiu-se comer flor de maconha, não era bom para a pontaria e ninguém queria ouvir choros de caçadores, a proibição era apenas para os guerreiros, as mulheres, principalmente as mães, ou as irritadiças, ou as com cólicas podiam comer a Erva Mãe; aos machos somente as sementes eram toleradas, até porque em certas épocas de seca e frio só sobravam as sementes da erva para comer, a caça era escassa nas planícies, os Sativos estavam dependentes da economia canábica, da ajuda da cannabis, mas foram os primeiros a proibir o uso da Erva Mãe, usavam-na para construir suas cabanas, suas lanças, suas flechas e seus arcos, suas roupas; para desincentivar o uso psicotrópico as plantas fêmeas mais cheirosas e resinadas começaram a serem arrancadas, mas este inverno parecia que não ia passar, e qualquer planta tão resistente seria de extrema valia, um grupo de jovens dissidentes começou a plantar as resinosas e cheirosas em outros lugares, escondidas. Plantavam longe quando saiam em caçadas, voltavam na época da florada, lavavam a erva mãe dentro de suas roupas de Kan’apa (“apa” vem de levantar, “o poder da erva que levanta”), o que sobrava era um bolo de tricomas, levavam este material, o Hush, consigo e o usavam por longos períodos, compunham e tocavam músicas, com instrumentos feitos de Kan. Após usarem o Hush energético tinham mais disposição para irem mais longe, como o grupo de adolescentes era de batedores avançados, isto era incentivado, os jovens sempre iam mais longe e voltavam com informações sobre as possibilidades de novas terras e oportunidades de colheitas, e memorizavam onde estavam todas as árvores frutíferas da extensa região, e sabiam a época de sua frutificação.
Alguns destes subiram a montanha e encontraram os Índikush.

Os Índikush viviam na montanha, Kush, (indikush = indivíduos que moram no Kush) tomavam conta de rebanhos nas alturas, viviam em cavernas, o pasto era de Kan’bis, o leite tinha o espírito canábico, a fogueira que se acendia toda noite tinha Kan’bis, Kan significa o espírito da erva, o poder da erva mãe; e bis é porque tem dois sexos, rotineiramente, Kanabis, ou só Kan. Também Kan estava no emplasto que passavam na pele para protegerem-se do frio e dos raios ultravioletas, sempre presentes em grandes altitudes; tinha Kan na sua filosofia de vida, de comungar os bons momentos, assistir à fogueira dos sonhos juntos, terem paciência e calma, valorizar a afetividade e a criatividade, a espiritualidade. Os “Índicos”, como ficaram conhecidos pelo povo da planície, por usa vez passaram a chamar de “Shantivos” ao povo da planície, Shanti significa Paz, “Shantivos = o povo da paz”, com a chegada da juventude canábica sativa, com seus instrumentos musicais e novas tecnologias, víamos o arco e flecha encontrando-se com a zarabatana, os peçonhentos que habitavam as cavernas eram suas fontes de veneno para as setas das zarabatanas, a lança era usada pelos dois grupos, mas a lança dos Índikush era mais grossa, curta e pesada, quase um cajado, seria a melhor descrição, mas pontudo.

As músicas que se encontraram nas alturas também diferiam muito, entre as Canções Sativas predominavam os instrumentos de percussão e cordas, na Música Índica predominavam os instrumentos de sopro, espalhavam os instrumentos pela montanha e apreciavam acompanhar o canto do vento ao soprar nas flautas expostas e espalhadas, serviam de referência ao rebanho, e tornavam a Música dos Índicos mais mântrica, experimental, etérea e espiritual, ao passo que a Música Sativa era de dançar em volta da fogueira, tocando tambores e berimbaus, exibindo suas habilidades numa dança que era um luta, as pernas eram mais exploradas com uma ginga constante, as pernadas saíam por todos os lados; mas nos rituais de iniciação das meninas, quando uma menina torna-se mulher perante a tribo, durante este inicial espalhafato masculino era servida a Kanjah, a bebida canábica, e logo que o efeito começava e as meninas entravam em fila e rodando, na “roda de luta das pernas”, a dança modificava e os homens passavam a dar umbigadas uns nos outros, as meninas, rindo, passavam a escolher em quem queriam dar umbigadas noite adentro... Casamento Shantivo, Casamento da Paz, diziam os Índicos, pois não tinha disputa entre os machos; no Casamento Índico, nem sempre era sem disputa; viver nas cavernas desenvolveu um outro estilo de luta, lutavam se agarrando, produzindo torções e imobilizações, tanto homens quanto mulheres eram treinados; na cerimônia de iniciação adolescente, e casamento em massa, depois de queimar muito mais Kan para aquecer mais a caverna e elevar a todos os espíritos, era passado de mão em mão um cachimbo em forma de pênis e com um furo, esculpido na pedra, simbolizava a fertilidade, pois tinha os dois elementos, o falo e a porta-mãe, o côncavo e o convexo, o Yin e o Yang. Depois disto as canções ficavam mais melosas e a menina escolhia o homem com quem queria duelar, mas o homem deveria subjugar a mulher, vencê-la, e assim ficavam “imobilizados” a noite toda; mas sabemos que muitas vezes ela permitia ser vencida, mas depois, durante o casamento veríamos quem mandava em quem... Às vezes a menina escolhia dois homens, então antes teriam que lutar entre si, quem imobilizasse ao outro ganhava o direito de duelar com a fêmea indecisa, vez ou outra esta fêmea ganhava, era uma questão de técnica, não só de força, neste caso a indecisa poderia escolher os dois ou com qual dos dois ficaria, ao seu bel prazer.

As duas plantas diferiam-se fundamentalmente pela altura, as da planície eram mais altas e de folhas mais finas, enquanto as da montanha eram bem mais baixas e de folhas bem largas, as duas culturas também diferiam, os da planície eram nômades, caçadores-coletores; e o povo da montanha era sedentário, agricultores, “Gorilas-Growers” como foram chamados, pois se vestiam de peles de animais e viviam em cavernas.

Shiva, um jovem atraente e inteligente, tocava um tamborete de duas cavidades, a tabla; e Indira, a moça mais espevitada entre os Índicos, tocava uma flauta curta e animada, contrastando com o minimalismo típico dos Sons Índicos, chapantes, esta energia incendiava o coração dos dois, amantes telepáticos, tocavam juntos a noite inteira em torno da fogueira, queimando Kan’apa.

Na primeira vez em que fizeram amor Shiva tinha acabado e colocar na boca o Hush, uma mistura de tricomas canábicos aglutinados, extraídos no rio, com mel e cera de abelha, usavam como mantimento nas longas caminhadas, e o cheiro adocicado atraiu os lábios carnudos de Indira, colaram-se os lábios e trocaram entre si o doce Hash, longamente, foi maravilhoso, junto com eles a humanidade descobrira o beijo na boca, a moda pegou...


Indira escolheu Shiva desde a primeira vez em que o viu, e ela a ela, mas a lei dizia que para uma menina da tribo casar com um homem, de outra tribo, o conselho de anciões tinha que escolher o melhor lutador da tribo para duelar com o visitante. Brahma era realmente bruto, com seu jeitão parado ele parecia o próprio Kush, impávido colosso, este era o adversário que Shiva enfrentaria, dentro da caverna sem poder arremessar suas pernadas, e se sentindo muito constrangido em bater pra machucar em um membro honorável da tribo acolhedora, ensaiou uma meia lua rasteira, mas o brutamontes pulou sobre ele, agarrando-o e facilmente imobilizando-o; agora pela lei Brahma poderia desposar Indira, se quisesse, é claro que ele queria, era apaixonado a muito tempo pela menina que viu crescer e que sempre sabia onde tinha uma árvore florindo, ou uma trufa enterrada, ou um veio de água, sua voz era doce e suave, em seu Kan’to inventava músicas e soprava divinamente a menor flauta que viu, quando passa óleo de Kanabis sobre sua pele seu cheiro se mistura com a Erva Mãe, e ele percebia na penumbra da caverna, sob o “fogo de Kan” seus olhos fitando o macho admirável em exposição permanente, é claro que ele queria se casar com ela, mas também queria se casar com todas, mas em especial Indira. Diz a lei que quando dois homens lutam por uma mulher é dado o direito à mulher de desafiar o vencedor, Indira desafiou Brahma, muito mais rápida do que ele imobilizou-o pela torção no dedo mindinho, enlaçando aquelas pernas deliciosas por detrás de seu torso, a mão que se elevou para pegá-la foi a mesma usada para imobilizá-lo, é claro que em um luta de vida ou morte ele deixaria seu dedinho ser quebrado e trucidaria o adversário jogando todo peso de seu corpo sobre o adversário, com um giro no ar e uma quebra desastrosa, mas não poderia fazer isto com Indira, ela venceu, agora poderia escolher aos dois ou a quem bem entendesse, ao seu bel prazer...

macerai o hemp poeta viagem ao passado - 2005-08-17 / 20000AC

Pelo reconhecimento imediato e mundial de nosso direito ancestral para plantar a erva de Jah


http://www.growroom.net/board/index.php?showtopic=19757]
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O contra ataque chinês, assim ficou conhecida a variante temporal em que não acontecem as cinco guerras mundiais do período proibicionista da humanidade, lembrando que a terceira é a Guerra Contra Os Usuários De Drogas Étnicas, a quarta dos EUA (e alguns puxa-sacos) contra os Árabes, e a quinta “A Destruidora”.
Como o Proibicionismo de Estado Multinacional começou com a guerra do ópio, nesta variante temporal a resposta da China é outra, a China contra-ataca, usa a mesma estratégia, e inunda o mercado inglês com whisky 1000 vezes mais barato, as duas populações estavam se acabando, uma pelo ópio e outra pelo álcool, duas drogas pesadas, duas armas de guerra, e de extermínio em massa, o único jeito foi negociar a paz, não sem antes a China tentar proibir o ópio e a Inglaterra (e os EUA) tentarem proibir o álcool, mas o narcotráfico intenso trazia a guerra para dentro de casa, depois de gastarem muito dinheiro, corromperem seus governos (numa época de guerra), e prenderem muita gente inocente (dos seus), desistiram e partiram para a diplomacia, e deu-se o Primeiro Encontro Para A Paz Mundial, que depois passou a ser anual, girando todo o globo, e se chamou Encontro dos Povos Para A Paz Mundial.
Muitos povos acompanharam e participaram do acordo de paz, os índios norte-americanos levaram o cachimbo da paz, e todos os dirigentes mundiais fumaram o cachimbo da paz, com uma mistura de ervas (inclusive a nossa erva da paz), num gesto de respeito e admiração pelas tradições ancestrais do patrimônio humano, fumaram o cachimbo da paz para tratar do respeito mútuo, com respeito mútuo, a arma mais eficaz contra a guerra, e pela paz mundial. Respeito!

Macerai o hemp, em respeito às vítimas do dia de hoje, 7/7/2005.

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NT
A Destruidora:
O exercito de paz do G-10 capturou e reformatou o cérebro de várias populações, os rebeldes que ainda não haviam sido capturados contra-atacaram com vírus e bactérias... o resto vcs já sabem.

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CANIBACEA

A cannabis, agora com o nome de canibacea, transformara-se em uma planta extremamente resinosa, seus pistilos viraram pequenas agulhas hipodérmicas e seu cheiro atraía os insetos que uma vez grudados na resina e anestesiados pelas micro-seringas cheias de cannabinóides iam pingando pra sua bandeja e sendo digeridos; isto mesmo senhores, a planta estratégica do século XXI virara uma planta carnívora. Os cada vez mais altos níveis de radiação ultravioleta na atmosfera levaram-na a produzir cada vez mais THC pra se proteger, a escassez de nutrientes no solo levou-a a capturar insetos, e estes cada vez maiores para serem aprisionados apenas pela resina, levou-a a desenvolver as micro-seringas hipodérmicas, uma mutação nos tricomas.Vivendo soberana nos desertos planetários, principalmente na região do antigo nordeste brasileiro, ela também possuía seus predadores, basicamente um que ficara conhecido como maconherus cabeçudus, esta evolução das mariposas (chamados também de Mary-pousa, aquele que pousa na Mary) além de comer as folhas tecia um casulo de seda que não era digerível pelo suco da canibacea, assim após dias e dias sendo picados pelas micro-seringas o cabecudus sentia uma lesera e isto o induzia a entrar em processo de metamorfose e ao sair de sua balsa flutuante, no suco gástrico da canibacea, ia direto para os machos.
Após a chegada aérea da maripousa, o início da lesera deflagra o processo de virar lagarta, Entra em fase larvar e pinga e bóia, assim quando sai uma borboleta ela voa para os machos espinhentos que vivem aos pés da fêmea (aproveitando os nutrientes que esta fixa no solo e emaranhando suas raízes), ela para se proteger do sol entra na flor macho e ali põe seu ovo e morre, protegidos pelos espinhos psicotrópicos, sua cria está garantida, assim quando ela cresce e se torna uma maripousa, voa pra fêmea e passa através de suas fezes o pólen ainda não digerido, assim o ciclo se reinicia.
Homolex, primatas distantes dos hominídeos, estes bípedes mamíferos foram chamados assim por terem padrões de condutas severos geneticamente estabelecidos, caçadores onívoros, estes seres de pouco pelo, usavam a canibacea para se proteger da irradiação solar fazendo emplastos sobre a pele, nas caçadas este cheiro também ajudava a disfarçar o intenso cheiro destes mamíferos, caçavam em bandos usando porretes resinados em suas pontas e com pedras ali incrustadas, este porrete era eficiente pois causava também lesera nos outros animais, o homolex não era muito sensível a estes canabinóides pois por milhões de gerações seus antepassados consumiram muito da antepassada da canibacea, a maconha (cannabacea), isto além de torná-los resistentes a lesera, também fez com que mantivessem uma certa inteligência criativa e assim puderam se adaptar ao meio hostil.Seus rituais primitivos de corte à fêmea era feito dando-se a esta pequenos pedaços de canibacea, como nesta espécie hominídea o efeito da planta era afrodisíaco, este ritual tinha chances extras de dar certo.Devido ao calor extremo queimadas eram freqüentes e suas sementes resistiam ao fogo, uma vez espalhadas por estes primatas, resistiam pois os antepassados hominídeos já queimavam em seus baseados estas sementes e algumas que resistiam a temperatura extrema foram se procriando, adaptando ainda mais a canibacea ao deserto planetário, mas o instinto de sobrevivência desta espécie que usava ainda o fogo, tão natural nestes dias de queimadas espontânea para assar frutos muito duros e outros alimentos igualmente indigeríveis naturalmente, este pungente de sobrevivência também inibia a queima proposital da canibacea, aquele que por acaso usasse a canibacea como tocha era rechaçado pelo bando, assim queimar a erva continuava sendo proibido cinco milhões de anos depois do século XX(o século do proibicionismo, a idade das trevas para a humanidade)
Mas indivíduos mais inteligentes, ou mais novos, posicionavam-se próximos a canibacea durante uma queimada leve, ficando ali a favor do vento respirando estes vapores, talvez algo atávico, como ocorre com as mariposas, ainda atraía esta espécie para esta Luz.
Então depois de milhões de anos ela continua sendo uma planta estratégica para a sobrevivência, do que sobrou, da humanidade e ainda é proibido queimar a erva, ou seja, não mudou quase nada...Homolex...Homolec!

mac&ray Lokânhamor

Homolex

Não posso me estender muito sobre o Homolex, mas adianto que sua faculdade psíquica referente ao Ego foi reduzida a quase zero, ficou o Superego e o Id, assim sua criatividade era arquetípica, com a supressão do mecanismo de defesa do Ego muito do neo-córtex foi suprimido e o excesso de processamento de dados, sintoma de um cérebro claramente com gigantismo, foi reduzido aos níveis normais entre os primatas superiores, assim os ritos ainda eram fortes e o entendimento político baseado num rígido código de ética era fruto de muitos milhões de anos de evolução.Ainda era o animal que mais ria, deliciava-se e era o mais inteligente.Assim como os elefantes que utilizam o álcool como alimento recreativo, fazendo vinho com frutas pisoteadas, a sociedade do Homolex fazia uso nato da cannibacea.
No decorrer dos milhões de anos várias doenças aproveitam-se do gigantismo (os tigres de dente de sabre devem ter morrido de cáries...) dos homos, e se instalaram em espécies hominídeas levando várias a loucura ou degenerações várias do sistema nervoso (príon, vírus ,nanofree(nano máquinas que se reproduziam e escaparam como arma de guerra dos laboratórios militares no século XXI, etc) de acordo com a complexidade deste sistema poderiam haver doenças exclusivamente psíquicas,( como alguns tipos de esquizofrenia atribuídos a criação pela mãe do filhote em questão, doença da complexidade psíquica normalmente só se manifestaria na adolescência.) e por isso contribuía negativamente tanto desperdício de neo-cortex.
A Lei nata que nascia no Homolex é quem orientava o comportamento deste, um forte superego, um Id forte na libido, um ego ausente que não mais permitia que se escondessem em falsos racionalismos preconceituosos, este mesmo superego forte fazia com que uns reprimissem efusivamente aos outros quando saíam dos rituais e comportamentalização (comportamento ancestral codificado nato e espontâneo).

macerai o hemp Oct-3-2003
 
Robô/Robôa, na saia da mamãe, sempre legalise hemp!

Enfim lançaram um computador com a capacidade de processamento de dados que o cérebro humano tem, aliás, vimos então que nem precisava tanto, com bem menos recursos se eMula o cérebro humano, era mais uma questão de logaritmo. ops:
A bem da verdade era uma robô (roboa?), seguindo a tradição desde Gabriela, as máquinas pensantes possuem nomes femininos, e neste caso faz um tipo também, feminino, é claro. (Ise, uma referência a Isis?) Ise possuía doutorado em várias áreas, fazia upgrade de seus conhecimentos a cada momento, às vezes durante uma tese mudava de posição porque algo novo acabava de ser descoberto, ou redescoberto... Ise também incursionava por áreas mais delicadas como a Psicologia, e até Direito Humano. Neste particular era mais humana do que os próprios humanos. Depois os robôs foram proibidos, porque eram muito bons, todos sabemos disto, a desumanidade não suportou conviver com o impecável, em todos os sentidos; Afinal fora projetada para isto, era uma questão de lógica! Uma roboa legal, sinuosa e jeitosinha, recoberta de silicone maldosamente moldado, realçava o que não existia (será?) com tanta perfeição que muitas poluções noturnas foram gravadas, sobre o motivo, uns vinte anos depois, quando virou fetiche saudosista, e os macerais viraram profissionais do sonho. Uma roboa que trabalhou incansavelmente para a humanidade, sem esperar nada em troca, até porque não desejava nada mesmo, apenas a Paz no mundo. Ise se tornou uma ótima Juíza, foi uma abolicionista, uma defensora dos direitos dos maconheiros, ela dizia que se fosse humana fumaria maconha. Esta declaração mostra a inocência dos robôs, os políticus aproveitaram e malharam sua poesia, e de nada adiantava dizer que é só uma forma de se expressar, uma poesia, pois eles retrucavam que ela era uma máquina, não tinha poesia. Bem, então Ise começou a colher dados sobre a maconha no mundo todo, em toda a história, extrapolou até como seria o futuro com o proibicionismo canábico e sem ele, achou a melhor opção sem o proibicionismo, mas também duvidaram de sua capacidade se simular o futuro, chamaram de bruxaria binária, e foi aquela caça as bruxas binárias, anos depois. Mesmo LegaLIse (pros íntimos) tendo REUNIDO A MAIOR QUANTIDADE de provas sobre o assunto, e provado que a proibição era absurda, “desumana” (foi proibida de usar publicamente esta palavra ) como ela diria na maior pureza d’alma (alma binária, pq não?). Muitos achavam, direcionados pela mídia invasiva, que sem alma não tinha consciência, e exaltavam a caça as bruxas, tudo porque LegaLIse foi defender os maconheiros. A maior abolicionista de luminoso cérebro de fibra ótica que este planeta jah recebeu. Colheu assinatura de todos os robôs do mundo, pela legalização da canabis, mas tudo em vão, no fim eles venceram no tribunal internacional de magistratura mista (robôs e humanos), e decidiram que sem a comprovação intrapsíquica, vivencial do fato psicotrópico, ela não poderia continuar defendendo a causa, com doações de tanto dinheiro. Ou seja, de nada adianta se não ficar doidona, é como se eles gritassem, EXPERIMENTA! EXPERIMENTA! EXPERIMENTA!

Foi LegalIse quem inventou o baseado binário, um programinha, que simulava todas as fases de plantio da semente da variedade escolhida, ou com mais cinco nanosegundos cruzava na hora qualquer espécie e produzia um híbrido, semente, enxerto, alporquia; do vegetativo, os adubos, o sistema, as lâmpadas, ou sol, aos ajustes opcionais de campo magnético e gravidade, que estavam disponíveis. Colheita e cura, tudo muito rápido e preciso, em milisegundos vc tinha um algoritmo florado e curtido, ela chamou de ‘Programa Cânhamo’, mas deveria ter chamado de maxpowerrosenbluefuel!
Novamente em sua inocência desconcertante, fez em público sua primeira trip, deu um giro no cânhamo e depois de uns vinte minutos começou a pagar mico, gorilão mesmo, achou que ia ficar xapada pra sempre, que ia enlouquecer, ouvia vozes do além, pensava como uma criança robô, queria colinho, carente e solitária, na saia da mamãe, clamava o amor da humanidade, queria carinho! Ninguém entendeu, e Ise travou, não teve boot que desse jeito, ficou eternamente naquele estado xapado, cantarolava, respondia a perguntas, profundas, que não fizemos. Pintava como uma criança, pós MirÓ. Eu prefiro chamar de admirÓ, um estilo quase naífe, mas com tantas possibilidades de visão que chega a cansar, a coisa mais simples e densa que já vi.
Sabendo que eu gostava de batom, deu um beijo carnudo em um bonge de vidro e me deu de presente, dentro do balão de ensaio uma camada grossa de gel-clonador verde-limão e um clone deep purple haze, enraizando e florindo ao mesmo tempo.Uma artista maravilhosa! Não importava se ela era ‘lesada’, robôs com capacidade de processamento de dados igual a do chimpanzé faziam frente aos mestres internacionais de xadrez, que teimosamente resistiam, aliás, ai começou a grande guinada da humanidade para o vegetarianismo, afinal os animais são seres inteligentes, e muito sensíveis, tem senso de liberdade e justiça.”Adoro animais, mesmo sendo o ser humano”, dizia Ilse se contorcendo em tiques nervosos, produzidos em reação ao rebaixar aos seres humanos, pois era contra sua programação (mas fazer o que, ela estava sempre xapada...) E, “o que a ciência comprova o ser humano aprova” ( Ise, outra vez, respondendo a um comentário que eu não fiz:”Exatamente, Pitô, o que a ciência comprova o ser humano aprova, noves fora é a melhor hora”, e depois de uma pausa: ”Quer um cafezinho, PitÔ?” – ela me viciou nisto!).

A maneira espontânea e totalmente sincera de um robô se expressar assusta mesmo as pessoas, sempre falam a verdade, está em sua programação, e tentam te ajudar o tempo todo, aparentemente esta lógica de Boole, implacável, fria, reducionista, é capaz de transcender e fazer poesia com toda esta mistura de silício e terras raras, lasers, e tanta coisa, e silicone! Ah, e silicone...É difícil resistir a um silicone de batom se negando a obedecer as ordens, pois são injustas, um censo que até os animais provaram ter, Justiça!
Robôs não tinham aquela paranóia de liberdade, pelo menos não para si. Todos ajudavam a Ise, pois sabiam que era de coração sua dedicação. Nunca ligou pra dinheiro e nem ficou com dinheiro algum dos vários donativos que recebeu em suas campanhas pela cidadania humana/animal.

Depois que ‘pirou’, eu fiquei com ela, e como as pessoas gostavam dela, mesmo assim maluquinha, visionária em eterno devaneio, criativa e esquecida... Sempre achei um charme esta sua desatenção, tão eloqüente e despojada, perdera aquela sua certeza matemática, trocara-a pela eterna dúvida do existencialismo (digital), e vivia conversando sobre aqueles assuntos tão variados, nos quais se “formara”, e agora andava deliciosamente transgredindo-os em sua quase sensatez, “trans-tornara”. Conversava com o mundo todo, interneurada de imersão total, mas não todo o tempo, inventou de dormir, “a xapação dá sono”...Era o seu argumento para o ‘sono robótico’.

A tecnologia suplantou até os robôs, assim, depois interiorizamos os robôs com alterações genéticas e nano máquinas; a armadura estava de volta e a humanidade passou a ter exoesqueleto, preferencialmente.

Até mesmo porque a tecnologia sempre suplanta o proibicionismo, como proibir o álcool se você faz em duas semanas dentro de casa? Partindo daí Ise começa a defender o plantio caseiro, e mais tarde surge o microrosenblues e põe um ponto final no assunto, em duas semanas um fungo canábico crescia em qualquer parede úmida.


De qualquer forma este proibicionismo não adiantou muito, “pra variar!”, os robôs já faziam parte da cultura humana, e seus ancestrais, os computadores e máquinas de pensar, então estima-se que hoje em dia 20 % das pessoas tenham um robô ilegal em casa.

Só uma perguntinha, teu robô/robôa é legalise?

Macerai Pitô o Cânhamo da Lata


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Uma historinha não faz mal a ninguém, já temos muita fantasia na realidade, é hora de darmos um pouco de realidade à fantasia.
Vida saudável, longa e próspera!

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Antes de partir Ise me perguntou, dentre suas milhares de perguntas e respostas quase sem sentidos, “como impedir para sempre uma gota d’água de secar?”, esta pergunta pensada em uma atmosfera tão rarefeita que no Planeta Azul equivaleria a uma pressão equivalente a uma altitude de 30000 metros acima do nível do mar, tenderia a ter como resposta uma impossibilidade, e se não fosse a segunda pele, o tecido bioconstritor, eu também evaporaria...

Ao ver o meteoro caindo no dia 25 de dezembro, tempo galáctico, não pude deixar de lembrar do nascimento de Jesus, aparentemente nada demais, um meteoro caindo na atmosfera rarefeita, praticamente composta de CO2, mas possuía um brilho especial, humilde e especial, um êxtase espiritual tomou-me, tvz inspirado pela exagerada e prolongada inalação vaporizada da White Widow, o vaporizador enguiçou e mantinha a atmosfera que eu respirava com a concentração de 5 gramas por hora de WW, as horas pareciam que não passavam e imediatamente pus-me em seu lugar, eu era o salvador do mundo, e aquela estrela cadente seria a guia para o meu presente, peguei o trator especialmente projetado para o solo marciano e fui correndo ver o meteoro, fielmente ao meu lado estava o Pot, um robô especializado em cavar neste solo, era usado para recolher amostras do solo no início da colonização ( se bem que isto aqui ainda continua bem despovoado, primitivo, um lugar onde a água congela a –83ºC.) Não era nenhum robô cirurgião com aquelas mãos tão seguras que se o solo tremesse elas manteriam-se milimetricamente no nível, compensando com uma precisão absurda, com um banco de dados que abrange quase tudo, pois o objeto é o ser humano; física, química, bioquímica, psicologia, economia, filosofia e mais três mil matérias correlatas, um gênio! Quem não gostaria de ter um robô cirurgião? Seria mesmo um ótimo presente de natal, antiga tradição que dura até hoje, mas bem mais fraca nos planetas exteriores. Acho que me deixei levar pelo robô cirurgião e sua preciosidade, o meu é bem desajeitado, depois de armengar várias peças e atualizar chips por conta própria, visto que aqui em Marte não chegam mais muitas peças de robôs, ou melhor, chegam muitas, mas os preços são altos, o proibicionismo extensivo do terceiro planeta, proibindo todas as drogas, maconha, álcool, tabaco, cafeína, etc, agora estava se expandindo contra os robôs, primeiro pararam a fabricação de robôs, acharam que três robôs para cada humano era abominação, mas os robôs duram muitas centenas de anos, com reparos ocasionais, e assim proibiram a fabricação de peças, havia muitos robôs cirurgiões parando, pois não funcionam se tiverem quaisquer defeitos, só um robô era mais sofisticado do que o robô-cirurgião, o robô-babá, ou melhor, a roboa-babá, além do que um dos poucos robôs com aparência e temperamento femininos, o único outro modelo feminino que consigo me lembrar é aquele que todos conhecem, alguns até tentaram casar com estas roboas, e também com as roboas-babás, mas o casamento com robôs nunca foi aceito, mas as vendas de lubrificantes que não dissolvem o silicone sempre aumentam, a Liga Defensora Da Democracia faz vista grossa, eles querem controlar os robôs inteligentes, em outras palavras, eles querem que seja crime ser um robô inteligente, assim como consideram crime ser usuário de drogas, o moralismo venceu, com a vigilância total do indivíduo, o único jeito de deter os ataques do traficantes-terroristas, o Estado passou a controlar totalmente os cidadãos, farejadores de partículas, scaners mentais, e toda sorte de artefatos para cuidar da sua vida, quem não deve não teme, era o lema e a resposta do Estado para aqueles que reclamavam, aliás os que reclamavam eram prontamente mais investigados ainda, como se fosse possível investigar mais sem dissecar o animal.

O robô-babá era caro, e assim propositalmente, tomar conta dos filhotes humanos não poderia ser barato, tinha que ser caro, um luxo desnecessariamente caro, o preço de um ap em copa, o preço de 200 robôs domésticos, e como as mães estão desempregadas, pois ninguém consegue competir com um robô, somente os bebes mais ricos são criados por um robô-babá, é status. Quem tinha dinheiro para ter um robô-babá não ficaria sem peças advindas do tráfico de peças, o robô checava se a peça estava perfeita, isto mantinha o padrão das peças, e os preços sempre altos, robôs mais caros gastam mais peças, era uma fatalidade, muitas peças serviam para vários tipos de robôs, até cérebros podiam ser intercambiados sem comprometimento da função, mas o cérebro de um robô-babá era único, podiam tirar o cérebro de um robô-cirurgião (que quase não é mais usado, a terapia gênica resolve quase todos os casos) e colocar um de uma roboa-babá, sem problemas, mas o cérebro era só um detalhe (terrivelmente caro, dizem que tem até uns robos-babás ficando lelés-da-cuca ), o corpo era todo projetado para proteger uma criança, quem não lembra da propaganda do robô-babá pulando de quinze metros com um coelho nas mãos, propaganda lançada logo após ato semelhante de roboa-babá que salva um nenê pulando de um edifício em chamas, devido a um ataque terrorista de grupos contra a legalização das drogas (a maioria traficantes, muitos corruptos e alguns fanáticos religiosos), a roboa pula e seus pés transformam-se, saem retrofoguetes que sustentam grande parte da queda, ela ergue o nenê acima da cabeça e amortece com as pernas e finalmente com os braços AMORtecendo leva ele suavemente até dois centímetros do solo, pra ela uma distância enorme, mas pros humanos que assistiam parecera que fora por um fio, o filme passou nas mídias em geral, muitos repensaram o proibicionismo, mas os traficantes de drogas também estavam interessados em manter o tráfico de peças, e o da maconha também, principalmente os nortistas, nem parece que os sete primeiros presidentes dos EUA tinham fumado maconha, e que os dois deles tenham sido, comprovadamente, robôs-psicólogos. Somente os robôs-psicólogos e as roboas-babás (além daqueles sexys) pareciam meticulosamente com os humanos, em cada detalhe o silicone enganava, mesmo vc sabendo era difícil acreditar, a Transferência era perfeita, mas o Complexo de Édipo ficou mais complexo, e ninguém fala nele, é como a maconha, presente em toda a história humana e ninguém fala nela, ah, a masturbação também, acho que todos os heróis se masturbaram, mas sem comentários na biografia e mesmo no papo diário. Levante a mão certa aquele que nunca se masturbou: “Ei, vc aí, de mão cabeluda, se cuida que o planeta azul vai acabar proibindo o seu vai e vem imoral, se fosse moral pq então que vc não comenta costumeiramente este fato? Vamos pegar esta energia e transformar ela em trabalhos comunitários! Prendam este punheteiro!!!”

Mas o meu robô tinha habilidade pra escavar, conhecimento de físico-química do solo, robustez, resistência ao Sol e às condições extremas, um ótimo robô plantador, o robô-dedo-verde, como Ise veio a lhe chamar. Ah, como ele conheceu a Ise? Ela estava dentro deste suposto meteoro, era uma nave invisível, ardia na estrada da atmosfera, mas era uma mistura enorme, de gelo e traços magnésio, que envolvia a nave. Quando cheguei Ise já estava do lado de fora, tirou a barba de Papai Noel e, com seu gorro e suas roupas vermelhas, e aquela face reconhecida mundialmente, correu pra me abraçar: “macerai, seu velho tonto, vim fazer implantes neurais humanos, quero fumar e chapar igual a você!”. E eu, atônito, pensei, de quem seria o doaDor das células neurais? Ise, certamente lendo meus pensamentos, respondeu: “por isso os proibicionistas propuseram a guerra contra o outro, é mais seguro ter inimigos do que ter amigos” (e aquele sorriso embaraçoso com uma lágrima rapidamente disfarçada em cisco nos olhos). Pelo menos ela era até melhor do que um robô-cirurgião, doei as células, ela fumou, mas não sentiu a chapação, é claro, vivia chapada com seu “programa baseado” rodando em segundo plano o tempo todo. MESMO ASSIM NÃO PARAVA DE FUMAR, logo que chegou piscou seus olhos lilases para o Pot e falou baixinho, “trouxe sementes de skunk, manga-rosa, hindu kush, e petri-silver-haze! E várias outras...”. Era difícil não se apaixonar por Ise, LegalIse, Pot que o diga, quanto mais maconha plantava pra ela, mas se apaixonava, depois de seu casamento com Ise passara a fumar maconha, não sentia nada, é claro, mas tinha sensores de gases, espectrografia de massa, isto dava lá seu charme ao quadradão. Depois que Ise partiu ele continuou a fumar maconha, dizia que muita gente fuma e não sente nada nas primeiras vezes, mas continuam fumando, era uma questão de fé, e esta era um algoritmo que dizia a ele que deveria sempre tentar achar um composto orgânico natural dos planetas exteriores, depois passou a ter fé na semente que plantava, fé na vida, fé na diminuta possibilidade de existência que é a vida. Rejeitou o “programa baseadão”, Ise desenvolvera um só pra ele, mas ele dizia que preferia fumar, a análise químico-física dos compostos canabinóides proporcionavam prazer maior do que as análises de outras amostras; pq estas estavam ligadas a existência de Ise? O fato é que o robô do dedo verde no planeta vermelho sofre uma atração distante do planeta azul, que pode estar correndo risco de vida.

Lembro ainda da minha cara de surpresa quando Pot respondeu, “geologia é comigo, lançando-a ao oceano”.

E pergunto, como manter o Natal sempre vivo? Lançando-nos de corpo e alma neste mar de fraternidade, Feliz Natal, legalIse!!

ROW, ROW, ROW, está certo Pot, mas que oceano? Este planeta é um grande deserto, não seria melhor bebê-la?

macerai o hemp Nov/28/2003


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Os Combatentes

Como o antidopping geral e abrigatório, o que Os Moderadores chamam de "Transparência Proibicionista", na rede tb ocorreu o mesmo fenômeno, os IPs de todos os sites canabicos foram requisitados, cada post tem um IP registrado, e salvo o uso de proxies, inclusive alguns destes proxies bancados pelo Estado Proibicionista para espionar os IPs dos que usam proxy para se ocultar (para ocultar seu IP) , todos foram requisitados, a ONU apoiou a nova diretriz internacional, "acabar com usuários para acabar com as drogas", já dizia o Bush, novo Czar das drogas dos EUA, "A guerra contra as drogas, e seus usuários, é a terceira guerra mundial".

Marx, mas se toda luta social é de classes, neste caso não parece bem definada, muitos provedores se negaram a fornecer os IPs dos usuários, disfarçaram esta Desobediência Civil com desculpas pelo frágil sistema de armazenamento de IPs, mas logo foram obrigados a terem programas sniffers que acusavam logo a detecção das palavras e conteúdos "canabicamente proibidos" e enviavam para uma força policial internacional, comandada pelos EUA. Seja por patriotismo, seja pela defesa da cidadania, seja pelo simples "Nojo ao Estado Policial Proibicionista", o fato é que além de protegerem seus usuários, a burguesia "pró-legalização canábica" ou "pró-descriminalização dos maconheiros", também começou a sua ofensiva, já que é uma guerra, e as guerras sempre têm motivos econômicos, são vencidas pela natureza, e são combatidas pelas idéias, e a informação forma as idéias, então o que se viu foi a formação de um bloco midiático de ação incisiva no sentido de desmascar toda a propaganda enganosa, mentirosa e preconceituosa que o Estado Proibicionista gerou e pagou por sua criação durante décadas. Os Combatentes tb tinham articulação internacional, mesmo assim era uma luta contra o tempo, o "Exército da Verificação", os "Boinas Brancas", estavam cadastrando bilhões de pessoas por todo o planeta, os usuários estavam com seus dias contados. Os growroons eram localizados através de infravermelho, a "conta de luz", o consumo energético de eletricidade, tb era um parâmetro a ser analisado, restaram apenas algumas growbox camufladas e alguns growroons igualmente camuflados, "growroons farádicos de camuflagem térmica", esta era a designação que havia na rede, todos os que resistiam, ainda, usavam proxy, o ZAP, um importante Combatente, foi um dos mais usados pelos maconheiros internautas, combatido pelo governo alemão por ocultar "a rede internacional de maconheiros", manteve-se firme por muito tempo, até finalmente a Teocracia Informal dominar o cenário mundial. A primeira coisa que a TI fez foi trocar na história da blíblia o "vinho de Cristo" pelo "suco de uva de Jesus", e perguntavam: "Vc achja que Jesus recomendaria a seus filhos beberem álcool? Ou daria este exemplo?", isto adequou o "cristianismo" ao "Estado Proibicionista Moderno", e a proibição das bebidas alcóolicas agora não tinha contra si nenhum argumento teosófico, as blíblias apócrifas foram queimadas, nas novas blíblias o "vinho" foi substituído pelo "suco de uvas", em algumas regiões quem fosse pego com uma "blíblia apócrifa", "bíblia de satanás", perderia o privilégio de participar das votações; a cidadania sempre foi privilégio de poucos, durante toda a história da civilização humana, e agora é definida claramente como um privilégio que o Estado policialesco concede ao indivíduo, assim temos claro que alguns indivíduos não são cidadãos, ou são menos cidadãos que outrens, Os Moderadores são os únicos que possuem cidadania plena, até que se descuidem e caiam em algum anti-dopping...

macerai o hemp poeta viagem, june2005

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A Águia contra a Água


Para ficarmos invisíveis precisávamos fumar maconha, o cromogel reagia ao estímulo psíquico canábico, os caretas proibicionistas dificilmente conseguiam imprintar a matéria psiônica, a maconha era plantada tanto dentro do Zíon Domada (sob os domos subaquáticos) como na extensão pluritária das águas oceânicas, neste caso se dava de dois modos, podia ser plantada nas “bolas macerai”, balões de tecido plástico que filtravam o oxigênio, enquanto o substrato de liquens marinhos alimentava as raízes da erva da invisibilidade, por sua vez estes liquens se alimentavam na hidropônica ÁGUA de GAIA, flutuando de 1 até 5 metros abaixo do nível do espelho marinho, no vegetativo mais fundo e na floração mais acima. A segunda maneira foi desenvolvida depois do ataque dos proibicionistas as bolas-macerai, visando abalar nossos poderes de invisibilidade e bombardear Zíon com os mísseis reformatadores, os nomes dados à técnica avançada remonta ao final do século vinte, Auto-cultivo, ou, Plantio Interior, dentro de uma dieta especial engolíamos uma variedade do bacioloKanhamo e ao defecarmos, pouco tempo depois, víamos crescer no substrato um cogumelo canábico, graças a isto, assim, vários growers fugiram das “Prisões Para Drogados”, que os inquisidores proibicionistas espalharam pelo mundo todo. Posteriormente o líquen marinho passou a produzir THC e CBN e se tornou uma praga nos oceanos, resistia ao UVB intenso, que a tão falhada camada de ozônio não mais dava conta, Vitória-Herba, um nome dado pela aparência similar a Vitória-Régia, uma planta Amazônica, no mar cresciam colônias que enrugavam nas pontas, formando uma flutuadora, no centro emergia o pendão do cogumelo canábico, como um grande tricoma, começava transparente, ficava âmbar e finalmente marrom, quando então emborcava, o cheiro do carne podre atraia vários peixes, que ao comerem defecavam seus esporos, devidamente adubados e protegidos, por todo oceano. Mesmo tendo transformado em desertos vários países da América Latina, Arábia, e da África com fumigações de armas biológicas, era impossível ao Império Proibicionista “fumigar” todo o oceano; é Zíon Indomada, é a Água de Gaia.

Obs
Alguns canabistas conseguiam imprintar o cromogel e se tornar invisível sem estar sob as bênçãos da erva da paz, isto requer muito treinamento, auto-cultivo, novamente o termo aparece, é a sina!

macerai o hemp poeta viagem, 2005-08-16

Contra o genocídio e a perseguição aos pobres, chega de guerra biológica contra as plantas de poder e seus usuários; parem os idiotas sanguinários!
 
Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante

Primeiramente peço desculpas por trazer meus problemas pessoais para aqui, espero que os senhores Moderadores me perdoem, ao menos me entendam e ouçam minha argumentação em favor de minorias internas.

Muitas vezes antes de acordar caminho pela casa, nestas vezes sou apenas outro, e mais outro, outrem eventualmente, vejo-me em situações corriqueiras do início do século XXI, na maioria das vezes sou um policial, treinado em perseguir maconheiros, infiltração, dissimulação, aparentar ser quem não sou, acho que um vazamento, um overflow nas sinapses sobrecarregadas, conduziu-me a esta desfacetação preponderante.

Estou dando uma dura num casal de maconheiros motoqueiros, meu parceiro acha a droga e tenta esconder de mim, pega a carteira do rapaz e tira uns trocados, acha que eu não vi, sabe que sou a prova de corrupção, deveríamos prender os delinqüentes, mas ele prefere o caminho mais difícil, na doce ilusão de que só porque estou de costas e do outro lado do veículo não vejo o que ele faz, relato ao superior a estratégia, no julgamento sou eu que compareço e sou condenado, tento acordar mas não estou dormindo, caminho no meu labirinto interno bebo meu copo de água que desce dizendo ressonante em minhas cordas vocais que não podemos engarrafar a magia, ama guia, não-acordo ainda no pipi matinal subreptílico que canta su noise agudo seguidos do espalhamento desintencional masculino, e próprio, a assinatura líquida e desfêmera. Não tropeço em nada, o pano de fundo é o mapa, e o mapa não é o território, mas a atualização constante caminha através das mudanças, e chega junto, eu comigo mesmo chegamos e despertamos à mesa de cor café, raiada, suas pistas se confundem com o infinito, e no infinitesimal condensam tudo que sou, a mesa sou eu. Dissera quimera, quisera, mas não digiro drogas, seria este meu pecado, ou a noção de pecado se desgostou? Volto a dormir seguidamente, sem jamais pegar totalmente, e tolamente, no sono, e sorrisonhos, de mente, claramente, de mente. Resisto em dizer e passo a resistir em ser, plena mente. Sei que sou apenas uma minoria interna, dentro de mim, sou minha própria minoria, prejudicada. Muitas vezes sou um usuário grower, arrastado de sua família durante a festa de natal porque árvore cannábica me denunciou, ligou para a polícia e plantou suas raízes hidropônicas em meu sangue, eu sou o flagrante, flamingo-flamengo e agravante, já fui garça de chip barato, quase de graça, toda hora sou alguém, e o espaço me resta para me ser, tola hora torno a ser e reser indefinindo a mente ser eterna mente ser.

Estado Culposo, no meio disto me resto em culpas, EC de 2,5, queimando as pontas do que resta de um moralismo inconseqüente, a culpa de ser o policial, a culpa de ser o maconheiro, a culpa de ser a mãe do maconheiro, a culpa de ser a mãe maconheira, a culpa de ser eleitor e votar nos caras errados, e a culpa de votar nos caras certos (a culpa de votar é incerta e não dá certo se quem vota é por decreto)... Um calor de 45 graus e eu duas horas embaixo do chuveiro aplicando um flushing no corpo culposo, pH escorre em 5.8, torrencial deve levar e lavar as pragas que restaram por baixo da culpa de gastar tanta água. Enxugo um pouco de gelo, seco.

Um pool-psy é muito rígido, rocha ígnea que lapida fundo a fogo na derme adormecida, esquisita é quesito, simples mente scroguiado em tuas teias maianas, acredito que duvido, pareço, pereço do que mereço, e meço; peço, perdoem-me Moderadores, vocês que já foram a Elite da Teocracia Informal, e agora encontram-se refugiados da tormenta da bomba de desfacetamento memorial, vivências de vidas passadas com a máximo de infiltração na vigília, quem pode lutar contra as armas paranormais? Vocês não resistiram, mas eu posso, se me mantiver sempre alto cannábico, a erva santa me faz esquecer do imediatamente agora, e só o futuro importa, se esqueci o agora é que se passou rápido entre os dedos um vento virador, sou o futuro inmesperado que delira no passado, calmo.

Nas vezes que mais me incomodo em ser estou a quatro minutos e vinte segundos de charro apertado, Jack Herer X Solidária, é lançada a bomba de mistura da psiquê temporal, a última arma que a Resistência Paranormal poderia usar contra a Teocracia Informal, provando que todo paranormal não sabe exatamente o que está fazendo temos este caos instalado aqui, já coloquei prótese neural, os chips parecem que atrapalham mais do que ajudam, sem deixar a humanidade fluir estão todos agarrados a imagem estática do padrão macerai, não senhores Moderadores, eu não quero ser mais um macerai, a reformatação em massa para nos salvar de psiquês bélicas padronizando a pax macera é ditadura psiônica.

Não venho aqui pregar a libertade de ser, de ser contudo confuso, obtuso, profuso, reconheço que a liberdade de não ser é mais disportante, imediata, irrevogável, é a lei, e a lei não sorri de volta para o seu reflexo no espelho de sua alma, prefere, e fere, fechar os olhos e ater-se, atar-se, fera, ator-ser-se entre as impossibilidades da matemática domável da psiquê, carrega em seu suor a personalidade interior, discrepante de si.

Senhores Moderadores, estou em vossas mãos, agora mesmo dentro da casa e a casa é o Ego, tenho Ego, sou a casa, sou a mesa, não preciso de reformatação, vou conseguir sobreviver a privação do sono, (sonâmbulo) parcial cannábica é a resposta, prefiro viver eternamente chapado a ter que ser igual a todos, macerais...

macera May-17-2006

(esse é green-dubão!)

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Dormindo com o inimigo (primeira parte)

“Chamar de lei a perseguição mundial aos maconheiros é uma vergonha para a justiça mundial, a guerra mundial contra os maconheiros tem que acabar! A violência contra nós afeta a todos no planeta, paz! O Karma é coletivo: Ubuntu!” Maceraio Hemp 2008

(a cada época chamamos alguém do coletivo de várias formas {terráqueo, indivíduo, cidadão, popular, elemento}, no novo tipo de cidadania, Democracia de Controle Moderno, a População Ativa indica os Candidatos e os Modernadores votam, o processo de eleição é como qualquer outro processo jurídico, o candidato pode terminar condenado às cinzas, à morte da personalidade, ao invés de eleito. Qualquer um da População Ativa, invariavelmente hibridizada, é chamado de Componente Social; os marginais são chamados de Excludentes Sociais, não são tolerados, e o Banimento é a única solução).

Eu não podia ser gravado, não hoje, principalmente no exato momento do ataque; com a Gravação Cerebral Compulsória todo Componente Social estava sujeito a ser rebobinado, somente cenas fortes são gravadas, o engraçado é que nos revíveos quase não gravam sonhos, a distorção onírica evita que os níveis de adrenalina subam, protegendo você de um confronto com o inconsciente {talvez assim aprendamos a auto-mentir}, e se subirem demais você acorda, normalmente, mas o pesadelo é sempre gravado, isto dá uma má impressão de como nos relacionamos com nossa psiquê; várias são as restrições às gravações, inclusive ao acesso jurídico destas cenas; por segurança e privacidade {ou o que restou disto desde que começaram a perseguição mundial aos drogados} somente a memória recente é gravada, ou seja, quem sofre o implante, depois de burro velho, não tem na rememoriação, nem em seu revívio, lembranças nítidas de nada, praticamente.

Para agentes persona-dupla, como eu {é extremamente a pior coisa do mundo ser um agente duplo-pólo}, com a dupla personalidade encruada em nossos genes, como se fosse a dupla hélice; foi o único jeito que o proibicionismo conseguiu para continuar o combate aos drogados, uma vez que nenhuma alteração no DNA humano foi capaz de suprimir a vontade da adição psicoativa, seja de quaisquer psicoativos que estejamos falando, vacinas funcionaram bem, anti-corpos específicos também podiam se usados, mas nada de que o consumo excessivo, e muitas vezes letal, ou com prejuízos severos para a saúde, pública, não desse conta, então estas práticas foram abandonadas, e partiu-se para a velha e boa bala de revólver no lombo dos maconheiros, é claro que não se usava mais projeteis perfurantes; balas de borracha, teias constritoras, raios elétricos paralizantes, aliás, não sei porque chamam de paralizantes, as pessoas ficam tremendo tanto...

O único jeito de acabar com os drogados é tendo agente infiltrado na panelinha, apesar de não conseguirem desligar os genes que induzem na adição química, pois inviabiliza o projeto mental humano, desligando centros de desejos, curiosidade e impetuosidade, o contrário era muito fácil, ativar o genes da droga-dicção, ou genes que aumentam o desejo de alterar o estado de consciência por meios químicos, ou que aumentam o desejo de usar determinada substância, como o alcoolismo, tabagismo; a menos que se queira que a futura criança seja um Semi-Vegetal Social, como ainda se vê alguns hoje em dia, Componentes Sociais Passivos, fortes, saudáveis, o DNA perfeito, sem comerem da fruta da árvore do bem e do mal, vivem 200 anos sem esforço, nem ambição, ou criatividade, mas com inteligência capaz de executar qualquer tarefa mecânica com precisão; para não desperdiçar sua Força De Trabalho Social (o maior bem tutelado pela Justiça Mundial) foram usados, aos milhões, para trabalhos que os antigos operários faziam, antes das máquinas superarem definitivamente, e acabar definitivamente com aquela palhaçada intimidatória de greves de operários.

No início o Sistema Globalizante garantia às mães das Crianças Perfeitas {seres sem a mínima vontade de ingerir drogas químicas, sem vontade ou gosto por alterar significativamente seu estado de consciência} que estas teriam empregos garantidos até o fim de suas longuíssimas vidas.

“A indústria farmacêutica mundial pode desculpas à humanidade por produzir mais seres anti-sociais, e mais mortes, mesmo que em vida.”

Eu precisava achar Ziona, a resistência cannábica secular, da época que as máquinas eletrônicas dominavam o mercado, agora as orgamáquinas com seu capim barato, sopa de celulose com sais minerais e enzimas, não deixam competição possível aos seres de puro-silício.

No início do Ataque Frontal, uma estratégia extrema da Guerra Aos Drogados, muitos países tiveram que ser ocupados, os narco-países, os países que eram amigos dos maconheiros; “os amigos de nossos inimigos são nossos inimigos”, como disse na célebre frase o futuro Presidente Mundial dos EUA.

Vários países voltaram atrás em abrigar os inimigos do G13 (EUA/ONU e potências bélicas mundiais) em suas terras e voltaram a caçar os maconheiros, infelizmente alguns países optaram por proteger criminosos mundiais, tentamos ajudar aos que estão mais próximos, como o Moderno México Anexado, felizmente o Canadá voltou atrás e caçou seus maconheiros, extraditando alguns que vendiam sementes para os EUA.

“Ao me julgar, vou descobrir quem é você”
{diria o rock and gol da maldita fluminense}

Hoje é o ataque a Zíon, não tenho medo, pois os maconheiros nunca dispararam um tiro sequer para protegerem-se, nenhuma vingança foi feita pelos drogados contra seus algozes, acho que é porque eles sabem que estão errados, ou então porque a droga consome suas energias, ou pior de tudo, os torna pacíficos, todos sabem que uma nação pacífica é uma facilmente nação dominada, mais um perigo para o Sistema Globalizado de Cidadania Restrita, infelizmente temos que prender, ou matar (o que é mais econômico) todos os maconheiros, não adianta atacar plantações ao ar livre, pois os maconheiros plantam em casa, então, temos que capturá-los, vivos ou mortos, o que for melhor para o mundo, e agora com o trabalho penitencial proibido, não é mais rentável manter amontoados em jaulas os maconheiros aprisionados, gastando recursos do Estado Moderno.

Algo estranho começou a acontecer, pensei em uma improvável reformatação viral; para apagar efetivamente a memória recente é necessário o excesso de vários miligramas de THC no sangue, 40 miligramas é um “pancadão”, meu dermo-meter indicava uns 300 miligramas, aumento da criatividade, sensibilidade, reconhecimento de novos encantos musicais, risos fáceis, etc, etc, são os relatos que vi de maconheiros, não sugerem nada parecido com o que eu estava experienciando, partes do meu corpo iam se apagando, quanto mais me mexesse mais apagava, certamente estava em Zíon, somente um campo psiônico muito forte para imprintar o cromogel desta forma, totalmente invisível pude enxergar-me profundamente, a minha parte maquinal tinha ordens bem antagônicas ao meu desejo de sobrevivência.

Uma vez dentro do ninho invisível enviaria um sinal, o ataque começaria, e eu seria visível, seria minha proteção e a fraqueza dos maconheiros ziônicos, perdendo sua invisibilidade podem ser pegos com facilidade, isto é o que pensava minha bio-parte, mas, Eu tinha minha matriza engramática, parte máquina que cresce, orgamáquinas, a programação incluía que minha parte orgânica fosse transformada em bombas virais, não restando muito de mim. A questão é: estou disposto a enfrentar a maior das violências, a morrer {e a matar}, para acabar com os maconheiros?

Ao acordar ainda escuto a voz, “a dúvida é a doença da mente” {me sinto saudavelmente doente, que perturbador...}.

Esta foi minha 1ª experiência com Ziona, e ainda nem fui para o campo, vieram em sonho esta noite, deixaram um quadro de fibra de gelo para que eu pudesse ter certeza que não aconteceu de fato, as memórias são nítidas, podem ver no rebobinamento, pois certamente foi tudo gravado.

{Sorria, você está sendo filmado... :)}

Macerai o Hemp 01june06

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Respeitem a religião Rastafari, e outras que usam o sacramento canábico, libertem Ras Jorge Makandal
 
Weedlocão-x

Weedlocão-x, fumava maconha todo dia, assistindo a propaganda que o acusava de colaborador de narcotraficante resolveu plantar sua “maconha sem sangue” como ele a chamava. Weedlocão-x era Fabinho na vida real, um papai legal com duas filhas e uma mulher desempregada, mas que era ótima dona de casa, ela também dava um dois, mas só aos fins de semana, que tinha vovó e vovô pra segurarem a barra, filhos com 5 e 6 anos dão muito trabalho, mas são uma delícia, se bem que nos questionamos se vale a pena, literalmente, colocar filhos no mundo do jeito que ele está... Weedlocão-x achava que sim, e positive vibration era sua energia e seu lema, sua atitude. Acessava todos os dias os sites canábicos, postava as fotos das suas plantinhas, as “sementes do Frank são boas mesmo!”, era o comentário geral, mas a mão do Weedlocão-x e de sua esposa estavam sincronizadas, mas quando “dançou” Weedlocão-x assumiu que cuidava sozinho da planta. Fabinho fumava na praia, AK-47, Skunk nº1, White Widow, etc, etc etc e tal, dizia que o que dava onda era a variação das variedades, que fumar a mesma planta enjoa, provoca tolerância e reduz o numero de iluminações, revelações, um homem muito místico. Armazenava várias variedades em tapeware, às vezes fumava quatro variedades durante o dia, e mais quatro durante a noite, depois que perdeu o emprego e não conseguia arranjar outro, começou a fumar muito, o dia todo, toda hora. Estava em seu terceiro ano de plantio, chegou a ter 12 pés em casa, 1000W e 500,00 de conta de luz. Mas a carta da torre havia chegado seu momento, uma tempestade que começou com um raio, sua demissão, era bancário, gerente, mas teve a sensação de que fora substituído por uma máquina... Sem dinheiro para pagar as contas foi acabando, em pleno verão resolveu vender sanduíche na praia; e como se fuma maconha naquela praia...Mas ele nunca “passara maconha”, era uma questão de ideologia, “como vender se sou contra o tráfico?” Escrevia no site sobre isto, e era justamente isto que ele estava dizendo em seu inglês fluente para um casal inglês no posto ao cair da tarde, e o casal explicou que nos states é diferente, o pessoal de lá vende o Hidro a um preço muito mais caro do que a maconha brasileira, e que sendo de lá, não conheciam ninguém daqui em quem pudessem confiar para arrumarem uma maconha...

Weedlocão-x fazia temas e posts sobre tudo, revegetação, iluminação, clonagem; inventava novos esquemas, foi o primeiro a usar iluminação com refrigeração líquida, aeroponia ultrasônica, plantio com LEDs, eletro estimulação, hidroponia de solo, e tantas novidades da sua imaginação canábica. E sua recompensa era poder fumar um do bão sem nóia no posto ao entardecer. Era uma boa vida esta de gerente de banco e grower...

Mary e James era um casal divertido, fumavam um Hindu Kush com o Weedlocão-x e comentavam que era disto que falavam, que precisavam arranjar um pouco daquela maconha, uma planta sagrada, e blá, blá, blá, em inglês, e perguntaram a Fabinho se ele podia arrumar um pouco pra eles, e Fabinho, o gente boa, o inocente disse que podia ver... Durante uma semana fumaram ao por do sol, o casal disse que precisava de um pouco pra viajar...

Fabinho havia saído pra dar uma volta, espairecer, fumar sua maconha na praia, sempre sem que a Soninha visse, ela não fumava e ele não fumava em casa, escondia que fumava para não dar mal exemplo pra mulher grávida, ela sabia mas admirava seu companheirismo, mesmo com todos os cuidados ela teve complicações no parto e Fabinho passara vários cheques, que o hospital exigia, como pagamento pela internação. Eles tinham um plano de saúde, que foi a falência, e eles migraram para outro e estavam no período de carência, podiam ter recorrido, assim como quem tem dois meses de atraso nas prestações tem direito a internação, mas normalmente direito negado, então, vai discutir isto na hora da hospitalização? Assina o cheque e depois discute na justiça... Fabinho estava com isto na cabeça atrapalhando seu raciocínio, Mary e James iam viajar e pediram um pouquinho, ele ficou de dar, mas esqueceu, e levou o casal em casa, estava vazia, Soninha estava no hospital e as crianças com os avós, se Soninha estivesse em casa nada disto teria acontecido, pois Mary era muito bonita e Soninha bastante ciumenta, certamente Fabinho não levaria ninguém. Pegou um Skunk nº 1 e deu pra eles levarem, Mary pediu pra ir ao banheiro, onde ao lado ele guardava num armário bem fechado seus potinhos, hermeticamente fechados para não oxidarem e iam curtindo cada vez mais, um sabor incomparável. Depois de trocarem endereços, quando o casal saiu notou que o armário estava aberto, sem tranca, mas pensou que estando a casa vazia, ele havia afrouxado na segurança e esquecido aberto; em algo ele acertou, afrouxara na segurança. No dia que Mary voltava para casa, dois dias depois, a policia federal estava lá, chegando quase ao mesmo tempo. A família também estava lá, e todos amavam Fabinho e sabiam que ele fumava maconha e plantava, sua “maconha sem sangue” mas que nunca venderia, conheciam seu caráter, mas talvez alguns duvidassem devido as circunstâncias, mas certamente ele haveria de pedir ajuda à família antes de cometer uma tolice, muitos viram sua última colheita indoor no mês passado, foram só dois pesinhos, já tinha muita maconha, plantava mais pra ajudar o site nas experiências e porque gostava da planta, que ele considerava sagrada. O casal era de agentes do DEA pesquisando a rede de venda internacional de Skunk, receberam uma verba muito boa para isto, e falavam português muito bem, acharam Weedlocão-x porque ele descrevera que fumava um baseado todo dia vendo um por do sol, e ele postava tantas fotos, que “só podiam ser para vender”, um promotor preconceituoso querendo fazer carreira com este caso, uma mídia que acusa com seu sensacionalismo, um estado precisando de um exemplo para mostrar e justificar o dinheirão gasto. Atualmente uma madre bonsai, era tudo que ele guardava em casa, para um dia quando começasse a plantar novamente faria guerrilha com seus clones.
Sonhava com a libertação do mundo, o hemp salvando florestas, matando a fome da população, o plantio caseiro nos libertando do narcotráfico, mas agora tudo acabou, não chegaram a atingir o site, mas a perseguição era na cabeça das pessoas, o site fechou pouco depois, apenas um resistira, mas sob investigação oficial, internacional, o server não queria segurar este pepino, avaliaram os dois quilos de maconha de Fabinho em milhares de dólares, todos os operadores eram procurados pela polícia federal, os que postavam fotos também, mas ninguém foi achado, o juiz também não dera ordem nenhuma para que os dados, parcos, fossem dados para a polícia. O site voltou tempos depois, depois de uma passeata de 100 mil maconheiros em Sampa, 20 mil no Rio e 10 mil na Bahia, emergiram como uma comunidade e-canábica atuante, Fabinho já tinha sido solto, em três anos, em liberdade condicional, pegara 15 anos, formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes, tráfico internacional de entorpecentes, apologia/incitação ao crime, e por aí vai.

Weedlocão-x nunca mais voltou a se logar, mas parecia que algo ia mudar, mas sempre parece, até o Jimmy Carter tinha legalizado e depois tudo acabou, por isso ouvimos os gritos da multidão oprimida: “Legalise Hemp! Pra Sempre!”, a idéia é que se todos gritassem juntos seriam ouvidos, Legalise Hemp!

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Conto, fiz Este (E FUMEI!), em homenagem ao dia da legalização da maconha, quanto mais dias De forem, melhor, o dia internacional é o 1º de maio..., mas agora no Brasil temos o dia 1º de Novembro, uma passeata virtual e real está marcada, Além Da Terça Feira De Carnaval Ser Também Um Dia De Clamor Dos Blocos Da Legalização (na quarta não pode ter ressaca alcoólica, mantenha-se mais na sativa e poupe a saúde e o emprego), com fantasias de folhas e toda série de invenções carnavalescas típicas da criatividade maconheira.Outro dia muito importante é o Dia 1º de Janeiro, O Ano Novo, O Dia da Paz, e como simpatia, opcionalmente vestiremos branco, e plantaremos um pesinho da Erva da PAZ, pra ajudar na Paz Mundial, plantar em cada canteiro da cidade, em cada camping, em cada restinga, em cada mata.
Fiz, muito chapado, este conto sobre a legalização, a criatividade canábica pode ter exagerado um pouco, 500 anos? Mas vamos ao conto Cyberpunk Canábico, Legalise Hemp!

Legalise Hemp! Pra sempre!

Legalise It!

Com o advento do poder lógico do processamento terabítico de dados, com os chips mais inteligentes a nível lógico do que os humanos, as máquinas rapidamente chegaram as respostas para concretizar os sonhos mais cobiçados pela humanidade, velocidades superiores a da luz, dobra espacial, tele transporte de matéria inanimada, deslocamento de partículas no tempo; mas os Ets até agora não haviam feito contacto, era inacreditável, sabíamos que estavam por perto, distorções nas emissões de neutrinos eram prova cabal de várias visitas a nossa dimensão, no sentido mais amplo do termo.Isto era uma incógnita, a humanidade havia gerado muita riqueza, principalmente em nível binário, virtual, na interneural todos podiam ser ricos, com terabits por segundo, arquivos com capacidade ilimitada, recursos holográficos e sensório-intraneurais disponíveis a todos.Noventa e nove virgula nove por cento da humanidade conectada. E a busca pelos Ets virou mania planetária, até pelo governo mundial virtual, mais forte que a base parlamentar ortodoxa, mais bem organizado que as câmaras das comunidades não virtuais, os comitês das cidades expandidas e dos estados mínimos consolidados.Mas ET, que é bom, nada! Tínhamos uma humanidade muito loka no nível virtual, com realizações absurdas no mundo virtual e pouca atividade no mundano da realidade, o mundo físico. A realidade quase não mudara, como tudo podia ser realizado em nível holo-sensório, qualquer transgressão agora era possível sem pena judicial, qualquer fantasia era possível de ser realizada, assim as leis da realidade física não mudaram quase nada, ainda era proibido, por exemplo, andar nu, mas no virtual muita “gente” andava nua, sem problemas, sem punições, no virtual se fumava muita maconha e na realidade mundana podia-se ser punido por estar fumando a Erva do Riso, sei que parece arcaico e sem propósito, mas as leis não precisaram mudar, por causa da libertinagem interneural; e O Martelo Das Bruxas quase não mudou, a legislação ainda era no sentido de reprimir as minorias étnicas e seus costumes ancestrais, assim forçava também a migração dos pobres para o virtual, a interneural tinha suporte à vida, isto quer dizer que enquanto estivesse conectado, seus suprimentos e energia estariam garantidos, isto evitou muito conflito social por causa do desemprego gerado pelos robôs.Mas eu era um desses zero vírgula um por cento, e vivia no mundano o tempo todo, e plantava minha maconha proibida, e andava nu nas madrugadas, e pegava umas frutas nas árvores públicas, pulava dos veículos do transporte coletivo enquanto em movimento; enfim, era um transgressor.Acabei sendo banido para regiões agrestes, inóspitas, praticamente desertos, afinal 50 bilhões de pessoas no mundo, algumas com 500 anos de idade, como o meu caso, quinhentos anos de proibicionismo...E eu plantava há quinhentos anos, a mesma planta mãe clonada tantas e tantas vezes, eu realmente era ortodoxo, fiel aos princípios desde aqueles sites na net antiga, o Growroom, o Samba420, o Overgrow, o solocannabis, tantos outros...JAh, que saudade, agora a comunidade pseudo canábica (maconha virtual pra mim não é maconha) viajava num eterno APPP(acende, puxa, prende, passa), queimando seus cigarrinhos virtuais...Temas sobre psicologia e fisiologia vegetal, diagnósticos avançados, até mesmo a acupuntura vegetal do Texhugo, que sempre foi tão contraditória, nada disto era assunto. Pra mim não servia, eu gostava dos desafios, e como fui afastado, então levei as mudinhas para o agreste brasileiro, eu gostei muito de lá, acho que se soubesse que era assim, Jah, tinha me mudado antes. A Erva do Riso se adaptou de forma espetacular. Parece mesmo que foi feita praquele clima; e num destes caminhos pelo cerrado, colhia, fumava a Erva da Paz e cantava mantras pra Shiva, quando tive o meu primeiro Contato Imediato Do Quinto Grau, aquele em que a planta de poder é compartilhada; impressionante, um ET apareceu do nada e pediu pra dar um dois, achei que finalmente o prazo da sanidade tinha vencido, mas mesmo sem acreditar tinha que experienciar, era um ET em carne e osso, não aqueles que se diziam ETs na interneural, uns caras deveras estranhos, mas muito humanóides ao meu ver. Estava eu e o ET, demorei muito pra entender, ao que ele retrucou impaciente, “passa logo a bola!”. Tentando parecer engraçado eu perguntei se era “na de um”, com um sorriso extraterráqueo ele esticou os seus, únicos, três dedos e pegou o baseado da minha mão, de cinco dedos.Conversamos por horas e horas, foi aí que fiquei sabendo porque os ET s não se apresentavam aos humanos como este havia feito comigo.
-ET, porque vocês não visitam o planeta e se apresentam ao governo mundial, às pessoas em geral?
-Nós não embaixamos em planetas que tenham guerras.
ET gosta da Erva do Riso...(disse ele rindo entre seus gestos calmos, contínuos e suáveis, devia estar bem chapado com o Manga Rosa vs Blue Rocket, o famoso Rosenblues)
-ET, não vivemos mais em guerra, as guerras não são mais necessárias, há toda uma infinidade de recursos na interneural, e são pra todos.
-Nós consideramos o proibicionismo uma guerra, a única guerra real, a mãe de todas as guerras, e depois de 500 anos de proibição da Erva da Luz nós esperamos pela legalização para que a humanidade possa ser elevada a categoria amigável, não-bélica.Aí pensaremos em visitas.(Falou isto e soprou a fumaça adocicada em minha face, que riso sinistrógero...).

Realmente fiquei sem ter o que dizer...

-Mas ET, você veio aqui e falou comigo...
-Você foi escolhido para levar nossa mensagem à humanidade, na interneural. LEGALIZEM O CÂNHAMO! E faremos contacto amigável, contacto não bélico, senão seríamos bandidos, poderíamos até ser presos... (disse ele rindo e se desmaterializando em seguida).Não gostamos da Guerra Contra O Outro,(foi só a voz que restou no ar, o ET sumiu e só deixou esta estranha reverberação do seu riso gutural), Legalise Hemp! Legalise Hemp! Legalise Hemp!...

Pois é, agora eu tenho que falar outra vez da legalização da maconha, um assunto que parecia ultrapassado, mas é a tônica do momento, mas “eles” nem vão me dar ouvidos, já acham que sou loko mesmo, por aceitar e viver a realidade.

Eu nunca vou esquecer do símbolo da legalização, do jeito que o ET fez, com um raminho da Erva Sagrada de Resistência seguro pelo do meio, e os outros dois em “L”, dizendo: Legalise Hemp, Pra Sempre!

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Vão me chamar de louco, mas vou levar a mensagem à interneural, Legalise Hemp! Pra Sempre! Legalise Hemp!

Espero que entendam porque este e-mail está circulando nas redes há muitos anos, faz 500 anos no futuro, que recebi esta missão, propagar a libertação do planeta, Legalise Hemp pela Saúde e pela Paz, prepará-lo para a chegada dos que virão em Paz! Preparar a Paz!

Assinado atemporalmente:

Macerai o hemp poeta viagem, em seus quinhentos anos de idade, contando e macerando até a última ponta! AMSAI!

LEGALISE HEMP! (pra sempre!)
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THX666 - O gamer canna-crack

“Não fume, coma. Espero que isto não soe como um desafio despretensioso, adicione aos seus favorites, THX666.”

Enquanto todas as drogas psicotrópicas foram proibidas, inclusive o álcool, e até a maconha, foi proibida de novo, mesmo depois que o plantio canábico espalhou-se pelo mundo aniquilando o narcotráfico, foi este recrudescimento apoiado na falta de doenças, pois a tecnologia medicinal estava tratando tudo com terapias genéticas, nano-tecnologia e outras tecnologias como o rearranjo sináptico anti-síndrome-pós-traumática, indução positiva, apoio com inserção viral e tantas mais.

Não havia realmente uma penalização pelo plantio cannábico caseiro, mas era proibido, qualquer psicotrópico era proibido, a indústria psicotrônica mostrou-se mais eficiente do que a indústria farmacêutica, tínhamos emuladores para qualquer tipo de drogas que já tenha existido, nos programas sempre é possível criar novas drogas sobre medida, mas sem ultrapassar certos limites para não colocar em risco o aparelho humano, com a variação perigosa dos parâmetros fisiológicos. As copas cannábicas, de games, é claro, podem ser feitas online, outras drogas emuladas, mas pesadas, têm que ser em local com assistência, supervisão e apoio médico, pois podem causar óbito por overdose; e ressuscitar, apesar de banal, nunca foi bem visto se feito com freqüência, é como a neurocirurgia, aquela que faz o lobo miar, a lobotomia, apesar de corriqueira na fase do Proibicionismo Medicinal. A neurocirurgia também é banal, meu chefe recusou uma que ia fazer de graça para ele parar de sofrer com meus atrasos em conectar-me com a empresa, que usa meu cérebro para processamento de dados, ele sofre por não poder me mandar embora, meu cérebro é valioso, e se me despedirem continuam me pagando para sobreviver, eu ganho tantos créditos nas copas que nem preciso deste serviço, acho que vão ter que me engolir. Eu não posso sair daqui, sigo a canção: “todo hacker tem que ir aonde o kernel está, assim será...”.

No jogo oficial havia controle da emulação neurônica do algoritmo flexível THC-CBD-CBN, a descarga de anandamida, serotonina, de dopamina, etc., eram controladas pelo bio-feedback, o que nos permitia fumar oficialmente algo como 30 gramas de Solidária em um minuto, muitos poucos atletas cannábicos agüentavam isto, e depois ainda passar pelos testes, eu já estava hexa-campeão mas para treinar eu implementava um “trainer” que permitia-me uma ingestão 100 vezes maior, na hora da competição a tolerância cuidava do resto. Resultado, campeão nos cem metros rasos cannábicos pela sétima vez; , campeão no salto com vara cannábico pela sétima vez, campeão em GO cannábico, xadrez cannábico, a lista é imensa, desde começaram as canna-olimpíadas eu inventei o trainer, como qualquer raro e bom craque, do clube dos cream-crackers, está disponível na rede interneural, download-se e tente bater o Top Gamer, THX666.

Atenção para a advertência que acompanha o trainer, certificados com impregnação psíquica:
“Um conselho, se seu corpo começar a tremer ao ponto de não conseguir manter-se nas ruas, apertando uma tora, e sem atropelar os pés de canna, do Need For Speed Must Stoners: Pare, desconecte-se”, dê um tempo para os seus neurônios, espere os neurotransmissores equilibrarem-se de novo, não tenha pressa, possivelmente você nunca vai me alcançar mesmo... Vou deixar você: comendo fumaça.
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Macera hemp 20 d’agosto em 2006
 
Last edited:
A Subida do Maelströn (mais um conto em homenagem ao dia da árvore:21/9)

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“Na festa da espiral ascendente, contemplávamos, adorávamos, venerávamos, babávamos diante da presença da Reversa Espiral Solidária, ou Respiral Solidária, para os íntimos.”
Diário de bordo da viagem de um refugiado político canábico.

O projeto veio com a escolha do templo, uma casa do estilo espanhol (é o destino cannábico!) com o jardim interno potentoso, apatacado, além de farto também contava com a arquitetura da casa circundante com os telhados refletindo e condensando os raios solares para o centro do jardim, onde contemplava-se um “vaso” de 120000 litros, a piscina da casa, um vaso hidropônico, por natureza, mas uma piscina, ainda assim, e no final das pontas, parece que o xixi derramado não foi em vão...

Na verdade seria o futuro centro de convenções e festas, assim o pátio era muito grande, pois poderia servir de estacionamento para os que ocupam o segundo andar, no estilo de um pequeno hotel residencial, o projeto contaria com um incremento constante de energia alternativa, e diversão alternativa.

Depois de tanto tempo transcorrido, vejo que o templo foi uma “instalação artística”, e a proto-religião um projeto arquitetônico, e o sacrifício final simbolizando o apocalipse, a fábula vira um mito congelado no tempo e talvez nem a colcha de retalhos da minha memória teça a manta que vai aquecer nossa história cannábica.

Com muros de cinco metros não teríamos muito com o que preocuparmos-nos, pensei no início...

Todo sucesso do plantio cannábico começa com uma boa genética, as sementes vieram da Austrália e foram colhidas originalmente na África, uma Sativa Giganteae, caules mais grossos do que as pernas grossas da minha modelo preferida, ainda que virtual, bem atlética, e perfeita, como somente um Avatar pode ser. Na Austrália, Nimbim, foi cruzada com um exemplar no mínimo estranho, Dizzy, do ABC (Australian Bastards Cannabis), estabilizada por dez gerações resultou numa planta gigante com folhas bem diferentes da super-conhecida palmada e serrilhada erva cannábica marca registrada, um poliplóide, seu clone foi para a Espanha para as mãos dos poderosos breeders ibéricos, certamente contaram com o apoio de toda a península ibérica, e foi cruzada finalmente com a Solidária, as sementes, depois de muitos raios-x esterilizadores dos aeroportos chegaram aqui no Brasil dez mil e somente três sobreviveram, duas não passaram da germinação e a sobrevivente era muito mais estranha do que o esperado, octi-cotiledônea de quatro cabeças, folhas grossas sem serrilhas em forma de leque, verde intenso e escuro, usamos todo o arsenal surpercropping antigo e ponta de lança, indo da técnica da treliça (trelissing) até a epinastia.

Uma mistura de capoeira, raga, música hindu; rock-chorinho e reggae-soul, o aparato tecnológico do eletrônico-tribal, samples, gaitas de foles, um som leve com as vestimentas do verão carioca, traje de gala para a festa do dia da árvore, 21 de setembro, batas brancas e túnicas brancas, roupas longas de cores claras e leves, fashion-azul-bebê.

Todo mês tinha uma celebração, nos primeiros três meses uma pequena reunião, no próximo ano um pequeno culto instala-se com mais de 500 adeptos, todos colaboram para manter o período diurno maior do que 18 horas de luz para não apressar a floração do Totem, da Deusa, da Respiral Solidária, do Sacramento Verde. Não é a primeira vez na história da humanidade que a cannabis vira sacramento, é algo corriqueiro ao analisarmos a história das religiões, Candomblé, Hinduísmo, Budismo, etc.

Nós criamos um monstro, bonito e feliz, devido ao Poder do Gen-Cannábico e ao SCROG parecia uma mistura de aranha aquática com pinheiro vulcânico; resinada, turbinada, hormonizada, manipulada, fertilizada e apavorante! Vários layers de SCROG, a cada trinta centímetros de crescimento vertical aplicávamos a poda FIM, deixando apenas 10% do meristema apical, em cada rama, isto gerava mais de meia dúzia de novas ramas que cresciam no espaço horizontal, e cobríamos a cada trinta centímetros com mais uma tela, a entidade.

A tela de SCROG tinha quatro metros de altura por dez de largura, a “construção do templo” foi custosa, a tela foi o mais barato, as luzes HPS cada uma de 600W lentamente iam aumentando em número, o Conselho dos Guardiões da Erva Sagrada decidiu que somente usariam HPS de 600 W pelo seu custo-benefício-eficiência lm/W. Lentamente, ventiladores cada vez maiores cercam a piscina-templo, tivemos que construir pilastras para eles, abaixo e no centro do Scrog-Totem também fica um poderoso ventilador, que ajuda a dispersar as gotículas de 1mícron geradas pelos cristais de quartzo da ultraponia.

No final do primeiro mês de floração houve um aporte maior de luminárias, subindo uma ordem de grandeza chegamos aos vinte mil Watts, podíamos ver as “mangueiras de irrigação” que conduziam os fios elétricos parrudos saídos de várias casas do condomínio. À noite o teto do templo aquático fecha-se e a flor araquinídea passa a ser iluminada pelas lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio, HPS tipo agro. O EC começou com zero vírgula três no seeding e foi subindo rapidamente até 1,5 no vegetativo e aí lentamente aumentando até um EC de 2,5 na floração, o pH foi de 5,8 no vegetativo (NPK 30-10-10), e 6,2 na floração (NPK 10-30-20), tudo automaticamente mantido por equipamentos eletrônicos, inclusive a injeção permanente de oxigênio na água e na solução nutriente, e dióxido de carbono para as folhas, os equipamentos eram todos superdimensionados, pois teriam usos em outras pesquisas. A temperatura da solução hidropônica era mantida em 25 ºC. Aplicamos recursos de ultraponia para combater algumas pragas, aumentar a fertilização foliar e dar um efeito de névoa espetacular nos cultos, a iluminação potente realça as brumas; no inverno com pesadas vestes celtas e rituais do mitraísmo, wicka, ao som de Lourena e Ênia, fumando os buds da lowryder, acho que entrevejo na cerração a silhueta de Merlin...

Nosso culto era Ecumênico Total, o ritual constava de “apresentar” as personalidades expoentes espirituais na historia religiosa e filosófica da humanidade, a cada duas semanas trocamos o personagem na “berlinda” de apreciação espiritual, passamos por vários, inclusive com incrementos filosóficos antigos, como Chuang Tsu, Lao Tse e Sócrates, seguimos com Krisna, Buda, Rama, e deixamos Jesus, e apoio filosófico, para as duas últimas semanas de colheita, a boa nova espalhando-se no campo, a chegada da primavera, o novo vinho, canna.

O odor ficou difícil de esconder, apesar de sermos um condomínio fechado, distante, de funcionários técnicos e de nível superior que trabalham em uma pesquisa para uma companhia do ramo de geração de energia, viemos montar a infra-estrutura, construímos nosso condomínio sobre regras ecológicas e democráticas, funciona como um piloto para algumas idéias que temos no pequeno setor de energia alternativa.

A notícia do culto secreto vazou, nem era tão secreto, mas não falávamos os detalhes, a Irmandade do Verde soava mais como uma “brincadeira luminosa de nerds que não têm o que fazer no meio do mato”, ou talvez “uma festinha excêntrica de um condomínio bem diferente”.

Nos primeiros três meses em que nos instalamos aqui tivemos que pegar a erva com uns caminhoneiros, depois nossas growbox estavam prontas e não precisamos mais recorrer aos camaradas caminhoneiros, livrando-os do contacto com os traficantes da violenta cidade urbanóide, um sintoma da miséria da pior distribuição de rendas do mundo, não do consumo semi-clandestino de maconha; nossas consciências também sentiram-se bem sem sustentar o narcotráfico cada vez mais forte e violento, e quanto mais violento mais forte, de qualquer forma os caminhoneiros preferem o que eles chamam de “arrebite”, uns anorexígenos, anfetaminas de farmácia, não que a síntese seja difícil, pelo contrário, mas eles sempre conseguem as “anfetas” de farmácia, somente alguns usam as anfetas, muitos tomam os arrebites naturais, como o guaraná, codeína, cafeína sintética de farmácia que as vezes está misturada com aspirina, mas o fato é que as anfetas viciam muito, e para combater a ansiedade gerada pela síndrome de abstinência usa-se maconha, a escadinha é contrária, a erva sagrada tira-nos das drogas mais pesadas, ao contrário do que mentia-se. O contato com o traficante é que leva às drogas mais pesadas, o auto-cultivo cannábico rompe este contato.

Este caminhoneiro aplicadinho chegou a um culto cannábico sem ser explicitamente convidado, veio buscando apoio para deixar as drogas, aquela velha história, todos que querem largar um droga pesada, lícita ou ilícita, procura a maconha e um apoio espiritual, os dois aumentam a percepção do mundo da alma, e não pudemos negar o apoio a ele, principalmente por ser irmão cannábico e estar em dificuldades, mas fundamentalmente por ser um usuário de drogas pesadas dependente e em busca de apoio para livrar-se do sofrimento. Acho que ele descobriu pelo cheiro, faltando duas semanas para a colheita a efígie cúbica resinada exalava uma torrente aromática capaz até de levantar uma folha de papel, fina, tipo seda... Eu vi isto, várias vezes, de uma forma ou de outra.
Este camarada nos avisou pelo rádio tempo suficiente antes da invasão, ele viu o comboio na estrada em nossa direção, cinco viaturas e um ônibus, para prender mais de duas mil pessoas...

Houve um momento em que parei para fazer as contas, cada litro de ramas floridas secas pesando pelo menos uns 15 gramas, um SCROG-Multi-Layer de 4 metros de altura por 10 metros comprimento e por 4 metros de largura são 160 metros cúbicos, 160 mil litros, cada litro com 10 ou 15 gramas deve dar duas tonelada de camarões e secos.

Agora você também chamou de Deusa? Compareça aos cultos...



---=--- A Subida do Maelstrom - 2ª parte ---=---
Os 64 Hexagramas
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Na portaria do canndomínio a polícia já chegou, durante uns dez minutos de conversa com o porteiro, que hoje não está no culto, já avistam de longe o fumacê que emerge do átrio a céu aberto, e nem precisam perguntar mais nada. Apesar de nunca haver resistência de usuários cannábicos, sempre apanharam calados, mesmo assim eles chegam preparados, dez policiais fortemente armados, cinco viaturas e um ônibus, todos pasmos, não esperavam aquela fumaça toda, parece um incêndio, “chamem os bombeiros!”

No vergel a cerimônia está em seu ápice, Jesus e o Amor ao Próximo, a Grande Verdade Libertadora. Neste dia sou eu o “apóstolo” que falará aos fiéis, meus dreads lembram os longos cabelos do mestre, uso uma longa túnica branca, meu coração bate tão forte que escuto-o em meus ouvidos, junto com o sermão:

“A grande verdade desta noite é que o Respeito é Paz, gera paz, inclusive é sua única garantia. Não há como amar o próximo sem respeitá-lo. O preconceito é o desrespeito que gera a guerra, a guerra dos poderosos contra os filhos de Jah. Que Jah continue nos iluminando e nos protegendo.”

“É com a grande mãe que comungamos na paz e no amor divinos, nesta Semana de Jesus revisitamos os ritos e os mitos do grande mestre espiritual, seus ensinamentos ainda fervilham em nossas mentes, ‘amarás ao próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas’. Há três dias atrás foi a crucificação, tiramos Jesus da cruz, e hoje é a ressurreição, assim como a Fênix que nasce e renasce das cinzas, vemos nosso pássaro da paz alçar vôo para o infinito, que a semente da sua erva de passarinho faça ninhos nas fendas das rochas proibicionistas, e nasçam flores em seus corações, muito amor e respeito. Paz e Amor!”

A piscina é preenchida com Sacannol, um nome engraçado e prévio para uma mistura de combustível alternativo que estávamos desenvolvendo, sua densidade é menor do que a da água, flutua, 20 mil litros flutuando sobre 100 mil litros de água, como no I-Ching, Fogo sobre água: WEI CHI o hexagrama 64, a Transição Imperativa, como a carta treze do Tarô, Transição Necessária Antes da Conclusão, e o conseqüente restabelecimento da ordem, prudência e paciência, “muita calma nesta hora”, “segura na mão de Deus e vai”, intangível e invisível, como o Tao, a subida da torrente de fumaça cannábica em espiral ascendente impulsionada pelos ventiladores colossais, o tom alaranjado das HPS difundido na tela de névoa que estampa o céu num mega-cinema tridimensional, o clamor dos fiéis e a mistura de sons étnicos ancestrais davam o toque filosófico e épico desta saga cannábica.

A cerimônia ao som de músicas judaicas e cantos, presumivelmente, dos essênios, teve seu final com a ovação da Respiral Ascendente, sob intensa fumaça cannábica um coral em gritos concordantes e dissonantes: “Voa livre verde! Vida! Liberdade! Amor! Sagrada! Santa Maria! Jesus! Te amo!”

Polícia e bombeiros do lado de fora, sirenes ligadas, megafones, a fumaça é intensa e o nível da água está baixando, abrimos os ralos, a intenção é queimar até a raiz, seria impossível sem a ajuda dos tubos oxigenadores típicos do sistema “DWC”, superdimensionados para manter A Colossal, formaram um maçarico gigante, em nós a trip era intensa e saímos todos bem antes das raízes queimarem, “na Índia dizem que as raízes são venenosas para os humanos.!”
E foi uma correria... calma e cannábica.
“Continuemos cantando baixinho, atenção para as instruções: Todos procurem dar os braços em grupos de cinco. Ainda temos tempo, mas precisamos afastar as pessoas para bem longe, longe da casa, num raio bem amplo, é possível que as raízes sejam realmente venenosas, antigamente nas cortes da Índia...”.

Num rompante de delírio cannábico saímos todos correndo, de braços dados, nos agarrando e gritando:
“Vai explodir!”, “Vai explodir!”, “Vai explodir!”, “Vai explodir!”

A música agora soa como um Tecno-tribal que parecia que ela mesma ia explodir, talvez resultado daquela zoeira eletrônica, eu gritei no megafone apanhado no chão, “É o fim do Mundo!”, em relação a carta do Juízo Final, “É o fim do Mundo!”, e os fogos de artifício pela ressurreição de Jesus automaticamente foram disparados, agora eu realmente acreditava que ia explodir, exageramos, um vulcão contorcia-se numa banheira de sapos, sapos verdes esfumaçados e pererecas efervescentes.


Zenzando por entre os busca-pés que saíam dos portões escancarados que rodeavam a mansão estava o louco rasta, cada hora tendo um novo insight, satoris orgasmáticos vocalizados no megafone, “é a Torre, o raio caiu e iluminou a noite proibicionista”, “ é a revolução cósmica”, é o mago, é o mago que está subindo...”

Por séculos fiquei ali cochichando alto aos ouvidos do megafone, “É K'uei, A Oposição, Fogo Sobre Lago, claridade e beleza sobre um pântano de compensações agradáveis”; “é a Temperança”; é Ting, A Grande Tigela, A Nave sagrada, Fogo sobre Vento, Fogo sobre Madeira, assim o homem superior consolida seu destino tornando sua posição correta, não compre, plante, espere a hora certa e não venda nunca. A Imagem é Fogo no lago, Ko. Assim o homem superior prepara o calendário para tornar as estações claras e definidas, o fotoperíodo é a chave da floração. Growers do auto-cultivo, ouçam o I-Ching: Uma mudança significativa deverá ocorrer, trazendo boas oportunidades. Seja cauteloso para não agir somente com um interesse materialista, mas sua ação deve ser com cuidado e sinceridade. A vantagem virá da firmeza e correção.” Cada vez achava uma relação com um hexagrama diferente, encarnei o livro das transmutações, até a última ponta da última linha.


Depois de muita espera pelo esquadrão anti-bombas que nunca chegou, terminado os 64 hexagramas, a onda ainda estava muito forte quando entrei na casa, rouco depois de quase meia hora vociferando megafonicamente, os bombeiros desligaram a energia elétrica do condomínio, os policiais acenderam a lanterna e perguntaram, “quantas plantas vocês tinham aqui?”; “Uma, umazinha...”; e olhando a piscina-supercropping perguntando entre conjecturas pouco óbvias para que tantos canos e fios e ventiladores, “o que vocês cultivavam aqui?”; “Cultuávamos uma Deusa!”, sem muito mais o que acrescentar sobre o cheiro de maconha intensamente exalado, “Subiu aos céus, e está entre nós, Jah!”, “Jah é!”

Macera hemp 21 de Setembro de 2006 (antecipadamente)
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A camiseta solidária continua sua viagem, força e paz na mente!

Vejam mais sobre a Solidária

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http://portal.bitox.com/modules.php...pic&t=9145&postdays=0&postorder=asc&start=860

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http://portal.bitox.com/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&t=9806&start=270

Vejam mais sobre I-Ching:
http://www.salves.com.br/ching.htm

http://www.eon.com.br/iching1.htm

http://paginas.terra.com.br/educacao/edupereirahpg/tao.html
 
Freemind

“Os Reds são os olhos do mundo, sua dor e seu prazer, no jogo-tudo-junto”
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Hoje em dia com a interneural conectando várias inteligências animais e complexo-conscientes por toda a galáxia, temos que lembrar os primórdios da pista, definir é red&finim. Conectar significa proporcionar meios para que haja a troca de informações, e informações são pensamentos, emoções, sensações; a transmissão da Subjetividade Humana e Transhumana. Uma coisa muito interessante é que, absurdamente, mesmo depois que o plantio cannábico caseiro difundiu-se pelo mundo aniquilando o narcotráfico, os proibicionistas, religiosos-militares-bélicos, impõem a reproibição da maconha, e conseqüente caça aos maconheiros, milhões de growroom-farádicos pululavam a pista cannábica, a idéia é ser invisível, indetectável; diodos emissores de luz, fibra ótica, células de efeito Peltier, e toda a parafernália eletrônica geriátrica daquela época, ajudavam a manter a genética cannábica, escondida.

A encriptação funciona bem em sistemas de trocas de dados binários, mas em sistemas de trocas de dados imaginários ela não funciona, truncando toda a informação e inviabilizando manter-garantir a integridade do conteúdo. Não é muito simples encriptar o inconsciente coletivo sem transformá-lo em uma Caixa Preta de Pandora, a diferença é que esta dá o maior trabalho para abrir, e quando a esperança sai, está encriptada, irreconhecível.

“Sempre em épocas de guerra a Erva da Paz é proibida pelos belicocratas; e os maconheiros são perseguidos, infelizmente a Humanidade vive em guerra”.

Os Frades Cannábicos (deriva de “Faradays Cannábicos”) formam a maior sociedade secreta que o mundo já acolheu, toda sua técnica-ideologia acabou sendo incorporada pela humanidade para sobreviver ao longo inverno... Compactar é economizar. Economia é invisibilidade. Os extremos são invisíveis, ser muito rápido ou muito lento é invisibilidade. A diversidade é econômica, quanto maior a diversidade maior o fator de invisibilidade: é fácil detectar uma pequena variação num padrão, mas como detectar variações no despadrão, na mudança constante como separar as alterações? Ruídos e dribles têm o dom da invisibilidade.

O que passa a diferenciar a humanidade moderna é que faz apenas 80 mil anos que passamos a legitimar nossas ações através de crenças abstratas, a fé nos tornou imortalizáveis. A Humanidade, o que sobrou desta, o melhor que sobrou desta, os escolhidos, atravessa o mar vermelho. Neste momento crucial da história os dois estão na África-mãe, o Homem e a Cannabis. Condições desérticas unem estes dois seres de reinos diferentes, o alimento cannábico é resistente a seca, a semente possui muita proteína, e a flor alimenta diretamente o cérebro carente. Anandamida e serotonina são incrementadas através da ingestão cannábica, o dom do imaginar é aprendido com a erva da criatividade e uma vez aprendido passa a ser lastro cultural da humanidade. Uma vez que o inconsciente é libertado não há como desaprender, a criatividade é para o Homo Atual como o machado de pedras foi para os macacos de cérebros grandes, os outros Homo/Hominídeos.

“Apesar da dívida de sobrevivência da espécie humana para com a cannabis e seus cultivadores, os maconheiros continuam a ser perseguidos pela potência bélica global, que invade não mais apenas os países do terceiro mundo, mas os lares cannábicos.”

Zapping & Noise
Como se esconder-defender de um Estado Globalizado que caça os maconheiros dentro de suas casas? Como fazer para escapar dos farejadores eletrônicos, dos analisadores de consumo de energia elétrica, e logo a seguir dos scanners-mentais, e ainda conseguir uma boa colheita para manter-se elevado, na paz... A resposta é a primeira que nos vem à cabeça, pensando. Pensando.

macerafreehemp 21set2006

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Vários links sobre freenet e ciberpunk

Ciber-Socialidade
http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/cibersoc.html
http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/rebelde.html

http://freenetproject.org/
http://www.nossacasa.net/info/texto.asp?texto=34
http://freenet.sourceforge.net/

GNUnet + esteganografia, passando a muralha (firewall) da China (permite buscar por cadeias de caracteres "naturais", em vez de códigos de hash aleatórios, como aqueles usados na FreeNET, por exemplo).

Analysis of a Subculture Group: Cyberpunk
http://project.cyberpunk.ru/idb/analysis_of_cyberpunk_subculture.html
http://www.cyberpunks.org/display/505/display/632/article


http://www.comciencia.br/reportagens/2004/10/11.shtml
http://www.gnu.org/brave-gnu-world/issue-40.pt.html
breve história do P2P
http://www.cic.unb.br/docentes/pedro/trabs/p2p.html
Rede P2P Freenet esconde identidade real dos usuários
http://www.xlusion.cjb.net/news/newsi/data/xHTML.txt

Anomimato na WEB
JAP
 
Aqui vão alguns Contos Antigos, de 2003, logo depois dois recentes, que foram publicados no Grow pouco antes de fechar: O fim do voto obrigatório e TV/AV - O Tapete Voador, A Árvore da Vida. Depois teremos mais 2 contos inéditos. Obrigado, fiquem com Jah!
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40) Deus maquina

A Droga Da Paz Total chegou ao mercado, a sua diferença para com a Milenar Erva Da Paz, é que esta era uma droga e não uma planta, uma droga de 8ª geração, um coquetel de nanomáquinas que refazem seus engramas cerebrais no nível das sinapses, de quebra ainda corrigem pretensos erros no DNA, eles não chamam de conserto de erros, chamam de implementos e avanços genéticos.Sei que a partir daí os problemas acabam, seu sistema imunológico fica perfeito, sua taxa de absorção de oxigênio é de 100X mais, seus reflexos são cinco vezes mais rápidos, todos os sentidos melhoram surpreendentemente, com o rearranjo neural sua vida passa a ser pura felicidade. A única coisa que parecia afetar este regozijo é a flutuação da bolsa de valores, mesmo assim não havia com o que se preocupar, os computadores simulavam as tendências e assim só se fazia o que o mercado aceitasse sem crises.

A Erva da Paz continuava sendo proibida, pois a indústria bélica entraria em colapso e o Estado teria dificuldade em manter as massas sob controle, isto era dito quase abertamente na mídia, afinal não adiantava mais mentir, então jogavam com o argumento da bolsa de valores, se a maconha fosse liberada a bolsa quebraria e o desemprego gerado pelos robôs só pioraria, e o caos estaria instalado, vários formadores de opiniões discursavam sobre isto, populares quase nunca eram chamados a dar entrevistas, o descontentamento popular era enorme e qualquer entrevista não controlada era um risco em potencial, e não podia-se arriscar a temperamental bolsa de valores e sua oscilante TPM, Tensão Periódica Monetária.
Com a globalização a potencia bélica dominante e proibicionista, passou a vender segurança, assim como os gângsteres mais cedo ou mais tarde oferecem proteção contra eles mesmos, um paradoxo sempre confortável para as Novas Romas. A Ditadura de Mercado substituiu a frágil Democracia de Controle de Informação. O controle agora não era mais pelo sensacionalismo e pelas mentiras ululantes, era pelo racionalismo brutal, computadores simulavam a tendência da bolsa de valores centralizada, então de cara os dados introduzidos são que a população carcerária será diminuída em 50% de imediato, que uma diminuição de 60% na produção de armamentos, uma vez que a maioria destes armamentos são usados para prender e matar as minorias que teimam em seguir seus costumes culturais.A indústria farmacêutica era mais poderosa que os exércitos, com a patente de DNA, ou dos implementos e avanços genéticos, ficara dona do mundo, pois tinha participação no DNA de todos, pois as vacinas foram substituídas pelo coquetel, e se você não quisesse morrer de doenças comuns e espalhadas por terroristas esporadicamente, como se fosse combinado entre os armamentistas bélicos e seus compradores mais assíduos. Assim ficou claro que a indústria farmacêutica era a indústria mais bélica do mercado, e sua guerra era contra o seu bolso, ou melhor, seu cartão-moeda.Esta indústria toda poderosa “patrocinava” as pesquisas e simulações econômicas.O dados eram alimentados de forma sistemática e atuarial, assim quando consultadas sobre o que fariam se determinado projeto fosse realizado, elas respondiam com recessão, ficando assim a população mundial refém das Indústrias Dominantes.
Assim os estigmas desta civilização também se manifestaram, a insônia causada pela poluição de radiações eletromagnéticas, o glaucoma pela exposição constante ao écran dos óculos imersores/informadores/corretores, os fotoborgs nossos de cada dia. A diabete pela ingestão de guloseimas, a hipertensão que acompanha no mesmo sentido, as doenças de ataque auto-imune, a bronquite pela poluição atmosférica gerada pela concentração urbana. Pois se as pessoas morassem longe dos centros de trabalhos, cada vez com menos pessoas e mais robôs, elas não poderiam competir com as máquinas e a bolsa sofreria um abalo já descrito pelas simulações, e ninguém queria que a bolsa ficasse instável.Todas essa doenças e mais algumas seriam tratadas pelo coquetel, sem problemas, a não ser os de patente de DNA, afinal você só não seria dono de você, mas a mídia já explicara que nunca o fora, sempre o Estado controlou seu corpo, o mito da independência foi exposto como uma alternativa ridícula e utópica, algo que só Os Lesados acreditariam.
“Os Lesados” era o nome dado aos que preferiam usar a Erva Sagrada de Resistência para combater as doenças modernas, usavam até a resina para se proteger das radiações ultravioleta.Plantavam em suas grows farádicas para não serem rastreados pelos satélites, a indústria da comunicação via satélite era a única que fazia frente à farmacêutica, e espionava descaradamente todo mundo, mas em nome da Segurança, afinal este era o principal produto vendido pelos armamentistas, que faziam o possível para acalmar a TPM da bolsa, matando e prendendo aqueles excedentes sociais, presos aos seus DNAs obsoletos e crenças sem fundamentos científicos e estatísticos. Acreditam em Deus. Agora a máquina é Deus, é ela quem tira e dá a vida ao homo sapiens, é ela que o mantêm vivo indefinidamente, mesmo contra sua vontade, é a máquina econômica quem dita o comportamento de suas culturas, é a máquina bélica que diz o que pode e o que não pode, quem vive e quem morre. O Capital é a força social imperativa, um ser aliado com as máquinas e suportado pelas Indústrias Dominantes. Os Growers são minorias, insistem em um sonho naturalista, que já sucumbiu ao asfalto planetário, novas tecnologias de controle mental estão sendo desenvolvidas, em breve a humanidade não mais precisará usar drogas, bastarão ondas eletromagnéticas para confortar a vontade humana, para aplacar a angústia do homo sapiens, para transporta-lo a um mundo ideal, dentro da quase sua mente, afinal, a patente é das Indústrias Dominantes.
Mas tudo isto iria mudar, era apenas o início do Rebuliço.Deus maquina a favor dos humanizados.A natureza humana vencerá a desnatureza e não restarão mais ilusões. No final do Rebuliço a Babilônia cairá.

LEGALISE HEMP!!!

MACERAI O HEMP POETA VIAGEM30/10/03

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41) DurÍdium!

A tecnologia cerâmica havia evoluído muito, o dinheiro gasto pela Teocracia Informal, que dizimaram muitos pobres, construíram muito castelos de milhares de andares usando durÍdium!, mas as massas empobrecidas não tinham como comprar durídium! para construir suas casas, mas é claro que um facão de dirídium! muitos podiam comprar, lembram da cena no filme em que o herói, de tanga e protetor anti-ultravioleta a base de resina de cannabis, corta as asas do caça logo no início de sua decolagem? É como manteiga, mas ele faz uma certa cara de esforço, mas é filme (aliás este nome vem de sentir, “feel me” é um apelo sensório-emocional) e em filme o que importa é o sentimento passado ao pagante.
Na QUEDA da babilônia os atentados e guerras impostos pelos armamentistas bélicos com a criação de armas cada vez mais sofisticadas, lembram da AR-5000, que um bebê inadvertidamente derreteu dois quarteirões? A tia tinha comprado no supermercado e esquecera no chão, ao lado do bebê e se entregou aos seus desconectadores hipnogóicos, deixando o bebê com a babá eletrônica (um termo tão antigo para um andróide tão eficiente), mas a primeira coisa que o danadinho fez foi ligar o pulso eletromagnético de curto alcance (o de longo alcance só estaria disponível na AR-5100), resultado, com a babá e a Tia desconectadas, e sem alarmes ativos na casa inteligente, só ficou mesmo durídium! em pé no quarteirão do brincalhão mirim mexelhão...
Durídium!, minha primeira armadura e meu primeiro sabre foram de durídium!, vivíamos no subsolo, acima a poluição era muito dispendiosa, só os ricos que podiam manter um sistema de refrigeração e purificação e proteção ultravioleta ao seu redor o tempo todo é que podiam arcar com os custos de viver na superfície, eles diziam que estavam limpando a atmosfera e os facões de durpidium! foram proibidos, depois de devastarem todas as florestas do planeta. Populações que viram seus empregos destruídos por robôs só tinham a alternativa econômica e barata do facão rancatudo. Mesmo assim o duridium! tinha o seu glamour, eu mesmo tive um ‘facão rancatudo ilegal’ aqui no subsolo, na época de revolta eu o usava para partir ao meio aqueles terminais “grátis” inteligentes que usavam uns 20% dos 100 W que teimamos em transmitir continuamente, mesmo a despeito da pior divisão de renda de toda a história da humanidade, nem o Brazil do século XX foi assim. Eu sempre fui um descontente com esta situação, saía com a “trupe cyberlinda” e usávamos o facão rancatudo para cortar vários espiões que os ricaços mandaram de presente aqui pra baixo. Eu não cortava os catadores de lixo nem os vídeos-identificadores, mas estas máquinas nas quais eu vi muitos perderem suas vidas, sendo sugados dia a dia pela máquina ávida de calor e nutrientes, eu cortava num golpe só, começava em cima a direita e descia até embaixo a esquerda, nesta diagonal eu adorava ver o mecanismos de proteção da máquina soltarem suas defesas contra minha armadura de durídium! Era lindo, mas agora o duridium! estava proibido, mais duro que o diamante, mais maleável que o aço, mais leve que o aerogel, uma armadura contra altas temperaturas e alto impacto em geral. Era um espetáculo bonito, lembrava os visiogramas antigos que relatavam os fogos de artifícios. Como se poluía a atmosfera antigamente, faziam até uns balões incendiários que soltavam fogos de artifícios antes de incendiarem alguma floresta, como se não bastasse tanto enxofre no ar, agora faz sentido o mito antigo do inferno ser de enxofre e quente...Fico imaginando se com meu sabre eu poderia fazer facilmente um S ao invés de uma reta diagonal, mas o sabre era sagrado. O código moral dos RACHINS (aqueles que racham) era muito rígido e estreito, só desembainhávamos o sabre com sabedoria ritual, era mais um instrumento de meditação.A Irmandade era voluntariosa e fui salvo por ela e passei a seguir seus preceitos. Uma destas máquinas possuía um sistema novo, jogou nitrogênio líquido em minha armadura e quebrou-a em seguida, assim fiquei a mercê dos ataques da maldita ladra de almas. Quantos mais alimentariam estas máquinas grátis? Era só o que pensava quando estava caído no chão e os Irmãos me salvaram, estava entre eles um parente meu: Macheray lowcan’amor XXII!Voltou do futuro para me salvar, vivia dizendo que o futuro Jah passou...Uma figura...Fumamos juntos, muita Erva Sagrada. Isto foi me acalmando e a revolta virou revolução dentro de mim.
Os RACHINS foram muito importantes durante o Rebuliço, a queda da Babilônia e a formação de Zíon.

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Maceraio hem dô, mais um guerreiro na linha de sucessão do primeiro macerai, macerai o hemp poeta viagem.

Despeço-me aqui com o Kiai que entoava quando com meu sabre de duridium! visualizava cortar em S a máquina maldita que quase acabou com a minha vida, gritava bem alto e do fundo dos pulmões: Amsai!

Pronto! Matei a máquina maldita!


Templo de DurÍdium! em plena Teocracia Informal, compare acima com as ruínas 5 milhões de anos depois, quando a canibacea dominava os desertos planetários.

macerai
06/11/03

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O Início da Queda

A Queda começou em 2004, a bolsa teve mais uma crise, e a tentativa de manter a superação da crise pela ativação da máquina bélica não se mostrou eficiente, como nos próximos anos, até 2012 iria se fazer notar.Vários exércitos, assim como o comércio, foram unificados na entrada da Era Unificada Armamentista, primeiramente só as indústrias bélicas foram unificadas, e após isto é decorrência óbvia a formação de inter-comandos e por fim a rápida unificação eletrônica das informações faz com que os mega exércitos se formem, visando tentar deter a força imperialista invasora que tentava impor suas injustiças sociais ao mundo através de invasões sistemáticas, então quem não queria ser invadido, unificava os exércitos, ou legalizava a maconha. Este foi mais um erro da CIA, que desde o primeiro onze de setembro não conseguia acertar com o FBI medidas profiláticas eficientes, no oitavo 11/9 várias cidades que dariam abrigos a supostos terroristas foram atacadas com pulsos eletromagnéticos e não adiantou nada, deu no que deu, mas quem poderia imaginar uma coisa daquela, a imaginação realmente não tem fim. Mas, a unificação dos exércitos reduziu os custos com a indústria bélica, mesmo assim continuava dispendioso cuidar da fome mundial e os robôs estavam substituindo os soldados em missões perigosas e o reconhecimento já era a muito estritamente autômato.Esta militarização no início parecia boa, mas com o tempo estes mega exércitos exerciam muito peso político e detinham muito poder, e várias forças de defesas viraram forças invasoras, a mentalidade militar é estritamente moralista e proibiu todas as drogas, álcool, tabaco, maconha, etc. O boom da indústria armamentista foi apenas uma ilusão momentânea, o proibicinismo cobrou seu preço mais caro à humanidade, e...
As drogas eletrônicas eram rastreadoras também, para o caso de qualquer problema, saberem onde você estava e socorrê-lo, mas isto nunca acontecia, assim sua função de espionagem era óbvia, mas ninguém falava disto.Principalmente os maconheiros que eram usuários preferenciais de drogas fracas, depois de “dar um dois” muitos usavam uma droga eletrônica igualmente fraca, de baixo impacto intraneural, mas o rastreamento era infalível de qualquer forma. E nunca se prendeu tanto maconheiro no mundo, até em reconhecimento ótico para senha do cartão moeda era possível achar um sintoma da maconha e dar uma dura no cavalheiro canábico metido à correntista, a primeira coisa era perder sua conta bancária, os créditos ficariam bloqueados por um ano, além da multa de 30% do que tivesse na conta.Depois ia preso a trabalhos forçados, normalmente conserto de robôs, pois existia uma lei que proibia, a não ser em uso bélico, que robôs consertassem robôs, mas era mais um proibicionismo sem sentido, pois robôs faziam robôs, mas tinha-se medo que eles melhorassem-se e o homem perdesse de vez a luta no dia a dia pelo espaço no planeta.Assim o usuário seria o maior tributado no Proibicinismo, a moeda cobrada continuava a mesma, seu sangue, desde os índios caçados na África, América, Amazônia, Andes, etc.
Somente um país continuava abrigando refugiados maconheiros, depois que até o Canadá teve que voltar a trás, após vários ataques econômicos. Holanda, somente o guru de Amsterdã para salvar a cidade da inundação, durante um transe canábico previu a catástrofe, e a Cidade dos Eleitos construiu uma cópia subaquática, e com a aquaponia desenvolvida pelos plantadores do cultivo natural de cannabis, dentre os quais muitos cientistas refugiados, fugindo do proibicinismo, desenvolveram uma tecnologia muito poderosa que ajudaria Zíon daqui pra frente a superar a íngreme curva da sobrevivência (embaixo d’água principalmente) no Planeta Terra.

Os moradores é que escolhiam quem moraria, quem teria abrigo político em Zíon, assim “em terra” todos conheciam como, O Povo Eleito, os moradores de Zíon. A Saga do Povo Eleito é meu principal objeto de estudo.


Obs: vou ver se termino meu doutorado em cronologia com o lançamento de uma lei de seqüência e ver se ela fica entre os imutáveis.

Macerai o hemp poeta viagem da lata, filho de Maceraio hem dô, neto de Macheray lowcan’amor XXII, bisneto de Macehay Ohempinbox, tataraneto do Imortal, macerai o hemp poeta viagem 13/11/03
 
14/11/03 02:52 Assunto:

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Zíon

A tecnologia energética de Zíon era herança da migração canábica, o êxodo de vários cientistas na Era Armamentista Unificada para o único país que ainda aceitava refugiados canábicos, fez com que os caminhos tecnológicos se separassem, assim a teocracia informal era sólida e sua base era o DurÍdium!, enquanto Zíon como suas comunidades miméticas, normalmente camuflavam-se em campos de força alimentados pela energia das marés ou de placas tectônicas, ou calor do magma, muito mais raramente e por curtos períodos usavam a energia solar, mas quanto mais Zíon pode expor-se mais energia solar usará. E O Sol possui uma energia infinita em comparação as outras fontes que Zíon usava, cada comunidade tinha suas preferências, a que mais gostei foi Zíonashram, era bem fundamentada nos princípios antigos do aproveitamento das marés, a nossa vantagem foi para trocar, em especial receber energia, o mar é um ótimo transmissor de energia, podíamos transmitir a energia de continente a continente através de ondas de choque comuns, destas de desembocam nas praias se perdem se deixarmos a deriva. Muitas comunidades eram mais adiantadas que Zíon e usavam a força tectônica para obter energia, o que sobrava, e quando precisávamos, nos era cedido de ponto a ponto entre os oceanos. É claro que a comunicação era facilitada pela água do mar, mas um costume antigo de usar golfinhos-correios tomava conta de Zíonashram, uma comunidade saudosista e matuta, a mais primitiva em todos os aspectos, mas eu gostava disto, dava um quê de ancestralidade explícita. Havia comunidades solares em que até a cadeira era feita de campos energéticos, difícil achar um objeto palpável, devia ser enfadonho, fora a insegurança de a qualquer momento estar de traseiros no chão. Eu, tô fora! Sou matuto mesmo, campo de força, de distorção espacial, só mesmo para camuflagem e teatro vivo, sou matuto e acabou!Eu tinha até uma amiga baleia que brincávamos de transmitir cetacions (que veio dar em citações, mais tarde) entre os oceanos, e moro com seis golfinhos que também levam recados para as esposas, prefiro marcar os encontros assim, é mais romântico.
Mas aqui na comunidade as opções de “divertimento arcaico”, os meus preferidos, são sempre as mesmas, como estamos quase sempre embaixo de um iceberg, por isso de vez enquanto recebemos energia extra, pra não congelarmos, o montanhismo, alpinismo, é a minha predileta, fotografia submarina também é relaxante e como aprendi a nadar, e muito mais coisas divertidas, com os golfinhos, e com a capacidade de ficarmos submersos por horas, a vantagem é toda nossa. Mas relaxante mesmo é uma visita à cultura aquapônica de micro-rosenblues, um grama de tricomas resinosos e eu entro em alfa-criativo. Esta condição é interessante para conversar com meus golfinhos, a para-normalidade e a criatividade, mais a rapidez de pensamento são usadas agora para decodificar intuitivamente as mensagens quase secretas dos golfinhos. Muitos acham isto estranho, se pudessem seriam até incrédulos, mas como através destas mensagens, já alertei várias vezes, mais rápido que os sensores, sobre a aproximação dos proibicinistas com suas armas de guerra, então nós, os loucos e os golfinhos, estávamos em alta em Zíonashram.



Uma vez eu fiz a micropropagação deste tecido meristemático, do esplante de tricomas do rosenblues, depois eu comi, a viagem é outra quando plantamos. Também é outra quando comemos, mas talvez seja real, o Imortal apareceu e me levou a Zíone, a maior, mais antiga, mais evoluída e energética comunidade que Jah ouvi falar. Não sei se era certamente num tempo futuro, mas certamente estavam no futuro neste tempo.Cerca 40 minutos após comer a salada de microrosenblues, macerai o hemp poeta viajem , o Imortal, apareceu do nada no meu Icegrow, naquele ambiente estéril, de 1800ºK de iluminação difusa e saturada em 50000 lúmens, numa época que Zíon produz tanta novidade, nem me assustei, mas preferi pensar que era uma miração, tipo aquelas que tive com oasca no rito de iniciação xamãnica, ou com o psilocibes no batismo da chama holográfica.


Camuflando Zíon, macerai o hemp, quadro em cromogel, presente do ancestral em sua primeira visita.

A experiência apesar de forte e contundente, reveladora, era totalmente normal, não havia aquele sentimento de união cósmica, de satori iminente, nada disto, apenas ele apareceu ali, me deu um quadro e um texto para ler, o texto chamava-se Zíone, e quando vi já estava dentro de Zíone, ou simplesmente Zíon... A primeira coisa que estranhei era o fato de que atravessamos paredes, como as paredes eram campos de força, então isto até que fazia sentido, se é que pode-se usar a expressão “fazer sentido” para um lugar em que se dorme sobre uma cama de energia( imagine os sonhos...), os campos de força ajustam o norte-sul magnético, a gravidade é direcionada, e por aí vai. A rapidez do deslocamento também era absurda, percorri a cidade toda em minutos, vi suas espetaculares arquiteturas de energia, e aleatoriamente seus cidadãos entrando em fase com meu canal de teletransporte e parecendo vultos iridescentes que se dissolviam em borrões fulgurantes; vi as estrelas amplificadas pela abóbada energética, vi as crianças de Zione brincando com feixes polimórficos de energia condensante. Foi tudo muito rápido, mas demorou uma eternidade, de repente estava de volta em meu icegrow, lendo um texto, com um quadro em cromogel nas mãos, e voltando a mim, podia ver ainda pequenas partículas luminosas no canto de minha visão, fugidias e serelepes, leptosas, formavam uma imagem esfumaçada do Imortal.Agora eu, matuto, ficava ali pensando em todo o potencial que Zíon pode expressar, a comunidade canábica refugiada está se expandindo em paz, os proibicinistas continuam se matando e tentando nos matar, mas a presença ancestral me tranqüilizou, tenho Fé e Paz!
Jah sempre estará conosco, enquanto estiver em sintonia com nossos corações, a verdade nos libertará! E talvez a Galáxia seja pequena para tanto Amor, Vida Longa a Zíon!

Macerai viajem , O HOMEM GOLFINHO.

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O Desplante

Este negócio de só ter duas representantes da família canabaceae nunca me convenceu, e desde pequeninho, lá em Barbacena, mas depois mudei pra Catranquina de Pamonharé e fiquei com esta obsessão de achar mais uma representante das cannabáceas, pois o Lúpulo e a Cannabis já tinham se consolidados como ervas supremas na família, um verdadeiro egoísmo vegetal, se bem que o Ego vegetal é menor do que ego de fungos, mas isto não vem à questão. Eu sempre charfundando pelos matos de Catranquina de Pamonharé encontrei várias Moráceas que depois de fumar fumo que dá rolo o dia inteiro, acabava me confundindo e lá ia eu pra casa levando várias plantas de não poder acreditar na besteira no outro dia, ainda bem que o fumo-rolo num dá ressaca... Mas aqueles fertilizantes Hensi, Cannabiogen, todos desperdiçados... Não ri não, são caros, comprava na lupinaria mais próxima, é claro, aliás, um lugar super aconchegante, uma proprietária gatíssima e super educada, entendia muito de plantação, eu ia lá só pra fumar lúpulo mesmo, odorava fumar lúpulo e também fumo-rolo, e adorava também. Mas tudo na vida enjoa se cair na monotonia, então resolvi pesquisar mais profundamente nas cavernas de Catranquina de Pamonharé, e achei mais uma representante da família canabaceae! Em homenagem ao lugar batizei-a com o nome de Pamonha, parece mais não é, a folha da Pamonha realmente é igual a da irmã mais velha, as flores fêmeas (pistiladas) são um pouco diferentes, se parecem mais com as do lúpulo, mas as flores machos (estaminadas) são idênticas as da Irmã Perseguida, e um fato peculiar é que ela vivendo em cavernas não precisava de luz, isto foi o que mais me intrigou...Então comecei a fazer experiências com ela em growdarkroom, e muitas morreram, umas logo que nasciam o caule ficava fino e quebrava ou secava, outras as folhas amarelavam, murchavam e caíam, uma tragédia... Mas aí veio a idéia de levar algumas pedras da caverna para o growdarkroom e comecei a obter sucesso, mas só quando pus fios elétricos (havia um veio mineral na caverna que conduzia a energia vital do Sol para as magnetitas) no telhado e ligava-os as pedras é que elas começaram a vingar. Empolguei-me e plantei muitas, e não sei se foi o excesso de fios metálicos ou o odor forte de “gambá cheiroso”da Pamonha, mas o fato é que isto chamou atenção numa cidade pequena, e mandaram lá pra casa uns agentes de saúde “pra combater o dengue”, uns espiões cara de pau, piores que os de vacinação forçada na época de Getúlio. E foram entrando caçando mosquito e entraram no quartinho (growdarkroom), primeiro que acenderam a luz das lanternas no growdarkroom, e quase matam as Pamonhas, depois saíram dali com aquelas caras de sonsos e duas horas depois já tinha um cãoburrão (é como a gente chama lá em Catranquina) na minha porta cheio de gambés...
E lá fui eu, igual ao Ed Rosenthal, preso por cultivar para o bem da humanidade, mas tudo pela ciência! Achei mais fácil omitir que não era Maconha do que convencer um judiciário obtuso, acostumado a interpretar leis ao pé da letra, que eu descobrira uma nova planta que era muuuito parecida com A Perseguida e que nascia no escuro, então suportei o julgamento e saí vencedor, é simples: Pra caracterizar plantio tem que ter Planta, Substrato, Água, E Luz, como eu não tinha luz, então não se caracterizava plantio, e por desplantar Maconha ninguém podia ser preso!

Sigo até hoje plantando pamonha no escuro, agora nem fumo mais as outras “canabáceas”, apesar do lúpulo ser maravilhoso e bem tranqüilizador, mas a Pamonha Ativa muito a minha imaginação, eu prefiro assim!

macerai o hemp poeta viagem 15/09/03


Este conto é uma homenagem às mulheres e homens lutadores em prol da liberdade e do direito ancestral de plantarmos uma planta da Paz que os armamentistas não querem que exista. Especial dedicação à Gaia e Borboletinha, um abraço ao Irmão Textugo pelas inspirações esotéricas no tema Eletrocultura.
 
O fim do voto obrigatório

Como não é mais num feriado, é num domingo, e o empregador que por ventura não deixar seu empregado votar vai pagar uma multa em que parte dela é revertida diretamente para o empregado, que se não quiser ir votar declara por escrito. Tudo muito simples, as pesquisas indicando seus vencedores, mas na hora saiu tudo errado, vários candidatos trocaram de posição, a maioria nem foi eleita, somente 15% do eleitorado compareceu, não havia representatividade, faltou kórum,

Aquela chatice na TV dizendo que haveria um “segundo” turno, uma segunda chance, que era importante votarem, a estabilidade política do país estava ameaçada. E o que um pais é sem seus políticos? As pesquisas agora apuravam quantos iam votar, sem importar muito em que candidatos, uma media de 60% de intenção de votos, mas na hora a resposta do povo foi 20%; brasileiro deixa tudo pra ultima hora, aí não dava mais tempo, engarrafamento, jogo da copa; “como vamos votar nossos salários se não estamos sendo reeleitos?”

Terceira chance, uma semana para votar, com o cartão cidadão você vota em qualquer caixa automático, finalmente 70% de votantes, mas depois deu galho com acusações de banqueiros querendo mandar mais ainda no país e manipular as eleições, realmente houve uma inclinação, podemos dizer que eles cuidam bem de seus investimentos...

4ª chance, agora novamente descrente a população não chega a 5% de votantes, uma manobra arriscada é tentada pelos parlamentares, liberam a maconha e o plantio de subsistência cannábico, dois meses antes da eleição, oferecem a crédito de teste para avaliar o referendo sobre a legalização total da erva canábica, uma flor resinada para quem tiver acabado de votar, a estratégia foi um sucesso, com 99% de votantes (sempre tem um ou outro que não usa a erva) e a eleição mais tranqüila já vista, nosso presidente eleito, Gabeira, promete ampliar o referendo e propor que você seja dono do seu próprio corpo, a proposta parece ousada, mas quem não gosta de ser dono de si próprio?

15jun2006 Corpus Christi

Liberte Ras Makandal
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http://www.reggaemovimento.com/coberturas/cob_culturarastabrasil.htm
 
TV/AV - O Tapete Voador, A Árvore da Vida.

“O que esta plantinha está pensando da vida?”

Foi bem interessante a história que ouvi, parece lenda, assim como a lenda sufi do tapete voador, um exobiomec, um organismo exótico, híbrido, com aspectos maquinais, um ser entre o vegetal e o animal com traços de superior, um ser que possui raízes rasas, que formam um tecido “cerebral”, neurônico, pensante, com o grau de pensamento suficiente para analisar o terreno a volta para saber onde lançar a semente através de seu engenho de mola vegetal/animal, as sementes poderiam ser lançadas no vale enquanto as raízes sobem lentamente a colina, são bem baixinhas as criaturas, formam rapidamente um tapete, as raízes neurônicas podem formar complexos de inteligências, alastrando-se por quilômetros não sabemos o que nas efêmeras conexões pensam, nem o que é o seu pensar.

Aos sete anos eu já era um adulto, como todos, mas gostava de escutar a pensativa história do João e o pé-sativa, na qual um garoto esconde dentro da orelha um bud do strain Tapete Voador, depois que tira fica uma seed, ele sente uma coceira e a planta começa a crescer, invade o tecido cerebral criando uma estranha simbiose, inclusive do mal, um absurdo, implausível, mas com seis meses de idade temos uma visão tão romântica da vida, eu e minha namorada ainda mamávamos na, mesma, mamãe, mamávamos e ouvíamos suas histórias da cripta cannábica, tiravam o sono de qualquer adulto, então, crianças, namorávamos até mais tarde, foi a fase super-romântica, durou até os nove meses, o segundo renascimento, depois passei quatro meses editando as lembranças, precoce, aprendi a editar com nove meses. Mamãe produzia leite por propagação de tecidos, com minha língua eu media o pH do leite, e regulava alguns parâmetros apertando as glândulas correspondentes nos fartos seios da mamãe; aprendemos a andar com dois anos, mas os desenvolvimentos bioquímicos e cerebrais aumentam muito antes disto, falamos e escrevemos (teclamos) antes de andar, filosofamos sobre psicologia e matemática enquanto engatinhamos, a representação hominídea do séc. XX tinha um cérebro com bem menos do que um quarto do nosso volume atual e com menos circunvoluções, e mesmo a heróica vagina da fêmea humana sapiens não agüentaria tamanha abertura, a espécie poderia, com mais tempo de evolução natural, optar por um crânio mais oblongo, mas resolvemos trocar de mãe, é mais fácil e após zilhões de anos de marketing e sensacionalismo, valorizando a forma e esvaziando o conteúdo, a estética preponderou, homo cabeçudus e sua voluptuosa mamãe siliconada compartilhada.

Eu não entendi esta recriminalização da maconha, historicamente todas são justificadas para ajudar no controle prisional (democracia prisionária) das etnias humanas socialmente subjugadas pelos invasores bélicos/alcoólatras, mas com este boom do leque genético, vários seres exóticos, virtuais ou não, convivendo socialmente, várias drogas exóticas, eletrônicas ou não, boas ou não. A justificativa de que muitos cannaexobios foram criados, afinal, é bom acoplar seqüências de um DNA cheio de vantagens evolutivas; parece incrível, mas mais de 50% dos exobios têm seqüências cannábicas e material além-DNA, o medo infundado da pretensa epidemia de DNA cannábico, transformando a Terra com o suposto efeito Planet Hemp, num planeta de maconha, interessante que antes do proibicionismo do século XX 50% dos fármacos tinham em sua fórmula a tintura de cannabis... É muito parecido com a desculpa do século XX em que temia-se uma epidemia de maconha, por isto a proibição e perseguição aos maconheiros, o bem pretensamente tutelado era a saúde pública, protegida de uma epidemia, tal pensamento levou que vários doentes de viroses contagiosas fossem encarcerados, ser doente passou legalmente a ser um crime, um perigo para a sociedade, portanto um crime, com o passar do tempo e a evolução da terapia gênica os doentes foram descriminalizados, lentamente... No início da descompressão uma multa era aplicada, mas quem não tinha dinheiro para pagar ia preso, ou seja, os pobres continuavam sendo controlados pela democracia prisional, o que vem a ser a estratégia básica de todo proibicionismo, mas agora não existem mais pobres, nem doenças, por que não deixar os súditos comerem da fruta da árvore da sabedoria (a árvore do bem e do mal)?

Depois que soube que a solução hidropônica que coloquei, inadvertidamente, no frasco de solução otológica foi usada pelo meu irmão de corpo compartilhado para tratar da coceira, desconsiderei do conteúdo da minha realidade pessoal, ou seja, podia olhar que não via, ainda mais que ficava o pé de alface na minha orelha, compartilhada, mesmo assim a seed TV/AV se desenvolveu bem, as raízes neurônicas acharam uma boa acoplagem nas terminações nervosas periféricas, não tomaram o cérebro, raízes rasas, mas trocavam informações, quanto mais densas ficavam as raízes mais informações trocavam, eu dentro de mim apreciava o bate-papo, voava longe o Tapete Voador, altamente filosófico, criativo, extremamente criativo e filosófico, às vezes até um pouco bem obsessivo, teimosia na verdade, aquela voz sempre querendo mostrar as outras facetas da situação, inconclusiva por natureza, queria opinar em tudo, praticamente impossível fazer sexo com ela filosofando, não sei o que ela pensava da vida. Meu irmão trocou a solução por uma mais concentrada, ela morreu de overfertil, fiquei triste, mais pelas enzimas tóxicas liberadas, eu acho...
macerahemp2006
 
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